Seguindo os passos do Dragão, parto amanhã para o estrangeiro para uma semanita de férias. Significa isto que ambos voltamos na próxima sexta feira. Ambos vamos então perder o massacre ao Moreirense de Domingo no Dragão, embora cedamos os cartões para que outros felizardos possam assistir in loco a mais uma gala artística.
Assim sendo, o blogue ficará um pouco parado por falta de oportunidade de escrevinhar umas linhas (embora o Dragão, com o Oceano pelo meio não deixe os seus créditos por mãos alheias). Aproveito, neste lapso de tempo, para convidar os nossos estimados leitores a apresentarem o seu balanço ao nosso blogue, para que após as férias possamos tentar melhorar alguma coisa. Deixem pois, as vossas críticas e sugestões, para que possamos saber o que pensam. É a vossa forma de ajudar a manter vivo este blogue. Claro que poderão e deverão deixar as vosas impressões acerca do referido jogo. De certeza que vai haver animação no blogue.
Por último, queria aqui agradecer ao Inter por mais esta noite de alegria. Gostei especialmente de ver o Miguel cair desamparado no 3º golo. Lindo! Força Celtic, não foi o ano passado, vai ser este ano. Quanto aos lampiões, foi honroso perder com o 7º classificado da liga italiana nos oitavos de final. Ajudaram assim os adversários a ganhar moral para o resto da época. Afinal, há 53 dias que não ganhavam um jogo em casa. Mas também, os desgraçados algum dia tinham que jogar contra uns ainda mais rotos do que eles para quebrarem o jejum... Só tenho pena é da família do desempregado Toni... depois de comentar o jogo, lá vai fazer a ronda das tasquinhas para afogar as mágoas...
quinta-feira, 25 de março de 2004
quarta-feira, 24 de março de 2004
O QUE DIZEM DE NÓS
Eis o que dizem de nós por essa Europa fora. Dedicado a lagartos e lampiões e demais anti-portistas
Em França escrevem isto
Gosto sobretudo de parte em que nos chamam máquina ganhadora. E em que dizem que o Lyon vai precisar de ter um nível de jogo quase inédito para passar a eliminatória.
No site da Uefa reza assim:
E até os castelhanos!
Percebem agora porque o local onde se joga a final da taça é só importante por uma questão de princípio? Que estamos noutra dimensão, inatingível pelos mortais infiéis? Que até no esqueleto da Luz sem adeptos nossos e com o Calabote ganhamos o jogo?
Em França escrevem isto
Gosto sobretudo de parte em que nos chamam máquina ganhadora. E em que dizem que o Lyon vai precisar de ter um nível de jogo quase inédito para passar a eliminatória.
No site da Uefa reza assim:
E até os castelhanos!
Percebem agora porque o local onde se joga a final da taça é só importante por uma questão de princípio? Que estamos noutra dimensão, inatingível pelos mortais infiéis? Que até no esqueleto da Luz sem adeptos nossos e com o Calabote ganhamos o jogo?
Eles até se passam...
Grande vitória...
Os comentadores do canal ESPN Brasil passaram-se com o Mágico Porto.
Ficaram sem palavras na entrada de jogadores e depois com a nossa vitória.
Já querem a nossa desforra com o Milão.
Anda Rui Bosta, vais ter que ver do banco uma grande joga...
PPPPPPOOOOOOORRRRRRTTTTTTOOOOOO
Os comentadores do canal ESPN Brasil passaram-se com o Mágico Porto.
Ficaram sem palavras na entrada de jogadores e depois com a nossa vitória.
Já querem a nossa desforra com o Milão.
Anda Rui Bosta, vais ter que ver do banco uma grande joga...
PPPPPPOOOOOOORRRRRRTTTTTTOOOOOO
terça-feira, 23 de março de 2004
DE VENTO EM POPA
Chegado de mais uma noite de glória no Estádio do Dragão, não podia deixar de vir aqui deixar umas breves impressões. A primeira é a que estamos com um pé e meio nas meias finais, onde por certo temos encontro marcado com a equipa onde o Rui Bosta aquece o banco. Óptimo, temos umas contas a ajustar desde o Mónaco... Quanto ao jogo de hoje, não foi deslumbrante, mas os franceses demonstraram ter excelente equipa. A réplica foi boa, mas estivemos à altura e tivemos paciência. Merecemos o resultado, com mais uma fulgurante exibição do Kaiser Ricardo. Desta vez coroada com uma cabeçada imperial. O Mágico, esse esteve nos lances de golo... O Paulo Ferreira brilhou ao seu nível, não sendo ultrapassado uma única vez pelo Luyundula. Enfim, estou convencido que voltamos a ganhar em França, uma vez que eles têm que atacar. Só se eles fizerem o jogo da vida deles é que nos ganham 3-0. Desta forma, já consigo justificar melhor aqui em casa o ter reservado bilhete para a final.
Gostava era de ver a cachola de todos aqueles que têm telefonado para a Bancada Central a incentivar o Lyon. Esses não aprendem... reparem, o nosso amigo Vic aprendeu que cuspir contra o vento pode resultar mal... daí ter desaparecido do mapa. Quanto mais eles se enraivecem contra nós, maior a cachola deles. Logo, maior a nossa felicidade.
Por último e porque a emoção me tolhe as palavras, deixo para vocês os comentários. Só queria realçar o magnífico ambiente do Dragão. Aquela entrada inicial das equipas, com o Estádio coberto de cartolinas azuis e brancas vai correr mundo... Ascendemos à categoria dos detentores de Estádios - Inferno!
OBRIGADO MAIS UMA VEZ PORTO!
Gostava era de ver a cachola de todos aqueles que têm telefonado para a Bancada Central a incentivar o Lyon. Esses não aprendem... reparem, o nosso amigo Vic aprendeu que cuspir contra o vento pode resultar mal... daí ter desaparecido do mapa. Quanto mais eles se enraivecem contra nós, maior a cachola deles. Logo, maior a nossa felicidade.
Por último e porque a emoção me tolhe as palavras, deixo para vocês os comentários. Só queria realçar o magnífico ambiente do Dragão. Aquela entrada inicial das equipas, com o Estádio coberto de cartolinas azuis e brancas vai correr mundo... Ascendemos à categoria dos detentores de Estádios - Inferno!
OBRIGADO MAIS UMA VEZ PORTO!
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Três perguntas para Dias da Cunha, para que este me responda nos momentos de lucidez que a doença de Alzheimer lhe permitir:
1 - Onde está a famigerada cassete e as restantes provas concludentes do rasgar de camisola? E o processo disciplinar?
2 - Quando os lampiões estiverem mesmo pertinho de roubar o 2º lugar, vão continuar a ser amiguinhos, frequentando alegremente os estádios uns dos outros?
3- A chapa 4 com que volta e meia são mimoseados cá no Norte (Paços de Ferreira, Porto, Rio Ave) pode-se considerar sistema?
Obrigado antecipadamente pela resposta. Isto partindo do princípio que no asilo há internet para que me possa responder.
1 - Onde está a famigerada cassete e as restantes provas concludentes do rasgar de camisola? E o processo disciplinar?
2 - Quando os lampiões estiverem mesmo pertinho de roubar o 2º lugar, vão continuar a ser amiguinhos, frequentando alegremente os estádios uns dos outros?
3- A chapa 4 com que volta e meia são mimoseados cá no Norte (Paços de Ferreira, Porto, Rio Ave) pode-se considerar sistema?
Obrigado antecipadamente pela resposta. Isto partindo do princípio que no asilo há internet para que me possa responder.
segunda-feira, 22 de março de 2004
AMANHÃ HÁ GRANDE JOGO..
Estou em terra de Vera Cruz. No entanto às vezes parece que estou em Portugal, tantas as vezes que vejo miúdos com a camisola do grande Mágico Porto. E tantas asvezes que ponho potugueses e brasileiros a cantar o Allez, Porto, allez, nós somos a tua voz...
Pois é, amanhã há mais um grande jogo. Para ganhar. Como estou longe fisicamente e no Dragão em espírito, vou gritar bem alto o nome do nosso clube. E vamos mais uma vez mostrar ao Mundo quem somos!!!
PPPPPPOOOOOOORRRRRTTTTTTTTTTOOOOOOOOOO
Pois é, amanhã há mais um grande jogo. Para ganhar. Como estou longe fisicamente e no Dragão em espírito, vou gritar bem alto o nome do nosso clube. E vamos mais uma vez mostrar ao Mundo quem somos!!!
PPPPPPOOOOOOORRRRRTTTTTTTTTTOOOOOOOOOO
sábado, 20 de março de 2004
Mesmo longe as boas notícias chegam...
Mesmo estando no estrangeiro as boas notícias chegam a todo o momento.
Então não é que a banda de música do Vic está a levar três capotes ao intervalo?
Que bem que me sabe...
Então não é que a banda de música do Vic está a levar três capotes ao intervalo?
Que bem que me sabe...
quinta-feira, 18 de março de 2004
ENTREVISTA AO ÚNICO E INCOMPARÁVEL INOCÊNCIO CALABOTE
Os mais distraídos e/ou os mais novos perguntar-se-ão afinal quem é esse Calabote de quem tanto falamos aqui no Dragão. E perguntam ainda o significado do termo calabotice por nós criado. Porventura até já terão percebido que o Lucílio Baptista não foi baptizado com esse nome por nenhum sacerdote, mas por nós. Pois então, recuperei esta entrevista desse SENHOR da arbitragem ao EXPRESSO, há uns tempos atrás. Como é óbvio, só sei da existência deste inocente por aquilo que o meu Pai me contava. Porque é preciso que todos saibamos o que se passava quando não havia democracia. Se agora é o que é, na altura oficialmente havia o clube do estado. Nós éramos os Andrades e tínhamos o estigma da ponte da arrábida. Dizia-se que mal a percorríamos para sul, já íamos a perder. É fácil contabilizar os títulos que tínhamos até 25 de Abril de 74 e os que conseguimos depois. Ora então, cá vai esta pérola:
«A bem da nação»
Era um domingo muito especial, o de 22 de Março de 1959, em termos de
futebol, quer-se dizer. O calendário era outro, e o Campeonato Nacional da I
Divisão da época 1958-59 vivia, nesse dia, a sua última jornada. E que
jornada! Benfica e Porto, empatados em pontos e nos jogos disputados entre
si, eram os únicos candidatos ao título. A separá-los, na corrida, apenas
uma diferença de quatro golos favorável aos «azuis e brancos» (78-22 do
Porto contra 71-19 do Benfica). Para se tornarem campeões, os «encarnados»
teriam de ganhar o último encontro por uma vantagem superior em quatro golos
àquela que os portistas conseguissem.
Sem directos televisivos, o país estava suspenso, depois do almoço
domingueiro, dos relatos que a Rádio, ainda sem transmissões em cadeia,
assegurava, em simultâneo nessa tarde, dos dois encontros. O Benfica recebia
na Luz, com casa cheia, o Desportivo da CUF, do Barreiro. O Porto, pela sua
parte, enfrentava o Torreense, em Torres Vedras, a transbordar. E a
expectativa era tanto maior quanto se sabia que CUF e Torreense, em riscos
de descerem de divisão (como acabariam por descer, face às derrotas que
sofreram nesse dia), iriam fazer a vida cara aos adversários. Os jogadores
destes dois clubes tinham mesmo prémios especiais (e secretos) para o caso
de conseguirem contrariar as naturais aspirações de vitória dos dois
grandes.
Inocêncio João Teixeira Calabote, árbitro da Comissão Distrital de Évora,
foi escolhido para apitar o Benfica-CUF. Considerado e premiado pela
Comissão Central de Árbitros, «pelo Desporto e a Bem da Nação», como o
melhor da época 1952-53, era indicado à FIFA como árbitro internacional na
época seguinte (distinção que voltaria a merecer em 1956-57) e apontado um
ano depois pelo próprio presidente da Comissão Central, na altura Filipe
Gameiro Pereira, como «do melhor que tem passado pelo sector da arbitragem»,
numa entrevista concedida ao jornal «A Bola» em 26 de Março de 1955. E havia
razões de sobra para escolher um juiz com o perfil de «honrado» e de
«independente» como o de Inocêncio Calabote para arbitrar esse Benfica-CUF
de 1959. É que ao longo da época, em particular durante a segunda volta, os
«encarnados» tinham acumulado múltiplas razões de queixa contra as
autoridades responsáveis pelos destinos do futebol.
A primeira grande injustiça de que o clube da Luz se sentiu vítima, nessa
época, girou em torno de um castigo de cinco jogos de suspensão aplicado a
Chino, o influente extremo-direito da equipa. Quando a pena estava
praticamente cumprida, o castigo foi reduzido para um jogo apenas!
Jornadas mais tarde, depois de um protesto do Belenenses referente a um jogo
com o Benfica ter sido aceite pelas autoridades federativas (primeiro por
ter sido negado aos homens da cruz de Cristo um golo directo conseguido na
marcação de um canto e depois pela barreira defensiva dos encarnados se ter
alegadamente mexido antes de Matateu, a estrela da equipa, apontar um golo
de livre), o clube da Luz viu o jogo de repetição ser marcado para a
quinta-feira anterior à partida decisiva com a CUF.
