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Ontem parecia uma orquestra: um maestro, o pequeno Moutinho que marcava o compasso de jogo da equipa no meio campo. Alguns solistas, nas cordas o Hulk, na percussão o Varela, nos sopros o Palito Pereira incansável a subir e a descer no campo. E os restantes elementos acompanhavam a música sem desafinar.
Mesmo depois das substituições a máquina manteve-se coerente e nunca esteve em causa em nenhum momento a vitória, parecendo até que se o FC Porto quisesse entrar em ritmo mais elevado poderia aumentar a contagem com facilidade.
Acima de tudo acho que a equipa este ano tem algo que já há muito não via: a capacidade de analisar o adversário e jogar de acordo com ele