Por fim, o encontro que os «encarnados» disputaram em Alvalade, na penúltima
jornada, no domingo anterior, ficara marcado por cenas de autêntico
pugilato, que fizeram com que a equipa terminasse a partida com apenas nove
jogadores, por expulsão de Ângelo e lesão de Artur.
Minutos dramáticos
O Estádio da Luz estava à cunha. A equipa de arbitragem - Inocêncio Calabote
foi auxiliado por Madeira da Rocha e por Manuel Fortunato - foi a primeira a
entrar em campo, uns cinco minutos antes da hora prevista para o início da
partida, seguida, nos minutos seguintes, pela turma do Barreiro. Os
responsáveis «encarnados» admitem que atrasaram o mais possível a entrada da
sua equipa no relvado, de forma a poderem beneficiar do conhecimento do
resultado em Torres Vedras. «Faltariam aproximadamente dois minutos para as
quinze horas quando entrou a equipa do Benfica», declararia, mais tarde,
Manuel Fortunato, um dos fiscais de linha, no âmbito de um processo
disciplinar que viria a custar a irradiação de Inocêncio Calabote, mais de
20 anos depois dos «bons serviços» que, unanimemente, prestou à arbitragem.
«Havia numerosos fotógrafos dentro do campo para fotografar a equipa. Isto
deu lugar a uma certa demora, tendo o árbitro procurado que os fotógrafos
abandonassem o campo. Isto fez com que o jogo principiasse uns três minutos,
aproximadamente, depois das quinze horas», adiantou o auxiliar.
Apesar do esforço dos homens do Barreiro, a primeira parte correu de feição
para as aspirações do Benfica, que chegou ao intervalo a vencer por 4-0. Aos
58 minutos de jogo, o cufista Quaresma reduziu para 5-1, colocando assim o
FC do Porto em vantagem. Mas o Benfica, em tarde inspirada, não tardaria a
fazer os 6-1.
Os últimos minutos, segundo relata a Imprensa da época, foram «dramáticos»
nos dois campos. Primeiro, na Luz, Mendes fazia os 7-1, dando o título ao
Benfica. Depois, em Torres, Noé marcava o segundo golo do Porto, empatando
de novo a contenda entre os dois grandes. E, a vinte segundos do final desta
partida, Teixeira elevava a marca para 3-0, colocando a faixa de campeão ao
peito dos «azuis e brancos».
Na Luz, os «encarnados» deram tudo por tudo ao longo dos seis derradeiros
minutos da partida (dez, com os descontos) mas não conseguiram voltar a
marcar. Por um só golo (81-22 contra 78-20), o FC do Porto, na altura
treinado por Bela Guttmann sagrava-se campeão nacional.
«Na manhã seguinte, em Évora, preenchi o relatório do jogo, que mandei para
a Comissão. Tinha assinalado três penaltis e expulsado três jogadores da
CUF. Creio que não houve mais nada de especial a registar.»
Isto pensava ele, na sua inocência de Inocêncio puro, longe ainda de saber,
como viria a apurar mais tarde, quantas coincidências nefastas se não podem
cruzar no caminho dos inocentes. «Em 58-59, a presidência da Comissão
Central de Árbitros, por força da rotatividade do cargo ou de qualquer coisa
no género, foi parar às mãos do Belenenses, então um dos quatro grandes, na
pessoa do dr. Coelho da Fonseca. O presidente anterior veio a Évora
avisar-me um belo dia: 'Você ponha-se a pau, que a Comissão que entrou vem
com intenções de o irradiar', disse-me ele, o Gameiro Pereira. Queriam
vingar-se.
«Logo de seguida, depois do tal Benfica-CUF, alegando má-fé minha no
preenchimento do relatório do jogo - que teria começado não sei quantos
minutos depois da hora, que teria tido um intervalo maior que o devido e um
prolongamento excessivo também -, o dr. Coelho da Fonseca abriu-me um
inquérito e não descansou enquanto não conseguiu que me fosse aplicada a
pena de irradiação da arbitragem. Ao fim de 22 anos de bons e leais
serviços, conseguiram pôr-me na rua alegando um pretenso erro meu de
cronometragem. E se escrevi no relatório que prolonguei a partida durante
quatro ou cinco minutos foi porque entendi que o devia ter feito e porque
foi esse o tempo que o meu relógio realmente marcou. E qual é o relógio que
conta?»
Depois de mais de 20 anos dedicados à causa da arbitragem, Inocêncio
Calabote viu-se irradiado por um pretenso erro de meia dúzia de minutos.
«Não, nunca ninguém me acusou de suborno, de comprado ou de coisa no género,
que nunca ninguém encontrou matéria para tal. Aplicaram-me a pena máxima só
porque o meu relógio, pretensamente, não tinha o rigor de um cronómetro
acima de qualquer suspeita.»
E repete-se inocente, Inocêncio João Teixeira Calabote. Sem esperança nos
homens, até que o esquecimento o liberte.
AINDA hoje, quase 40 anos depois dos acontecimentos que viriam a marcar, de
forma tão dramática, a sua vida, Inocêncio Calabote experimenta, mesmo sem
querer, sentimentos contraditórios em relação ao que então se passou: por um
lado, gostaria de poder esquecer, de ter artes para varrer tudo da memória e
deixar a cabeça limpa, como uma casa arrumada, como se nada, alguma vez,
tivesse realmente sucedido; por outro, a «injustiça» que lhe fizeram foi tão
grande, tão violenta que o próprio corpo ainda agora se lhe arrepia todo
sempre que, quando menos o espera, o fluir do sangue lhe traz de volta ao
coração o sabor amargo do desamor dos homens.
Nunca mais fui a um estádio, não sou capaz. Gosto de ver o futebol na
televisão. Mas, depois, vou-me deitar, e a cabeça não pára, só quando
consigo adormecer.»
REPARARM: 3 PENALTIES E TRÊS EXPULSÕES!!!!!!!
«A bem da nação»
Era um domingo muito especial, o de 22 de Março de 1959, em termos de
futebol, quer-se dizer. O calendário era outro, e o Campeonato Nacional da I
Divisão da época 1958-59 vivia, nesse dia, a sua última jornada. E que
jornada! Benfica e Porto, empatados em pontos e nos jogos disputados entre
si, eram os únicos candidatos ao título. A separá-los, na corrida, apenas
uma diferença de quatro golos favorável aos «azuis e brancos» (78-22 do
Porto contra 71-19 do Benfica). Para se tornarem campeões, os «encarnados»
teriam de ganhar o último encontro por uma vantagem superior em quatro golos
àquela que os portistas conseguissem.
Sem directos televisivos, o país estava suspenso, depois do almoço
domingueiro, dos relatos que a Rádio, ainda sem transmissões em cadeia,
assegurava, em simultâneo nessa tarde, dos dois encontros. O Benfica recebia
na Luz, com casa cheia, o Desportivo da CUF, do Barreiro. O Porto, pela sua
parte, enfrentava o Torreense, em Torres Vedras, a transbordar. E a
expectativa era tanto maior quanto se sabia que CUF e Torreense, em riscos
de descerem de divisão (como acabariam por descer, face às derrotas que
sofreram nesse dia), iriam fazer a vida cara aos adversários. Os jogadores
destes dois clubes tinham mesmo prémios especiais (e secretos) para o caso
de conseguirem contrariar as naturais aspirações de vitória dos dois
grandes.
Inocêncio João Teixeira Calabote, árbitro da Comissão Distrital de Évora,
foi escolhido para apitar o Benfica-CUF. Considerado e premiado pela
Comissão Central de Árbitros, «pelo Desporto e a Bem da Nação», como o
melhor da época 1952-53, era indicado à FIFA como árbitro internacional na
época seguinte (distinção que voltaria a merecer em 1956-57) e apontado um
ano depois pelo próprio presidente da Comissão Central, na altura Filipe
Gameiro Pereira, como «do melhor que tem passado pelo sector da arbitragem»,
numa entrevista concedida ao jornal «A Bola» em 26 de Março de 1955. E havia
razões de sobra para escolher um juiz com o perfil de «honrado» e de
«independente» como o de Inocêncio Calabote para arbitrar esse Benfica-CUF
de 1959. É que ao longo da época, em particular durante a segunda volta, os
«encarnados» tinham acumulado múltiplas razões de queixa contra as
autoridades responsáveis pelos destinos do futebol.
A primeira grande injustiça de que o clube da Luz se sentiu vítima, nessa
época, girou em torno de um castigo de cinco jogos de suspensão aplicado a
Chino, o influente extremo-direito da equipa. Quando a pena estava
praticamente cumprida, o castigo foi reduzido para um jogo apenas!
Jornadas mais tarde, depois de um protesto do Belenenses referente a um jogo
com o Benfica ter sido aceite pelas autoridades federativas (primeiro por
ter sido negado aos homens da cruz de Cristo um golo directo conseguido na
marcação de um canto e depois pela barreira defensiva dos encarnados se ter
alegadamente mexido antes de Matateu, a estrela da equipa, apontar um golo
de livre), o clube da Luz viu o jogo de repetição ser marcado para a
quinta-feira anterior à partida decisiva com a CUF.
Por fim, o encontro que os «encarnados» disputaram em Alvalade, na penúltima
jornada, no domingo anterior, ficara marcado por cenas de autêntico
pugilato, que fizeram com que a equipa terminasse a partida com apenas nove
jogadores, por expulsão de Ângelo e lesão de Artur.
Minutos dramáticos
O Estádio da Luz estava à cunha. A equipa de arbitragem - Inocêncio Calabote
foi auxiliado por Madeira da Rocha e por Manuel Fortunato - foi a primeira a
entrar em campo, uns cinco minutos antes da hora prevista para o início da
partida, seguida, nos minutos seguintes, pela turma do Barreiro. Os
responsáveis «encarnados» admitem que atrasaram o mais possível a entrada da
sua equipa no relvado, de forma a poderem beneficiar do conhecimento do
resultado em Torres Vedras. «Faltariam aproximadamente dois minutos para as
quinze horas quando entrou a equipa do Benfica», declararia, mais tarde,
Manuel Fortunato, um dos fiscais de linha, no âmbito de um processo
disciplinar que viria a custar a irradiação de Inocêncio Calabote, mais de
20 anos depois dos «bons serviços» que, unanimemente, prestou à arbitragem.
«Havia numerosos fotógrafos dentro do campo para fotografar a equipa. Isto
deu lugar a uma certa demora, tendo o árbitro procurado que os fotógrafos
abandonassem o campo. Isto fez com que o jogo principiasse uns três minutos,
aproximadamente, depois das quinze horas», adiantou o auxiliar.
Apesar do esforço dos homens do Barreiro, a primeira parte correu de feição
para as aspirações do Benfica, que chegou ao intervalo a vencer por 4-0. Aos
58 minutos de jogo, o cufista Quaresma reduziu para 5-1, colocando assim o
FC do Porto em vantagem. Mas o Benfica, em tarde inspirada, não tardaria a
fazer os 6-1.
Os últimos minutos, segundo relata a Imprensa da época, foram «dramáticos»
nos dois campos. Primeiro, na Luz, Mendes fazia os 7-1, dando o título ao
Benfica. Depois, em Torres, Noé marcava o segundo golo do Porto, empatando
de novo a contenda entre os dois grandes. E, a vinte segundos do final desta
partida, Teixeira elevava a marca para 3-0, colocando a faixa de campeão ao
peito dos «azuis e brancos».
Na Luz, os «encarnados» deram tudo por tudo ao longo dos seis derradeiros
minutos da partida (dez, com os descontos) mas não conseguiram voltar a
marcar. Por um só golo (81-22 contra 78-20), o FC do Porto, na altura
treinado por Bela Guttmann sagrava-se campeão nacional.
«Na manhã seguinte, em Évora, preenchi o relatório do jogo, que mandei para
a Comissão. Tinha assinalado três penaltis e expulsado três jogadores da
CUF. Creio que não houve mais nada de especial a registar.»
Isto pensava ele, na sua inocência de Inocêncio puro, longe ainda de saber,
como viria a apurar mais tarde, quantas coincidências nefastas se não podem
cruzar no caminho dos inocentes. «Em 58-59, a presidência da Comissão
Central de Árbitros, por força da rotatividade do cargo ou de qualquer coisa
no género, foi parar às mãos do Belenenses, então um dos quatro grandes, na
pessoa do dr. Coelho da Fonseca. O presidente anterior veio a Évora
avisar-me um belo dia: 'Você ponha-se a pau, que a Comissão que entrou vem
com intenções de o irradiar', disse-me ele, o Gameiro Pereira. Queriam
vingar-se.
«Logo de seguida, depois do tal Benfica-CUF, alegando má-fé minha no
preenchimento do relatório do jogo - que teria começado não sei quantos
minutos depois da hora, que teria tido um intervalo maior que o devido e um
prolongamento excessivo também -, o dr. Coelho da Fonseca abriu-me um
inquérito e não descansou enquanto não conseguiu que me fosse aplicada a
pena de irradiação da arbitragem. Ao fim de 22 anos de bons e leais
serviços, conseguiram pôr-me na rua alegando um pretenso erro meu de
cronometragem. E se escrevi no relatório que prolonguei a partida durante
quatro ou cinco minutos foi porque entendi que o devia ter feito e porque
foi esse o tempo que o meu relógio realmente marcou. E qual é o relógio que
conta?»
Depois de mais de 20 anos dedicados à causa da arbitragem, Inocêncio
Calabote viu-se irradiado por um pretenso erro de meia dúzia de minutos.
«Não, nunca ninguém me acusou de suborno, de comprado ou de coisa no género,
que nunca ninguém encontrou matéria para tal. Aplicaram-me a pena máxima só
porque o meu relógio, pretensamente, não tinha o rigor de um cronómetro
acima de qualquer suspeita.»
E repete-se inocente, Inocêncio João Teixeira Calabote. Sem esperança nos
homens, até que o esquecimento o liberte.
AINDA hoje, quase 40 anos depois dos acontecimentos que viriam a marcar, de
forma tão dramática, a sua vida, Inocêncio Calabote experimenta, mesmo sem
querer, sentimentos contraditórios em relação ao que então se passou: por um
lado, gostaria de poder esquecer, de ter artes para varrer tudo da memória e
deixar a cabeça limpa, como uma casa arrumada, como se nada, alguma vez,
tivesse realmente sucedido; por outro, a «injustiça» que lhe fizeram foi tão
grande, tão violenta que o próprio corpo ainda agora se lhe arrepia todo
sempre que, quando menos o espera, o fluir do sangue lhe traz de volta ao
coração o sabor amargo do desamor dos homens.
Nunca mais fui a um estádio, não sou capaz. Gosto de ver o futebol na
televisão. Mas, depois, vou-me deitar, e a cabeça não pára, só quando
consigo adormecer.»
REPARARM: 3 PENALTIES E TRÊS EXPULSÕES!!!!!!!
A ANEDOTA DA SEMANA
Na sequência duma rubrica criada a semana passada, venho então atribuir o prémio da anedota da presente semana.
3º lugar - SENHOR CAMACHO (como se lembram, este é o único treinador em Portugal que para além de Mister, é também senhor). Pela 2ª vez e já que não ganha mais nada, tem direito a prémio neste blogue. O facto de ter, enfaticamente, colocado o rótulo de jogo do ano à meia final com os mortos-vivos do restelo, fez-me ficar bem disposto. Sim, porque a final é com o Porto e essa está perdida à partida. Tal como a eliminatória com os rotos de Milão. Logo, o melhor que pode aspirar este ano é ser finalista derrotado da taça de Portugal (de preferência por menos de 3).
2º lugar - ABOMÍNAVEL HOMEM GAUCHO - O (alegadamente) treinador da selecção de todos eles esta semana já desceu a fasquia. Até há pouco, veio para ser campeão da europa. Agora, diz que só se pode exigir as meias finais (claro, até ele reconhece quão má é a sua equipa). Se calhar, depois do jogo com a Itália, já só pede a passagem da 1ª fase (isto porque os árbitros vão ser uns calabotes à escala europeia e vão fazer o frete à selecção de todos eles).
1º lugar - CARLOS QUEIRÓS - O moçambicano ex-capataz do chéché Ferguson foi indecentemente humilhado pelo Saragoça ontem na final da taça. Apesar de jogar meia hora com um jogador a mais, viu a sua peseteira equipa ser gozada pelos adeptos do Saragoça que, pese embora a referida contrariedade e com o jogo ainda empatado, correram o real a olés, enquanto a sua equipa fazia o peseteiro figo e cª. cheirarem a bola. Foi um gozo ver o Raul parecer o Nuno Gomes e o Zidane o Fernando Aguiar. Meus amigos, com aqueles jogadores, o Mourinho ganhava as próximas dez ligas dos campeões. É a prova que não basta o dinheiro. É preciso dirigentes capazes e um bom treinador. Aliás, dá-me impressão que basta um treinador suficiente menos. Acho que até o alcoólico Toni se arriscava a fazer melhor. Por isso, professor oriundo dos PALOPS, este prémio de consolação pela derrota é seu.
3º lugar - SENHOR CAMACHO (como se lembram, este é o único treinador em Portugal que para além de Mister, é também senhor). Pela 2ª vez e já que não ganha mais nada, tem direito a prémio neste blogue. O facto de ter, enfaticamente, colocado o rótulo de jogo do ano à meia final com os mortos-vivos do restelo, fez-me ficar bem disposto. Sim, porque a final é com o Porto e essa está perdida à partida. Tal como a eliminatória com os rotos de Milão. Logo, o melhor que pode aspirar este ano é ser finalista derrotado da taça de Portugal (de preferência por menos de 3).
2º lugar - ABOMÍNAVEL HOMEM GAUCHO - O (alegadamente) treinador da selecção de todos eles esta semana já desceu a fasquia. Até há pouco, veio para ser campeão da europa. Agora, diz que só se pode exigir as meias finais (claro, até ele reconhece quão má é a sua equipa). Se calhar, depois do jogo com a Itália, já só pede a passagem da 1ª fase (isto porque os árbitros vão ser uns calabotes à escala europeia e vão fazer o frete à selecção de todos eles).
1º lugar - CARLOS QUEIRÓS - O moçambicano ex-capataz do chéché Ferguson foi indecentemente humilhado pelo Saragoça ontem na final da taça. Apesar de jogar meia hora com um jogador a mais, viu a sua peseteira equipa ser gozada pelos adeptos do Saragoça que, pese embora a referida contrariedade e com o jogo ainda empatado, correram o real a olés, enquanto a sua equipa fazia o peseteiro figo e cª. cheirarem a bola. Foi um gozo ver o Raul parecer o Nuno Gomes e o Zidane o Fernando Aguiar. Meus amigos, com aqueles jogadores, o Mourinho ganhava as próximas dez ligas dos campeões. É a prova que não basta o dinheiro. É preciso dirigentes capazes e um bom treinador. Aliás, dá-me impressão que basta um treinador suficiente menos. Acho que até o alcoólico Toni se arriscava a fazer melhor. Por isso, professor oriundo dos PALOPS, este prémio de consolação pela derrota é seu.
quarta-feira, 17 de março de 2004
CARTA ABERTA DE REPÚDIO À SAD DO FCP
Ils. Senhores Administradores da FCP SAD:
Permitam-me a veleidade de, por esta forma, vir manifestar o meu mais veemente repúdio pela forma como Vªs. Exªs. dirigem os destinos do Clube pelo qual, infelizmente, sofro. Na verdade, desde há cerca de dois anos que Vªs. Exªs., de forma despudorada, atentam gravemente contra o património amealhado por mim e pelos meus consócios a custo de muito suor. Tudo começou quando resolveram contratar esse bárbaro de nome José Mourinho, rei da arrogância. Não é que esse senhor resolveu fazer do nosso clube uma potência mundial? A consequência trágica disso foi o desembolsar de muitas centenas, milhares diria até, de euros no acompanhamento da equipa. Senão reparem Vªs. Exªs.: desde o pagamento de quotas, passando pelo lugar anual, só na época passada obrigaram-me a ir a Sevilha durante a semana de trabalho e ao Mónaco. Isto para não falar da deslocação sempre sacrificada a terra de infiés para a final da taça de Portugal. Ora, pensei eu durante o meu delírio de amor clubista, isto para o ano não se pode repetir. Têm que acalmar, que não há bolsa que aguente. Mas, não, não é que esse malfadado Mourinho resolve repetir a gracinha? Que mania tem ele de quebrar recordes... é o maior número de vitórias seguidas em derbies, vitórias seguidas em casa e por aí fora. E vªs. Exªs. não têm mão nele...
O motivo maior do meu protesto foi o sucedido na última semana. Não podiam estar quietos! Tinham que eliminar o Manchester e pôr-me na sexta-feira seguinte a reservar um bilhete para a fibnal da Liga dos Campeões. E ontem, claro, encomendei o bilhete para o jogo com o Lyon.Não me deixando respirar, à noite chegam à final da Taça de Portugal outra vez. Para mim, foi a gota de água. Já não há paciência para tantas vitórias. Ainda por cima, a SAD não prima pela originalidade. Agora, pergunto eu, acham que é fácil um trabalhador honesto chegar a casa e explicar à mulher que reservou, com duas eliminatórias de antecedência, um bilhete para a final? É que este facto, para além do rombo no orçamento familiar, implica ainda ter que fingir estar feliz com a minha cara metade na ida às compras. Claro, durante um mês não posso protestar. E ainda tenho que sorrir a fazer as lides domésticas... Tudo por vossa culpa! E estou certo que muitos portugueses estão a sofrer como eu. Sei que Vªs. Exªs. não vão ligar nada a esta singela missiva, uma vez que com a vossa execrável sede de vitórias estão ocupados demais a planear a próxima temporada. Que raio de mania essa de terem que estar sempre a contratar Carlos Albertos, Macieis, Pedros Mendes... Por amor de Deus, parem! Esta é a súplica de uma alma amargurada, que não tem culpa de sofrer pelo FCPorto!
Muito obrigado pela Vossa atenção.
Apresenta os melhores e mais respeitosos cumprimentos,
Azulão
Permitam-me a veleidade de, por esta forma, vir manifestar o meu mais veemente repúdio pela forma como Vªs. Exªs. dirigem os destinos do Clube pelo qual, infelizmente, sofro. Na verdade, desde há cerca de dois anos que Vªs. Exªs., de forma despudorada, atentam gravemente contra o património amealhado por mim e pelos meus consócios a custo de muito suor. Tudo começou quando resolveram contratar esse bárbaro de nome José Mourinho, rei da arrogância. Não é que esse senhor resolveu fazer do nosso clube uma potência mundial? A consequência trágica disso foi o desembolsar de muitas centenas, milhares diria até, de euros no acompanhamento da equipa. Senão reparem Vªs. Exªs.: desde o pagamento de quotas, passando pelo lugar anual, só na época passada obrigaram-me a ir a Sevilha durante a semana de trabalho e ao Mónaco. Isto para não falar da deslocação sempre sacrificada a terra de infiés para a final da taça de Portugal. Ora, pensei eu durante o meu delírio de amor clubista, isto para o ano não se pode repetir. Têm que acalmar, que não há bolsa que aguente. Mas, não, não é que esse malfadado Mourinho resolve repetir a gracinha? Que mania tem ele de quebrar recordes... é o maior número de vitórias seguidas em derbies, vitórias seguidas em casa e por aí fora. E vªs. Exªs. não têm mão nele...
O motivo maior do meu protesto foi o sucedido na última semana. Não podiam estar quietos! Tinham que eliminar o Manchester e pôr-me na sexta-feira seguinte a reservar um bilhete para a fibnal da Liga dos Campeões. E ontem, claro, encomendei o bilhete para o jogo com o Lyon.Não me deixando respirar, à noite chegam à final da Taça de Portugal outra vez. Para mim, foi a gota de água. Já não há paciência para tantas vitórias. Ainda por cima, a SAD não prima pela originalidade. Agora, pergunto eu, acham que é fácil um trabalhador honesto chegar a casa e explicar à mulher que reservou, com duas eliminatórias de antecedência, um bilhete para a final? É que este facto, para além do rombo no orçamento familiar, implica ainda ter que fingir estar feliz com a minha cara metade na ida às compras. Claro, durante um mês não posso protestar. E ainda tenho que sorrir a fazer as lides domésticas... Tudo por vossa culpa! E estou certo que muitos portugueses estão a sofrer como eu. Sei que Vªs. Exªs. não vão ligar nada a esta singela missiva, uma vez que com a vossa execrável sede de vitórias estão ocupados demais a planear a próxima temporada. Que raio de mania essa de terem que estar sempre a contratar Carlos Albertos, Macieis, Pedros Mendes... Por amor de Deus, parem! Esta é a súplica de uma alma amargurada, que não tem culpa de sofrer pelo FCPorto!
Muito obrigado pela Vossa atenção.
Apresenta os melhores e mais respeitosos cumprimentos,
Azulão
"Assuntos, Assuntinhos e Assuntões..."
A Susana é uma grande Portista em terra de infieis. O seu blog Circo de Feras merece que, nós Dragões, façamos umas passagens por lá.
Num post recente da Susana, ela faz referências elogiosas ao nosso blog (no post que tem o mesmo título deste meu post) e defende o Mágico Porto com uma inteligência, simplicidade e eficácia que merece um elogio da nossa parte e esta menção que fazemos agora no blog.
Daí esta nossa referência e um agradecimento especial à Susana por ser a Grande Dragona que é em terra infiel.
Os meus sinceros Parabéns e Bem Haja!!!
Num post recente da Susana, ela faz referências elogiosas ao nosso blog (no post que tem o mesmo título deste meu post) e defende o Mágico Porto com uma inteligência, simplicidade e eficácia que merece um elogio da nossa parte e esta menção que fazemos agora no blog.
Daí esta nossa referência e um agradecimento especial à Susana por ser a Grande Dragona que é em terra infiel.
Os meus sinceros Parabéns e Bem Haja!!!
ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA!!!
Ontem à noite no fim do jogo e hoje pela manhã, só uma música me saia da boca e cujo refrão deixei aqui em título!!!
Realmente o Mágico vai caminhando a passos largos para mais um ano de glória!!! E já é hora de dizer que este é um ano de glória, embora só ainda tenhamos efectivamente ganho a Supertaça. É que estar a meio passo de ganhar a Superliga (apenas matematicamente, porque Campeões já nós somos), estar na Final da Taça de Portugal e nos quartos de final da Liga dos Campeões (o que significa ser uma das oito melhores equipas da Europa nesta época) representa um grande ano, mesmo que tudo daqui para a frente corra muito mal, o que sinceramente não me acredito.
Também é certo, e também como se têm apercebido pelos meus posts, que a este Mágico Porto já estamos a pedir o céu. Mas também é certo que a equipa é que nos obriga a tal pensamento dada a forma como tem ganho e destruido os adversários.
Ontem, mais uma vez, em Braga demos um recital de como ganhar um jogo jogando quanto baste. Quando era necessário apertar, lá davamos mais uma estocada no adversário, a saber:
O Braga entrou em campo e teve uma ocasião de golo. Logo o Mágico Porto apertou e desfere o 1.º golpe: 1-0 para o Porto.
O Braga entra na segunda parte com novo folego. O Mágico Porto lá pensou que era hora de arrumar com o jogo e 2.º golpe: 2-0.
Ainda festejavamos o 2.º golo e, portanto, meios distraidos, sofremos um golo: 2-1.
Os adeptos do Braga galvanizam-se para puxarem a sua equipa para o empate. O Mágico Porto pensou que era hora de, então, dar a estocada final. Um míssel do Jankauskas (a fazer lembrar as imagens da guerra do Iraque) para a baliza daquele guarda-redes que ontem se esqueceu de perder tempo infinito (como sempre faz nos jogos contra os Dragões) que foi de arrepiar as bancadas. QUE PUTO DE GOLÃO!!!
E pronto, estava feito o nosso servicinho habitual. Até ao fim foi gerir e mostrar todo o potencial técnico dos nosso jogadores. Agora estamos à espera do outo finalista.
Por enquanto temos outra cois(inh)a com que nos preocupar. A Liga dos Campeões.
Apesar do que já disse neste post, permitam-me que peça, e não que exija, a estes heróis uma coisa: QUEREMOS O CÉU, porque acreditamos em vocês e sabemos o vosso querer, a vossa raça e a vossa qualidade. Também sabemos a vossa cumplicidade connosco e ontem, mesmo aquela hora e num jogo fora de casa, fomos aos milhares o que estivemos em Braga.
E se algo correr menos bem, não se preocupem. Nós estaremos sempre ao vosso lado porque vocês são os nossos heróis.
Obrigado Mágico Porto. Obrigado mesmo. Confiamos em vocês.
ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA!!!
P.S.: Não estarei preente no jogo com o Lyon, o que me dá uma mágoa muito grande. Ausentarme-ei para o estrangeiro durante 15 dias e por isso não poderei estar presente. No entanto, não deixarei de ver o jogo pela televisão e estar em espírito a puxar pela equipa no Estádio do Dragão. Também desde já pedirei desculpa aos leitores deste blog pelo facto de não comentar com assiduidade tudo o que se possa passar. O Azulão fará as honras da casa.
No entanto, mesmo um pouco longe não deixarei de estar atento e vir mandar a minha estocada aqui, mas muito pontualmente.
Já emprestei o meu cartão a um amigo para que o meu grito não faça falta, mas no entanto peço-vos a todos que estejam presentes no estádio, para darem um grito em meu nome no jogo de terça-feira. E para darem muitos em vosso nome. Porque os nossos heróis merecem e o nosso apoio é imprescindível. Desde já vos agradeço do fundo do coração.
Allez Porto Allez, Nós somos a tua voz, Queremos esta vitória, Conquistada por nós...
Realmente o Mágico vai caminhando a passos largos para mais um ano de glória!!! E já é hora de dizer que este é um ano de glória, embora só ainda tenhamos efectivamente ganho a Supertaça. É que estar a meio passo de ganhar a Superliga (apenas matematicamente, porque Campeões já nós somos), estar na Final da Taça de Portugal e nos quartos de final da Liga dos Campeões (o que significa ser uma das oito melhores equipas da Europa nesta época) representa um grande ano, mesmo que tudo daqui para a frente corra muito mal, o que sinceramente não me acredito.
Também é certo, e também como se têm apercebido pelos meus posts, que a este Mágico Porto já estamos a pedir o céu. Mas também é certo que a equipa é que nos obriga a tal pensamento dada a forma como tem ganho e destruido os adversários.
Ontem, mais uma vez, em Braga demos um recital de como ganhar um jogo jogando quanto baste. Quando era necessário apertar, lá davamos mais uma estocada no adversário, a saber:
O Braga entrou em campo e teve uma ocasião de golo. Logo o Mágico Porto apertou e desfere o 1.º golpe: 1-0 para o Porto.
O Braga entra na segunda parte com novo folego. O Mágico Porto lá pensou que era hora de arrumar com o jogo e 2.º golpe: 2-0.
Ainda festejavamos o 2.º golo e, portanto, meios distraidos, sofremos um golo: 2-1.
Os adeptos do Braga galvanizam-se para puxarem a sua equipa para o empate. O Mágico Porto pensou que era hora de, então, dar a estocada final. Um míssel do Jankauskas (a fazer lembrar as imagens da guerra do Iraque) para a baliza daquele guarda-redes que ontem se esqueceu de perder tempo infinito (como sempre faz nos jogos contra os Dragões) que foi de arrepiar as bancadas. QUE PUTO DE GOLÃO!!!
E pronto, estava feito o nosso servicinho habitual. Até ao fim foi gerir e mostrar todo o potencial técnico dos nosso jogadores. Agora estamos à espera do outo finalista.
Por enquanto temos outra cois(inh)a com que nos preocupar. A Liga dos Campeões.
Apesar do que já disse neste post, permitam-me que peça, e não que exija, a estes heróis uma coisa: QUEREMOS O CÉU, porque acreditamos em vocês e sabemos o vosso querer, a vossa raça e a vossa qualidade. Também sabemos a vossa cumplicidade connosco e ontem, mesmo aquela hora e num jogo fora de casa, fomos aos milhares o que estivemos em Braga.
E se algo correr menos bem, não se preocupem. Nós estaremos sempre ao vosso lado porque vocês são os nossos heróis.
Obrigado Mágico Porto. Obrigado mesmo. Confiamos em vocês.
ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA!!!
P.S.: Não estarei preente no jogo com o Lyon, o que me dá uma mágoa muito grande. Ausentarme-ei para o estrangeiro durante 15 dias e por isso não poderei estar presente. No entanto, não deixarei de ver o jogo pela televisão e estar em espírito a puxar pela equipa no Estádio do Dragão. Também desde já pedirei desculpa aos leitores deste blog pelo facto de não comentar com assiduidade tudo o que se possa passar. O Azulão fará as honras da casa.
No entanto, mesmo um pouco longe não deixarei de estar atento e vir mandar a minha estocada aqui, mas muito pontualmente.
Já emprestei o meu cartão a um amigo para que o meu grito não faça falta, mas no entanto peço-vos a todos que estejam presentes no estádio, para darem um grito em meu nome no jogo de terça-feira. E para darem muitos em vosso nome. Porque os nossos heróis merecem e o nosso apoio é imprescindível. Desde já vos agradeço do fundo do coração.
Allez Porto Allez, Nós somos a tua voz, Queremos esta vitória, Conquistada por nós...
terça-feira, 16 de março de 2004
Mais uma semana, mais uma competição... e os mesquinhos
Aqui estamos novamente numa semana de novas competições.
Ser Dragão é não ter sossego e a adrenalina sempre em níveis elevados.
A nossa fome de vitórias é desmesurada e, como tal, logo jogaremos em Braga para a Taça de Portugal de forma a atingirmos mais uma final.
Porém, não é sobre o jogo de hoje á noite (lá estarei em Braga a apoiar o Mágico Porto) que quero falar, mas sim sobre a mesquinhice dos adeptos infieis sobre o adiamento do jogo do fim-de-semana contra o Nacional.
Uns dizem que é o Porto o que quer evitar é a primeira derrota, porque sabe que o Nacional joga muito, etc, etc. Outros dizem que não tem nada de adiar, porque os jogos europeus já estavam marcados há muito e que não interessa nada o jogo com o Lyon. E o rol de acusações vem de todo o lado.
Pois bem, o que me apetece dizer a esses infieis é que com adiamento ou sem adiamento, eles podem tirar o cavalinho da chuva que a Superliga é nossa. Andam aí a lutar pelo 2.º e 3.º lugar aos caídos e pensam que ainda podem atingir o topo, só porque o Mágico Porto poderá andar desgastado com a sobrecarga de jogos. Fiquem sabendo que o Mágico Porto mesmo desgastado é melhor, perdão, muito melhor do que qualquer um dos clubes infieis fresquinho como uma alface e não era qualquer jogo com um Nacional qualquer que nos faria perder a Superliga.
Por mim, se não for autorizado o adiamento do jogo da Superliga, levava lá a equipa B do Mágico Porto, demonstrando a esses ingratos infieis que conseguem lugares na Comeptições Europeis à custa das nossas campanhas, que temos um rumo traçado e que não nos desviaremos dele.
Hoje será um passo para a primeira final. No Sábado jogariamos com a equipa B contra o Nacional, porque esta competição já está ganha, até porque a concorrência é de terceira categoria. Na terça-feira, jogaremos no Dragão contra o Lyon para tentarmos atingir as Meias-Finais da Liga dos Campeões. Sabem o que é isso? Vou soletrar: M-E-I-A-S F-I-N-A-I-S D-A L-I-G-A D-O-S C-A-M-P-E-ÕES.
O adiamento do jogo, infelizmente, também é vos beneficia indirectamente, porque se não são os nossos pontinhos para Portugal, iam mas é jogar a Liga dos rotos da 2.ª Circular.
Mas como o sucesso cria tanta inveja, lá vêm eles novamente mostrar a careca. Pararam durante uma semana, resignados ao nosso poderio perante o Manchester e cheios de medo de levar uma abada dos Italianos. Por isso tiveram cautela e caldos de galinha. Agora venham-me dizer que até queriam que o Mágico Porto ganhasse e que torceram por nós, que eu sei para onde vos hei-de mandar.
Por mim, e como não sou hipócrita, podem contar que vou torcer pelo Inter de Milão. Sabem porquê? Porque quando jogam duas equipas estrangeiras, sofro sempre pela de mais longe...
Disse...
Ser Dragão é não ter sossego e a adrenalina sempre em níveis elevados.
A nossa fome de vitórias é desmesurada e, como tal, logo jogaremos em Braga para a Taça de Portugal de forma a atingirmos mais uma final.
Porém, não é sobre o jogo de hoje á noite (lá estarei em Braga a apoiar o Mágico Porto) que quero falar, mas sim sobre a mesquinhice dos adeptos infieis sobre o adiamento do jogo do fim-de-semana contra o Nacional.
Uns dizem que é o Porto o que quer evitar é a primeira derrota, porque sabe que o Nacional joga muito, etc, etc. Outros dizem que não tem nada de adiar, porque os jogos europeus já estavam marcados há muito e que não interessa nada o jogo com o Lyon. E o rol de acusações vem de todo o lado.
Pois bem, o que me apetece dizer a esses infieis é que com adiamento ou sem adiamento, eles podem tirar o cavalinho da chuva que a Superliga é nossa. Andam aí a lutar pelo 2.º e 3.º lugar aos caídos e pensam que ainda podem atingir o topo, só porque o Mágico Porto poderá andar desgastado com a sobrecarga de jogos. Fiquem sabendo que o Mágico Porto mesmo desgastado é melhor, perdão, muito melhor do que qualquer um dos clubes infieis fresquinho como uma alface e não era qualquer jogo com um Nacional qualquer que nos faria perder a Superliga.
Por mim, se não for autorizado o adiamento do jogo da Superliga, levava lá a equipa B do Mágico Porto, demonstrando a esses ingratos infieis que conseguem lugares na Comeptições Europeis à custa das nossas campanhas, que temos um rumo traçado e que não nos desviaremos dele.
Hoje será um passo para a primeira final. No Sábado jogariamos com a equipa B contra o Nacional, porque esta competição já está ganha, até porque a concorrência é de terceira categoria. Na terça-feira, jogaremos no Dragão contra o Lyon para tentarmos atingir as Meias-Finais da Liga dos Campeões. Sabem o que é isso? Vou soletrar: M-E-I-A-S F-I-N-A-I-S D-A L-I-G-A D-O-S C-A-M-P-E-ÕES.
O adiamento do jogo, infelizmente, também é vos beneficia indirectamente, porque se não são os nossos pontinhos para Portugal, iam mas é jogar a Liga dos rotos da 2.ª Circular.
Mas como o sucesso cria tanta inveja, lá vêm eles novamente mostrar a careca. Pararam durante uma semana, resignados ao nosso poderio perante o Manchester e cheios de medo de levar uma abada dos Italianos. Por isso tiveram cautela e caldos de galinha. Agora venham-me dizer que até queriam que o Mágico Porto ganhasse e que torceram por nós, que eu sei para onde vos hei-de mandar.
Por mim, e como não sou hipócrita, podem contar que vou torcer pelo Inter de Milão. Sabem porquê? Porque quando jogam duas equipas estrangeiras, sofro sempre pela de mais longe...
Disse...
segunda-feira, 15 de março de 2004
À PORRADA, À XANCADA E A CAIR PARA O CHÃO...
No sábado assisti a um jogo de porrada, xancada e com os mau maus do Boavista sempre a perderem tempo. O árbitro, não satisfeito com o (mau) espetáculo que aquilo estava a ser, resolveu ser conivente com o jogo dos boavisteiros e deixou-os perder o tempo que quiseram. Engraçado é que só depois do Mágico Porto estar a ganhar é que reclamou com os jogadores do Mágico Porto para correrem na reposição da bola em jogo. Enfim, uma autêntica vergonha.
É com jogos e árbitros destes que o futebol perde adeptos. Como é que querem que o Campeonato Português seja como o inglês. Aqui vale tudo. Simulações, perdas de tempo, faltas pelo mais pequeno encosto, jogadores fingindo-se lesionados, etc. Tudo aquilo que o espectador não gosta de ver, o que não acontece em Inglaterra também porque os árbitros não o permitem
Valeu o querer, a vontade, a raça e a qualidade dos nossos heróis, pois só assim se conseguia ganhar um jogo daqueles.
Mais uma vez demonstramos que somos os melhores e que sabemos como o conseguir.
Nós na bancada também percebemos a intenção daquela equipa da Avenida e por isso apoiamos sempre o nosso Mágico Porto tornando aquele estádio um inferno para quem lá passa.
Ganhamos e foi merecido.
Só tenho pena que não haja castigos para quem joga daquela forma. Foi o regresso ao Boavista de Jaime Pacheco. Depois ainda há quem se admire que ele tenha sido corrido de Espanha. É que os Espanhóis estão habituados a ver jogar futebol de qualidade e não quiseram um treinador que cultiva a cultura da paulada. Houvesse vergonha dos árbitros e nada disto acontecia...
É com jogos e árbitros destes que o futebol perde adeptos. Como é que querem que o Campeonato Português seja como o inglês. Aqui vale tudo. Simulações, perdas de tempo, faltas pelo mais pequeno encosto, jogadores fingindo-se lesionados, etc. Tudo aquilo que o espectador não gosta de ver, o que não acontece em Inglaterra também porque os árbitros não o permitem
Valeu o querer, a vontade, a raça e a qualidade dos nossos heróis, pois só assim se conseguia ganhar um jogo daqueles.
Mais uma vez demonstramos que somos os melhores e que sabemos como o conseguir.
Nós na bancada também percebemos a intenção daquela equipa da Avenida e por isso apoiamos sempre o nosso Mágico Porto tornando aquele estádio um inferno para quem lá passa.
Ganhamos e foi merecido.
Só tenho pena que não haja castigos para quem joga daquela forma. Foi o regresso ao Boavista de Jaime Pacheco. Depois ainda há quem se admire que ele tenha sido corrido de Espanha. É que os Espanhóis estão habituados a ver jogar futebol de qualidade e não quiseram um treinador que cultiva a cultura da paulada. Houvesse vergonha dos árbitros e nada disto acontecia...
sexta-feira, 12 de março de 2004
A confiança tem destas coisas...
O sorteio ditou que o nosso Mágico Porto vai enfrentar o Lyon nos quartos de final da Liga dos Campeões.
Ditou, também, que teremos de enfrentar o Milão ou o Deportivo da Corunha na meia final da Liga dos Campeões.
Como estes bravos me dão tanta confiança, já reservei ingressos para a final da Liga dos Campeões a realizar na Alemanha.
É que não vá o diabo tece-las e ter de ficar até à última no sufoco de arranjar bilhete para a final.
Assim sendo, estes já estão reservados.
E como dizia no título deste post: "A confiança tem destas coisas..."
Nada mais correcto...
Hoje li o Jorge Maia no Jogo e este tirou-me as palavras da boca...
Por isso passo a transcrever o seu comentário...
"Questão de Escala
O FC Porto foi ontem à Suíça entregar a Taça UEFA à... UEFA. Pelos vistos, a taça é deles - embora não conste que sejam grande coisa a jogar à bola - e eles quiseram-na de volta. Para o FC Porto, como para outras equipas que já venceram a prova, ficou uma réplica com quatro-quintos do tamanho original. Pode soar a pouco mas quatro-quintos parece-me uma medida justa para as memórias. O passado é importante, não o discuto, até para sabermos quem somos, mas não deve ser considerado em tamanho real. O passado do FC Porto, por exemplo, está cheio - a abarrotar - de boas memórias: a Taça dos Campeões europeus conquistada em Viena, a Taça Intercontinental arrebatada em Tóquio, a Supertaça Europeia ganha ao Ajax, a Taça UEFA vencida em Sevilha. São grandes momentos e grandes memórias. Mas, certamente mais importantes do que as memórias de Viena, de Tóquio ou de Sevilha é o presente do FC Porto, a forma como a equipa se projecta, ampliada, no futuro. Não deixa de ser significativo que a devolução da Taça UEFA aos burocratas de Nyon aconteça na mesma semana em que o FC Porto eliminou o Manchester United da Liga dos Campeões, assegurando presença nos quartos-de-final da liga milionária.
Os portistas podiam estar muito confortavelmente sentados no sofá, em frente ao televisor, com o comando à distância na mão a ver e rever o golo de prata que Derlei marcou em Sevilha até ao limite da náusea. E podiam até largar uma lágrima de saudade entre duas repetições. E podiam trocar palmadinhas nas costas uns dos outros, recordando dias melhores de um passado mais ou menos desfocado e mítico. Podiam fazê-lo se tivessem tempo. Mas não têm. A equipa não lhes dá sossego. Hoje mesmo estão mais interessados em saber qual será o próximo adversário na Liga dos Campeões do que em recordar Sevilha. Porque o passado é uma miniatura à escala de quatro-quintos e o futuro não tem tamanho. "
Por isso passo a transcrever o seu comentário...
"Questão de Escala
O FC Porto foi ontem à Suíça entregar a Taça UEFA à... UEFA. Pelos vistos, a taça é deles - embora não conste que sejam grande coisa a jogar à bola - e eles quiseram-na de volta. Para o FC Porto, como para outras equipas que já venceram a prova, ficou uma réplica com quatro-quintos do tamanho original. Pode soar a pouco mas quatro-quintos parece-me uma medida justa para as memórias. O passado é importante, não o discuto, até para sabermos quem somos, mas não deve ser considerado em tamanho real. O passado do FC Porto, por exemplo, está cheio - a abarrotar - de boas memórias: a Taça dos Campeões europeus conquistada em Viena, a Taça Intercontinental arrebatada em Tóquio, a Supertaça Europeia ganha ao Ajax, a Taça UEFA vencida em Sevilha. São grandes momentos e grandes memórias. Mas, certamente mais importantes do que as memórias de Viena, de Tóquio ou de Sevilha é o presente do FC Porto, a forma como a equipa se projecta, ampliada, no futuro. Não deixa de ser significativo que a devolução da Taça UEFA aos burocratas de Nyon aconteça na mesma semana em que o FC Porto eliminou o Manchester United da Liga dos Campeões, assegurando presença nos quartos-de-final da liga milionária.
Os portistas podiam estar muito confortavelmente sentados no sofá, em frente ao televisor, com o comando à distância na mão a ver e rever o golo de prata que Derlei marcou em Sevilha até ao limite da náusea. E podiam até largar uma lágrima de saudade entre duas repetições. E podiam trocar palmadinhas nas costas uns dos outros, recordando dias melhores de um passado mais ou menos desfocado e mítico. Podiam fazê-lo se tivessem tempo. Mas não têm. A equipa não lhes dá sossego. Hoje mesmo estão mais interessados em saber qual será o próximo adversário na Liga dos Campeões do que em recordar Sevilha. Porque o passado é uma miniatura à escala de quatro-quintos e o futuro não tem tamanho. "
quinta-feira, 11 de março de 2004
A ANEDOTA DO DIA
Hoje, ao ir tomar o pequeno almoço, deparei com a 1ª página do Avante Lampião, que trazia a patética imagem de José António Capacho. Ao lado, a anedota por si proferida: "O FC Porto está a fazer uma excelente campanha na Liga dos Campeões, igual à do Benfica na Taça Uefa". Fiquei logo mais bem disposto. O tipo nada percebe de futebol, mas tem mais piada que o Fernando Rocha.
Nem sei o que dizer...
Ando sem palavras. A minha felicidade é tanta que nem consigo encontrar as palavras para expressar tudo aquilo que o Mágico Porto nos proporciona.
Durante o jogo sofri bastante, mas acreditei sempre. Quando vi o livre acreditei logo que seria ali a estocada final. Pedi aos Deuses para que deixassem ser o Benni a marcar. Não me enganei. Foi o Benni que marcou e resultou em golo.
Estava na terra dos infieis por razões profissionais. E não sabem o que é gritar bem alto um golo do Mágico Porto naquela terra. Espero mesmo que o meu amigo não tenha tido problemas pelo berreiro que fiz em casa dele aquando da marcação do golo. Ainda não me disse nada, por isso não deve ter sido despejado.
E agora? Que podemos pedir mais?
Tudo. A estes homens podemos pedir tudo. Não podemos exigir, mas podemos pedir. Porque eles gostam de nos ver felizes e gostam do sabor da vitória. Amanhã que seja o que Deus quiser. Quem ficará bastante incomodado será o nosso adversários, porque neste momento já sabem como é que elas doem...
Para nós qualquer um serve. Eles devem estar a rezar para evitar o Grande Mágico Porto.
A ver vamos...
Durante o jogo sofri bastante, mas acreditei sempre. Quando vi o livre acreditei logo que seria ali a estocada final. Pedi aos Deuses para que deixassem ser o Benni a marcar. Não me enganei. Foi o Benni que marcou e resultou em golo.
Estava na terra dos infieis por razões profissionais. E não sabem o que é gritar bem alto um golo do Mágico Porto naquela terra. Espero mesmo que o meu amigo não tenha tido problemas pelo berreiro que fiz em casa dele aquando da marcação do golo. Ainda não me disse nada, por isso não deve ter sido despejado.
E agora? Que podemos pedir mais?
Tudo. A estes homens podemos pedir tudo. Não podemos exigir, mas podemos pedir. Porque eles gostam de nos ver felizes e gostam do sabor da vitória. Amanhã que seja o que Deus quiser. Quem ficará bastante incomodado será o nosso adversários, porque neste momento já sabem como é que elas doem...
Para nós qualquer um serve. Eles devem estar a rezar para evitar o Grande Mágico Porto.
A ver vamos...
terça-feira, 9 de março de 2004
NINGUÉM QUIS SABER...
Tirei isto do site oficial do Manchester. O "espião" inglês fez estas observações antes do jogo. Pelos vistos ninguém lhe ligou. Julgavam que estava no papo. Ainda bem para nós que nem com os próprios empregados eles se preocuparam. Para a próxima devem ter aprendido...
Chief scout Mick Brown has warned against complacency as United bid to overturn a 2-1 first leg defecit against Porto.
The Reds were well below par in Oporto, and Brown says that a repeat performance will result in failure to reach the quarter-finals for the first time in eight years.
He said: "We've got to play better than we did over there, that's for sure. We didn't do what we normally do, which is retain possession of the ball. In European football, if you don't do that then you're always up against it."
After the shock first-leg defeat, Brown is convinced that nobody else will underestimate the Portuguese champions.
"They're a very, very tidy side. They've got a lot of experience, they were UEFA Cup winners last year and nobody should be under any illusions about their pedigree," he said.
"They're a very, very tidy side. They've got a lot of knowledge and experience."
Mick Brown on Porto
"I think they've gone 20-odd games without losing at home, so we shouldn't have been surprised. I was surprised that people looked down their noses and thought that Porto would be a pushover.
"I never, ever considered that a possibility, having seen them on numerous occasions.
"They've been winning league games in third gear. They've got a lot of knowledge and experience. They know what they're about and what it takes to win.
Brown remains convinced, however, that the Reds have what it takes to reach the last eight of the competition.
He said: "There's enough in our locker to win this tie. I'm always confident that if we put together what we're capable of then we're good enough for anybody, and I maintain that."
Chief scout Mick Brown has warned against complacency as United bid to overturn a 2-1 first leg defecit against Porto.
The Reds were well below par in Oporto, and Brown says that a repeat performance will result in failure to reach the quarter-finals for the first time in eight years.
He said: "We've got to play better than we did over there, that's for sure. We didn't do what we normally do, which is retain possession of the ball. In European football, if you don't do that then you're always up against it."
After the shock first-leg defeat, Brown is convinced that nobody else will underestimate the Portuguese champions.
"They're a very, very tidy side. They've got a lot of experience, they were UEFA Cup winners last year and nobody should be under any illusions about their pedigree," he said.
"They're a very, very tidy side. They've got a lot of knowledge and experience."
Mick Brown on Porto
"I think they've gone 20-odd games without losing at home, so we shouldn't have been surprised. I was surprised that people looked down their noses and thought that Porto would be a pushover.
"I never, ever considered that a possibility, having seen them on numerous occasions.
"They've been winning league games in third gear. They've got a lot of knowledge and experience. They know what they're about and what it takes to win.
Brown remains convinced, however, that the Reds have what it takes to reach the last eight of the competition.
He said: "There's enough in our locker to win this tie. I'm always confident that if we put together what we're capable of then we're good enough for anybody, and I maintain that."
DO FUNDO DO CORAÇÃO, OBRIGADO!
Ainda com uma lágrima furtiva no canto do olho e com o coração palpitante, não podia deixar de vir aqui deixar as minhas impressões acerca de mais este feito histórico da equipa do sistema. Provavelmente obrigámos hoje o velho caquético a ser desterrado para um asilo, talvez no beliche do Dias da Cunha. Afinal a senilidade de ambos é a mesma e nem os banhos de bola a curam. A resposta de luva branca foi dada por Mourinho na sua conferência de imprensa e pelos bravos no campo. Agora, recordando a faixa da claque no ano passado, aquando do jogo com a Lazio, deixem-nos sonhar. Uma equipa que desfalcada do Ninja, do César Peixoto, do Pedro Mendes (nosso melhor jogador desde há 3 meses) e que perdendo o Bicho logo após o golo adversário mesmo assim consegue dar a volta ao marcador, só nos pode por a pensar no caneco. E que bem soube o golo do Ministro, naquela altura em que é impossível dar a volta!!! Quando o árbitro marcou a falta, tive o pressentimento que ia ser golo. Esta equipa tinha que fazer história mais uma vez e colocar justiça no marcador da eliminatória. A verdade é só uma. Merecemos amplamente no conjunto da eliminatória ganhá-la. E é preciso não esquecer que eliminamos só o clube mais rico do mundo pelo 7º ano consecutivo. Clube esse que não tinha sofrido qualquer golo em casa este anos na Liga dos Campeões. Que nos últimos 8 anos chegou sempre aos quartos de final. Fomos a 1ª equipa lusa a pontuar em Old Trafford. A isto juntamos o empate em Madrid para percebermos que temos candidato. Obrigado Porto, por mais este dia que não esquecerei.
Por último, não queria deixar de exortar o povo a inundar o e-mail da RTP com protestos veementes. É inadmissível que, na televisão paga por todos e contra a nossa vontade, tenham desligado a emissão logo após o apito final, sem sequer termos direito às flash interviews. Isto para dar um concurso pré-gravado que não interessa a ninguém. Que foi considerado serviço público em vez da celebração dos nossos homens e das conferências de imprensa. Isto, claro, para não falar da pouca convicção com que o Lampião Delgado sussurrou o golo do Ministro. Nunca mais ganham vergonha na cara. Lembram-se no ano transacto em que não transmitiram nenhum dos nossos recitais caseiros da Taça uefa, porque não era serviço público? Claro que amanhã somos o orgulho de Portugal e blá, blá, blá. Mas no sábado vai voltar a funcionar o sistema. Ou algum jogador lagarto ou lampião vai fazer extensões no cabelo (vejam a capa do Avante Lagartão de hoje).
PS - Depois de secar duas vezes Ronaldo, outras duas Drogba, mais duas secou Nistelrooy. Falo claro do Ricardo Carvalho. Mas claro, na selecção de todos eles, só por decreto começou a ser convocado. Para se sentar no bnco. É porque os que jogam são os melhores centrais da Via Láctea, já que o nosso é o melhor do Mundo.
Por último, não queria deixar de exortar o povo a inundar o e-mail da RTP com protestos veementes. É inadmissível que, na televisão paga por todos e contra a nossa vontade, tenham desligado a emissão logo após o apito final, sem sequer termos direito às flash interviews. Isto para dar um concurso pré-gravado que não interessa a ninguém. Que foi considerado serviço público em vez da celebração dos nossos homens e das conferências de imprensa. Isto, claro, para não falar da pouca convicção com que o Lampião Delgado sussurrou o golo do Ministro. Nunca mais ganham vergonha na cara. Lembram-se no ano transacto em que não transmitiram nenhum dos nossos recitais caseiros da Taça uefa, porque não era serviço público? Claro que amanhã somos o orgulho de Portugal e blá, blá, blá. Mas no sábado vai voltar a funcionar o sistema. Ou algum jogador lagarto ou lampião vai fazer extensões no cabelo (vejam a capa do Avante Lagartão de hoje).
PS - Depois de secar duas vezes Ronaldo, outras duas Drogba, mais duas secou Nistelrooy. Falo claro do Ricardo Carvalho. Mas claro, na selecção de todos eles, só por decreto começou a ser convocado. Para se sentar no bnco. É porque os que jogam são os melhores centrais da Via Láctea, já que o nosso é o melhor do Mundo.
GANHAMOS.................
ALLEZ PORTO ALLEZ,
NÓS SOMOS A TUA VOZ,
QUEREMOS ESTA VITÓRIA,
CONQUISTA-A POR NÓS..........
VENHAM OS PRÓXIMOS...
ATÉ AO FIM, NÃO TEMOS MEDO DE NINGUÉM!!!!
POOOOOORRRRRRRRRRRRTTTTTTTTTTTTTTTTTTTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
NÓS SOMOS A TUA VOZ,
QUEREMOS ESTA VITÓRIA,
CONQUISTA-A POR NÓS..........
VENHAM OS PRÓXIMOS...
ATÉ AO FIM, NÃO TEMOS MEDO DE NINGUÉM!!!!
POOOOOORRRRRRRRRRRRTTTTTTTTTTTTTTTTTTTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
segunda-feira, 8 de março de 2004
MÁGICO PORTO À CONQUISTA DA EUROPA
O Mágico Porto está em Manchester para mais uma jornada Europeia.
Enquanto uns se preocupam com o segundo lugar na Superliga e outros por não serem abalados do terceiro e não serem goleados por uma equipa Italiana, nós vamo-nos preocupar com a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões.
O Mágico Porto venceu o jogo de sexta-feira com a maior das facilidades e geriu a equipa para o jogo de amanhã.
Precisamos de um Porto ao seu nível para eliminar o Manchester. Sabemos que é difícil, mas também temos a certeza que não é impossível. Esta equipa já nos habituou a tudo e por isso também nos deixa grande esperança para um grande resultado amanhã em Inglaterra.
Sem Pedro Mendes, sem Derlei e sem César Peixoto, sabemos que podemos contar com os nossos para carimbar a passagem à fase seguinte. Os Média têm dito e redito que o Manchester não é o colosso de outros tempos, etc, etc, tentando tudo por tudo diminuir a vitória do Mágico Porto na primeira mão. Nós até não nos importavamos que tal fosse verdade. Era sinal que a nossa missão era mais fácil.
No entanto, sabemos que o objectivo deles é criar não só na opinião pública mas também nos jogadores, a ideia de que o Manchester é fácil, que não é nada do outro para entramos no jogo menos concentrados. Porém, o Mágico Porto e os Portistas sabem onde querem chegar. Por um lado é dizer, no caso do Porto os eliminar, que afinal não era tão difícil, que eles até estão em baixa, etc, etc, desvalorizando a nossa vitória. No caso de eliminação do Porto, é dizer que fomos eliminados por uma equipa perfeitamente ao nosso alcance, que já não é o que era.
A intenção final será sempre a mesma. Desvalorizar o Mágico Porto. Essa será a intenção.
Mas nós Portistas já os conhecemos há muito e por isso não entramos por essas coisinhas. Sim, porque até ao jogo da 1.ª mão, os comentadores deste blog que são do Futebol Clube Contra o Porto sempre disseram que esperariam que o "grande" Manchester nos espetasse 4 ou 5 e que econtra eles é que haviam de se rir com a nossa banalização, etc, etc. Mas a partir daí ficaram calados como ratos.
Mais, comentadores de outros blogs e sites e pertencendo ao mesmo clube (o Futebol Clube Contra o Porto) agora vêm dizer isso mesmo, ou seja, dizem que o Manchester já não é colosso, que não vale nada, etc, etc. A gente já conhece todo este circo e por isso não lhes dá credibilidade.
Somos do Mágico Porto, somos inteligentes e não nos enganamos com comentários feitos por adeptos de três à coroa.
Continuem a tentar, que a gente também se gosta de rir um pouco...
E volto a terminar da mesma maneira:
Acreditem que o Estrela também acredita que vai ficar na Superliga...
Enquanto uns se preocupam com o segundo lugar na Superliga e outros por não serem abalados do terceiro e não serem goleados por uma equipa Italiana, nós vamo-nos preocupar com a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões.
O Mágico Porto venceu o jogo de sexta-feira com a maior das facilidades e geriu a equipa para o jogo de amanhã.
Precisamos de um Porto ao seu nível para eliminar o Manchester. Sabemos que é difícil, mas também temos a certeza que não é impossível. Esta equipa já nos habituou a tudo e por isso também nos deixa grande esperança para um grande resultado amanhã em Inglaterra.
Sem Pedro Mendes, sem Derlei e sem César Peixoto, sabemos que podemos contar com os nossos para carimbar a passagem à fase seguinte. Os Média têm dito e redito que o Manchester não é o colosso de outros tempos, etc, etc, tentando tudo por tudo diminuir a vitória do Mágico Porto na primeira mão. Nós até não nos importavamos que tal fosse verdade. Era sinal que a nossa missão era mais fácil.
No entanto, sabemos que o objectivo deles é criar não só na opinião pública mas também nos jogadores, a ideia de que o Manchester é fácil, que não é nada do outro para entramos no jogo menos concentrados. Porém, o Mágico Porto e os Portistas sabem onde querem chegar. Por um lado é dizer, no caso do Porto os eliminar, que afinal não era tão difícil, que eles até estão em baixa, etc, etc, desvalorizando a nossa vitória. No caso de eliminação do Porto, é dizer que fomos eliminados por uma equipa perfeitamente ao nosso alcance, que já não é o que era.
A intenção final será sempre a mesma. Desvalorizar o Mágico Porto. Essa será a intenção.
Mas nós Portistas já os conhecemos há muito e por isso não entramos por essas coisinhas. Sim, porque até ao jogo da 1.ª mão, os comentadores deste blog que são do Futebol Clube Contra o Porto sempre disseram que esperariam que o "grande" Manchester nos espetasse 4 ou 5 e que econtra eles é que haviam de se rir com a nossa banalização, etc, etc. Mas a partir daí ficaram calados como ratos.
Mais, comentadores de outros blogs e sites e pertencendo ao mesmo clube (o Futebol Clube Contra o Porto) agora vêm dizer isso mesmo, ou seja, dizem que o Manchester já não é colosso, que não vale nada, etc, etc. A gente já conhece todo este circo e por isso não lhes dá credibilidade.
Somos do Mágico Porto, somos inteligentes e não nos enganamos com comentários feitos por adeptos de três à coroa.
Continuem a tentar, que a gente também se gosta de rir um pouco...
E volto a terminar da mesma maneira:
Acreditem que o Estrela também acredita que vai ficar na Superliga...
sexta-feira, 5 de março de 2004
UM LAMPIÃO QUE AINDA ACREDITA...
Um lampião que ainda acredita naquela banda de música da lampiolândia escreveu no fim-de-semana passado o seguinte:
"Sábado, Fevereiro 28, 2004
Lá vai ser mais fácil
Depois do massacre de quinta-feira, fica a certeza de que temos uma grande equipa, que só necessita de amadurecer. Na Noruega, o Rosenborg vai ter a confirmação da nossa superioridade.
# posted by politicos da mae @ 01:06""
Não há dúvida que tinha razão... Foi efectivamente a confirmação da superioridade de uma banda de música...
Acreditem, que o Estrela também acredita que vai ficar na Superliga...
"Sábado, Fevereiro 28, 2004
Lá vai ser mais fácil
Depois do massacre de quinta-feira, fica a certeza de que temos uma grande equipa, que só necessita de amadurecer. Na Noruega, o Rosenborg vai ter a confirmação da nossa superioridade.
# posted by politicos da mae @ 01:06""
Não há dúvida que tinha razão... Foi efectivamente a confirmação da superioridade de uma banda de música...
Acreditem, que o Estrela também acredita que vai ficar na Superliga...
quinta-feira, 4 de março de 2004
O Santos Neves????????? No Avante??????
Ainda vai ser despedido...
"Obra de arte
O tratado de como jogar futebol que o F. C. Porto acaba de oferecer ao Manchester United é obra de arte. Nenhuma dúvida de que no infernal Old Trafford poderá acontecer a desforra; mas uma coisa de cada vez, e, para já, o campeão de Portugal deu lição de cátedra a uma das melhores equipas do mundo. Verdade que também o Sporting esta época ganhou ao Manchester United — num jogo particular para inauguração do novo estádio de Alvalade, quando as diabruras de Cristiano Ronaldo valeram cheque de 15milhões de euros. A enorme diferença é que nas Antas foi bem a doer, no arranque dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O F. C. Porto de José Mourinho, conquistador da Taça UEFA, não pára de surpreender a Europa. Há um ror de clubes com mão cheia de craques cotados muito acima dos portistas; mas, como equipa, nenhuma na Europa joga melhor que o F. C. Porto! Esta exibição de requinte colectivo exponenciado por primores individuais, absolutamente ao nível dos 4-1 à Lazio na corrida para a final de Sevilha, merecia o escândalo de idêntica goleada. Para isso faltou Derlei? Passando ao lado de tal especulação, impressionante é a arte portista a resolver o berbicacho de, a meio da época, ficar sem o jogador mais decisivo. A mesma que há muito mandou às malvas a ideia de Deco dependência... E que trabalhão dá atingir este nível de arte! Nenhuma equipa na Europa joga colectivamente melhor que o F. C. Porto porque nenhuma o bate em organização de jogo e força mental. Há ali muito e magnífico treino, incluindo o psíquico, e... jogadores escolhidos a dedo. O futebol portista chega a ser delícia de consistência, dinâmica, inteligência, convicção, criatividade. Modelar na organização de jogo para constante e eficaz circulação da bola e de... jogadores (brilhante jogo de compensações!), equilibra a alto nível segurança e audácia. Frente ao Manchester, um pormenor da solidez táctica: a dois senhores pontas-de-lança, Nistelrooy e Saha, o F. C. Porto respondeu com apenas dois defesas-centrais, ainda por cima dando grande ímpeto atacante aos laterais. Suicídio? De todo não, porque, para além da qualidade de Jorge Costa e Ricardo Carvalho, o ritmo e a segurança de compensações entre defesas-laterais e médios foram um primor! Que confiança no inesgotável vaivém de Paulo Ferreira, fortíssima personalidade perante Ryan Giggs! Não houve Costinha, que Pedro Mendes, um pilar! (sem surpresa para quem o viu com atenção no V. Guimarães...). Maniche sempre em alta rotação, pertíssimo de centro-campista completo (como Mourinho o fez evoluir!). Alenitchev a puxar pelos galões de internacional russo. Pois,Deco... não soltou magia mas nunca parou de tentar reencontrá-la jogando para a equipa. Os fabulosos golos de McCarthy (sim, a impressionante elevação para imparável cabeçada!; e o grau de dificuldade no pontapé de primeira em rotação de corpo?!). Mais o génio a prometer ganhar consistência do jovem Carlos Alberto que parece não ser outro... Roger—aliás, Mourinho foi vê-lo ao Brasil, o jogador não lhe caiu no prato da sopa... Este F. C. Porto de firme carácter (sofre golo e reage a sério), sólido e criativo no seu futebol sempre para ganhar, joga taco-a-taco com as mais cotadas equipas do mundo. Por isso é vencedor da Taça UEFA que ainda mais avança na montra da Europa. Com José Mourinho à frente... "
"Obra de arte
O tratado de como jogar futebol que o F. C. Porto acaba de oferecer ao Manchester United é obra de arte. Nenhuma dúvida de que no infernal Old Trafford poderá acontecer a desforra; mas uma coisa de cada vez, e, para já, o campeão de Portugal deu lição de cátedra a uma das melhores equipas do mundo. Verdade que também o Sporting esta época ganhou ao Manchester United — num jogo particular para inauguração do novo estádio de Alvalade, quando as diabruras de Cristiano Ronaldo valeram cheque de 15milhões de euros. A enorme diferença é que nas Antas foi bem a doer, no arranque dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O F. C. Porto de José Mourinho, conquistador da Taça UEFA, não pára de surpreender a Europa. Há um ror de clubes com mão cheia de craques cotados muito acima dos portistas; mas, como equipa, nenhuma na Europa joga melhor que o F. C. Porto! Esta exibição de requinte colectivo exponenciado por primores individuais, absolutamente ao nível dos 4-1 à Lazio na corrida para a final de Sevilha, merecia o escândalo de idêntica goleada. Para isso faltou Derlei? Passando ao lado de tal especulação, impressionante é a arte portista a resolver o berbicacho de, a meio da época, ficar sem o jogador mais decisivo. A mesma que há muito mandou às malvas a ideia de Deco dependência... E que trabalhão dá atingir este nível de arte! Nenhuma equipa na Europa joga colectivamente melhor que o F. C. Porto porque nenhuma o bate em organização de jogo e força mental. Há ali muito e magnífico treino, incluindo o psíquico, e... jogadores escolhidos a dedo. O futebol portista chega a ser delícia de consistência, dinâmica, inteligência, convicção, criatividade. Modelar na organização de jogo para constante e eficaz circulação da bola e de... jogadores (brilhante jogo de compensações!), equilibra a alto nível segurança e audácia. Frente ao Manchester, um pormenor da solidez táctica: a dois senhores pontas-de-lança, Nistelrooy e Saha, o F. C. Porto respondeu com apenas dois defesas-centrais, ainda por cima dando grande ímpeto atacante aos laterais. Suicídio? De todo não, porque, para além da qualidade de Jorge Costa e Ricardo Carvalho, o ritmo e a segurança de compensações entre defesas-laterais e médios foram um primor! Que confiança no inesgotável vaivém de Paulo Ferreira, fortíssima personalidade perante Ryan Giggs! Não houve Costinha, que Pedro Mendes, um pilar! (sem surpresa para quem o viu com atenção no V. Guimarães...). Maniche sempre em alta rotação, pertíssimo de centro-campista completo (como Mourinho o fez evoluir!). Alenitchev a puxar pelos galões de internacional russo. Pois,Deco... não soltou magia mas nunca parou de tentar reencontrá-la jogando para a equipa. Os fabulosos golos de McCarthy (sim, a impressionante elevação para imparável cabeçada!; e o grau de dificuldade no pontapé de primeira em rotação de corpo?!). Mais o génio a prometer ganhar consistência do jovem Carlos Alberto que parece não ser outro... Roger—aliás, Mourinho foi vê-lo ao Brasil, o jogador não lhe caiu no prato da sopa... Este F. C. Porto de firme carácter (sofre golo e reage a sério), sólido e criativo no seu futebol sempre para ganhar, joga taco-a-taco com as mais cotadas equipas do mundo. Por isso é vencedor da Taça UEFA que ainda mais avança na montra da Europa. Com José Mourinho à frente... "
MST...
"O orgulho da Nação
1. É nestas alturas que eu chego a ter dó de todos os arautos do «sistema», dos que vivem uma vida inteira a insinuar, a dizer, a repetir até à náusea, que são eles a melhor equipa, é deles o melhor futebol e só não são campeões crónicos porque o malfadado «sistema» está deturpado para desvirtuar a verdade e fazer do FC Porto um eterno «campeão de secretaria» — sem valor, nem mérito, nem categoria que o justifique. E tenho pena deles, porque em teoria podemos sempre continuar a discutir, sem jamais chegar a consenso algum, questões subjectivas como a de saber quem é habitualmente mais prejudicado pelas arbitragens e quem é mais beneficiado. Por absurdo, entre nós, até se conseguem discutir os factos estatísticos, como o de saber quem foi contemplado com mais penalties a favor, mais expulsões dos adversários, mais e mais longos castigos decretados pelo CD da Liga. Mas, quando chega a altura em que o FC Porto mostra que é capaz de jogar a um nível igual ou superior a uma Lazio, um Milan, um Celtic, um Marselha, um Real Madrid ou um Manchester United, quando mostra que é capaz de regularmente ultrapassar a primeira fase da Liga dos Campeões ou levar até ao fime até à glória a maratona da Taça UEFA, quando vemos os outros a baterem-se desesperadamente pelo segundo lugar no Campeonato porque ele, graças aos pontos conquistados pelo FC Porto, pode dar acesso à Liga dos Campeões, nessas alturas o que resta de argumentos às carpideiras de sempre? O que resta do «sistema», quando vemos o F C Porto reagir a um golo injusto do Manchester, resultante de um livre inexistente e, mesmo assim, continuar, como se nada fosse, a lutar com «coragem e alegria» pela vitória, como nenhuma outra equipa portuguesa seria capaz de fazer (este fim-de-semana, o «despudorado sistema» também fabricou um livre inexistente que permitiu ao Sporting vencer o Marítimo, mas isso é outra conversa...). Quem viu a exibição do FC Porto contra o Manchester e, mesmo assim, continua a insistir na nauseante explicação do sistema para justificar a superioridade interna do Porto, ou é desonesto intelectualmente ou é um caso patológico de inveja incurável. Quarta-feira passada, como tantas outras vezes ao longo dos últimos anos, o FC Porto foi o orgulho da nação futobolística e só os medíocres e os cegos de inveja é que o não reconhecem. Estamos a falar de um futebol a outro nível, ao nível mais alto, um futebol de uma galáxia que não tem nada a ver com as maledicências, as questiúnculas e as mediocridades armadas em grandes senhorias que por cá vegetam.
2. Há oito dias atrás, eu desejei e previ que, face à hecatombe de indisponíveis para o sector atacante, José Mourinho se atrevesse a romper com os cânones habituais da «escola táctica» portuguesa e ousasse apostar no «miúdo» Carlos Alberto. Felizmente, ele pensou o mesmo que eu e o resultado ficou à vista para todos, excepto para os comentadores da RTP, que não se cansaram de dizer que o Carlos Alberto estava a «emperrar todo o jogo ofensivo do FC Porto». Lá fora, porém, não se enganaram na análise: os ingleses escreveram que o Carlos Alberto pôs a cabeça em água à defesa do Manchester, o L’Équipe chamou-lhe «o prodígio brasileiro» e a Marca escreveu que ele «empurrou todo o jogo de ataque do FC Porto».Há coisas tão evidentes que até custa a compreender como é que «especialistas » as não vêem.
3. Outra coisa evidente, para mim, foi o empenho, o desejo, a esperança, que a nossa comunicação social pôs em que Mourinho castigasse «exemplarmente » o McCarthy pela sua noitada em Vigo. Queriam, porventura, um novo caso Jorge Costa, com o qual Octávio acabou de liquidar a então equipa do FC Porto. Tanta insistência no castigo interno a McCarthy não era inocente, mas Mourinho não se deixou ir na conversa, soube resolver o problema internamente e McCarthy mostrou contra o Manchester que valeu a pena não ceder ao canto das sereias. Com um simples jogo, mas visto por uns 200 milhões de pessoas no Mundo inteiro, ele e Carlos Alberto passaram de ilustres desconhecidos a apetecíveis troféus de caça dos tubarões mundiais.
4. O FC Porto-Manchester United, na RTP, fez 32,2 de audiência, 49,6 de share, esmagando tudo à volta. Durante a época em curso, aliás, dos seis jogos mais vistos na televisão portuguesa, cinco tiveram a participação do FC Porto. Dois tiveram a participação do Benfica — a inauguração do novo estádio e o jogo contra o FC Porto. E um, entre os vinte primeiros, teve a participação do Sporting — o jogo das Antas, contra o FC Porto... Aqui fica uma lição para quem, como a RTP ou a Sport TV, entendeu que a transmissão dos jogos caseiros do FC Porto durante a campanha empolgante da Taça UEFA (incluindo a meia-final contra a Lazio), não era serviço público ou não merecia o interesse do público... Pois, uns têm seis milhões de adeptos e outros são os Grandes Senhores do futebol português. Mas, quando chega a altura de ver futebol a sério, as audiências preferem o tal clube do «sistema». Seremos todos estúpidos?
5. Talvez um dia me ocupe a comentar o texto que, sem me nomear, Miguel Ribeiro Teles me dedicou no penúltimo número da revista Doze e que, francamente, me entristeceu. Por ora, limitar-me-ei a dizer que o «fanatismo » de que ele me acusa é sempre fatalmente fanático aos olhos de outro fanático. Quando, por exemplo, ele me lança a gravíssima acusação de usar esta coluna para «degradar ainda mais o ambiente no futebol português», eu - que tenho apenas responsabilidades de adepto, nem de jornalista, nem de dirigente—pergunto-lhe se ele acha que as declarações incontinentes do presidente do seu clube contribuem para dignificar o ambiente? E dou-lhe outro exemplo sobre a bilateralidade das coisas e o «fanatismo» encapotado: no mesmo número da revista em que ele escreve, topei com nada menos do que três textos quase a lamentar que o Benfica-FC Porto tinha sido «um jogo sem casos nem polémicas». Pois não: o único caso que houve, e que as imagens televisivas mostraram claramente, foi o Argel a agarrar o Jorge Costa dentro da área, impedindo-o de cabeçearà baliza — ou seja, um estúpido penaltizinho por marcar. Mas como o prejudicado foi o FC Porto, a coisa passou à categoria de fait-divers, não-notícia, de facto menor destinado ao desaparecimento definitivo dos arquivos da história. Portanto, de facto, não houve caso e não houve polémica, apenas porque o Benfica não tinha caso e o FC Porto, que o tinha, prescindiu da polémica e ainda bem. Mas, pergunto: e se tem sido ao contrário? (Ainda esta semana vi, no Benfica-Moreirense, duas jogadas eloquentes, dentro da área do Benfica: na primeira, o Argel— que, pelos vistos já se acha impune — a agarrar descaradamente pela cintura um avançado contrário, até que o Moreira segurasse a bola; na outra, o Manuel a fintar o Ricardo Rocha para ficar isolado e a ser rasteirado por ele. Comentários do comentador de serviço: «Empate na disputa entre Argel e Manuel» e «temos aqui um lance em que o pé de Ricardo Rocha prende o pé de Manuel». E nada mais, nem mais uma palavra sobre o assunto. Dois penaltizinhos por marcar, dois fait-divers. Fanatismo? Não, o jornalismo desportivo lisboeta na sua versão habitual. Mas quando são os portistas a chamar a atenção para estas coisas é fanatismo. Porque será, pergunto ainda, que todos, todos sem excepção — jogadores ou treinadores— que chegaram ao FC Porto depois de terem passado pelos grandes de Lisboa, afirmam unanimemente três coisas: que no FC Porto se trabalha mais e melhor; que a organização é incomparávelmente melhor; e que, apesar disso, é muito mais difícil ganhar campeonatos no FC Porto do que no Sporting e no Benfica? "
1. É nestas alturas que eu chego a ter dó de todos os arautos do «sistema», dos que vivem uma vida inteira a insinuar, a dizer, a repetir até à náusea, que são eles a melhor equipa, é deles o melhor futebol e só não são campeões crónicos porque o malfadado «sistema» está deturpado para desvirtuar a verdade e fazer do FC Porto um eterno «campeão de secretaria» — sem valor, nem mérito, nem categoria que o justifique. E tenho pena deles, porque em teoria podemos sempre continuar a discutir, sem jamais chegar a consenso algum, questões subjectivas como a de saber quem é habitualmente mais prejudicado pelas arbitragens e quem é mais beneficiado. Por absurdo, entre nós, até se conseguem discutir os factos estatísticos, como o de saber quem foi contemplado com mais penalties a favor, mais expulsões dos adversários, mais e mais longos castigos decretados pelo CD da Liga. Mas, quando chega a altura em que o FC Porto mostra que é capaz de jogar a um nível igual ou superior a uma Lazio, um Milan, um Celtic, um Marselha, um Real Madrid ou um Manchester United, quando mostra que é capaz de regularmente ultrapassar a primeira fase da Liga dos Campeões ou levar até ao fime até à glória a maratona da Taça UEFA, quando vemos os outros a baterem-se desesperadamente pelo segundo lugar no Campeonato porque ele, graças aos pontos conquistados pelo FC Porto, pode dar acesso à Liga dos Campeões, nessas alturas o que resta de argumentos às carpideiras de sempre? O que resta do «sistema», quando vemos o F C Porto reagir a um golo injusto do Manchester, resultante de um livre inexistente e, mesmo assim, continuar, como se nada fosse, a lutar com «coragem e alegria» pela vitória, como nenhuma outra equipa portuguesa seria capaz de fazer (este fim-de-semana, o «despudorado sistema» também fabricou um livre inexistente que permitiu ao Sporting vencer o Marítimo, mas isso é outra conversa...). Quem viu a exibição do FC Porto contra o Manchester e, mesmo assim, continua a insistir na nauseante explicação do sistema para justificar a superioridade interna do Porto, ou é desonesto intelectualmente ou é um caso patológico de inveja incurável. Quarta-feira passada, como tantas outras vezes ao longo dos últimos anos, o FC Porto foi o orgulho da nação futobolística e só os medíocres e os cegos de inveja é que o não reconhecem. Estamos a falar de um futebol a outro nível, ao nível mais alto, um futebol de uma galáxia que não tem nada a ver com as maledicências, as questiúnculas e as mediocridades armadas em grandes senhorias que por cá vegetam.
2. Há oito dias atrás, eu desejei e previ que, face à hecatombe de indisponíveis para o sector atacante, José Mourinho se atrevesse a romper com os cânones habituais da «escola táctica» portuguesa e ousasse apostar no «miúdo» Carlos Alberto. Felizmente, ele pensou o mesmo que eu e o resultado ficou à vista para todos, excepto para os comentadores da RTP, que não se cansaram de dizer que o Carlos Alberto estava a «emperrar todo o jogo ofensivo do FC Porto». Lá fora, porém, não se enganaram na análise: os ingleses escreveram que o Carlos Alberto pôs a cabeça em água à defesa do Manchester, o L’Équipe chamou-lhe «o prodígio brasileiro» e a Marca escreveu que ele «empurrou todo o jogo de ataque do FC Porto».Há coisas tão evidentes que até custa a compreender como é que «especialistas » as não vêem.
3. Outra coisa evidente, para mim, foi o empenho, o desejo, a esperança, que a nossa comunicação social pôs em que Mourinho castigasse «exemplarmente » o McCarthy pela sua noitada em Vigo. Queriam, porventura, um novo caso Jorge Costa, com o qual Octávio acabou de liquidar a então equipa do FC Porto. Tanta insistência no castigo interno a McCarthy não era inocente, mas Mourinho não se deixou ir na conversa, soube resolver o problema internamente e McCarthy mostrou contra o Manchester que valeu a pena não ceder ao canto das sereias. Com um simples jogo, mas visto por uns 200 milhões de pessoas no Mundo inteiro, ele e Carlos Alberto passaram de ilustres desconhecidos a apetecíveis troféus de caça dos tubarões mundiais.
4. O FC Porto-Manchester United, na RTP, fez 32,2 de audiência, 49,6 de share, esmagando tudo à volta. Durante a época em curso, aliás, dos seis jogos mais vistos na televisão portuguesa, cinco tiveram a participação do FC Porto. Dois tiveram a participação do Benfica — a inauguração do novo estádio e o jogo contra o FC Porto. E um, entre os vinte primeiros, teve a participação do Sporting — o jogo das Antas, contra o FC Porto... Aqui fica uma lição para quem, como a RTP ou a Sport TV, entendeu que a transmissão dos jogos caseiros do FC Porto durante a campanha empolgante da Taça UEFA (incluindo a meia-final contra a Lazio), não era serviço público ou não merecia o interesse do público... Pois, uns têm seis milhões de adeptos e outros são os Grandes Senhores do futebol português. Mas, quando chega a altura de ver futebol a sério, as audiências preferem o tal clube do «sistema». Seremos todos estúpidos?
5. Talvez um dia me ocupe a comentar o texto que, sem me nomear, Miguel Ribeiro Teles me dedicou no penúltimo número da revista Doze e que, francamente, me entristeceu. Por ora, limitar-me-ei a dizer que o «fanatismo » de que ele me acusa é sempre fatalmente fanático aos olhos de outro fanático. Quando, por exemplo, ele me lança a gravíssima acusação de usar esta coluna para «degradar ainda mais o ambiente no futebol português», eu - que tenho apenas responsabilidades de adepto, nem de jornalista, nem de dirigente—pergunto-lhe se ele acha que as declarações incontinentes do presidente do seu clube contribuem para dignificar o ambiente? E dou-lhe outro exemplo sobre a bilateralidade das coisas e o «fanatismo» encapotado: no mesmo número da revista em que ele escreve, topei com nada menos do que três textos quase a lamentar que o Benfica-FC Porto tinha sido «um jogo sem casos nem polémicas». Pois não: o único caso que houve, e que as imagens televisivas mostraram claramente, foi o Argel a agarrar o Jorge Costa dentro da área, impedindo-o de cabeçearà baliza — ou seja, um estúpido penaltizinho por marcar. Mas como o prejudicado foi o FC Porto, a coisa passou à categoria de fait-divers, não-notícia, de facto menor destinado ao desaparecimento definitivo dos arquivos da história. Portanto, de facto, não houve caso e não houve polémica, apenas porque o Benfica não tinha caso e o FC Porto, que o tinha, prescindiu da polémica e ainda bem. Mas, pergunto: e se tem sido ao contrário? (Ainda esta semana vi, no Benfica-Moreirense, duas jogadas eloquentes, dentro da área do Benfica: na primeira, o Argel— que, pelos vistos já se acha impune — a agarrar descaradamente pela cintura um avançado contrário, até que o Moreira segurasse a bola; na outra, o Manuel a fintar o Ricardo Rocha para ficar isolado e a ser rasteirado por ele. Comentários do comentador de serviço: «Empate na disputa entre Argel e Manuel» e «temos aqui um lance em que o pé de Ricardo Rocha prende o pé de Manuel». E nada mais, nem mais uma palavra sobre o assunto. Dois penaltizinhos por marcar, dois fait-divers. Fanatismo? Não, o jornalismo desportivo lisboeta na sua versão habitual. Mas quando são os portistas a chamar a atenção para estas coisas é fanatismo. Porque será, pergunto ainda, que todos, todos sem excepção — jogadores ou treinadores— que chegaram ao FC Porto depois de terem passado pelos grandes de Lisboa, afirmam unanimemente três coisas: que no FC Porto se trabalha mais e melhor; que a organização é incomparávelmente melhor; e que, apesar disso, é muito mais difícil ganhar campeonatos no FC Porto do que no Sporting e no Benfica? "
terça-feira, 2 de março de 2004
O Sistema não desiste...
O Mágico Porto até no ranking da CNN domina o sistema...
1 (1) Arsenal England 105
2 (2) AC Milan Italy 98
3 (3) Real Madrid Spain 83
4 (-) Porto Portugal 70
5 (4) Juventus Italy 58
6 (7) Cruzeiro Brazil 50
7 (-) Chelsea England 38
8 (5) Man Utd England 33
9 (6) Werder Bremen Germany 32
10 (-) River Plate Argentina 21
CNN
1 (1) Arsenal England 105
2 (2) AC Milan Italy 98
3 (3) Real Madrid Spain 83
4 (-) Porto Portugal 70
5 (4) Juventus Italy 58
6 (7) Cruzeiro Brazil 50
7 (-) Chelsea England 38
8 (5) Man Utd England 33
9 (6) Werder Bremen Germany 32
10 (-) River Plate Argentina 21
CNN
segunda-feira, 1 de março de 2004
McCarthy e Carlos Alberto no onze da Sky Sports
"O brasileiro Carlos Alberto e o sul-africano Benni McCarthy incluem o "onze da semana" do canal "Sky Sports" referente à jornada dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. A presença dos jogadores do FC Porto é claramente justificada pela exibição que fizeram contra o Manchester United. McCarthy foi o responsável pela reviravolta no resultado ao apontar os dois golos dos dragões, enquanto que o jovem brasileiro deixou a cabeça em água aos defesas ingleses com os seus dribles estonteantes. Um situação valorizada pela personalidade e tranquilidade com que encarou a estreia na liga milionária.
Da lista elaborada pela Sky Sports apenas faz parte um elemento do Real Madrid (o guarda-redes Casillas), sendo o FC Porto e Chelsea, com os defesas Glen Johnson e John Terry, os clubes mais representados.
O brasileiro Edu, autor de dois dos três golos com que o Arsenal venceu na Corunha, não podia deixar de marcar presença, enquanto que Pizarro (Bayern Munique) completa a dupla de avançados."
Dois jogadores do ataque do Mágico Porto foram eleitos. O sentido do jogo e o ataque constante a isso levou.
Sintomático é que da equipa dos peseteiros do saco do Carlos Queiros apenas tenha sido o guarda-redes. Será que foi pelo facto de os ter livrado de uma goleada? E este saco ainda tem a lata de defender a não penalização do Roberto Carlos pela agressão que teve, motivada no facto de o árbitro não ter visto. É o fair-play que ele tanto apregoa...
Da lista elaborada pela Sky Sports apenas faz parte um elemento do Real Madrid (o guarda-redes Casillas), sendo o FC Porto e Chelsea, com os defesas Glen Johnson e John Terry, os clubes mais representados.
O brasileiro Edu, autor de dois dos três golos com que o Arsenal venceu na Corunha, não podia deixar de marcar presença, enquanto que Pizarro (Bayern Munique) completa a dupla de avançados."
Dois jogadores do ataque do Mágico Porto foram eleitos. O sentido do jogo e o ataque constante a isso levou.
Sintomático é que da equipa dos peseteiros do saco do Carlos Queiros apenas tenha sido o guarda-redes. Será que foi pelo facto de os ter livrado de uma goleada? E este saco ainda tem a lata de defender a não penalização do Roberto Carlos pela agressão que teve, motivada no facto de o árbitro não ter visto. É o fair-play que ele tanto apregoa...
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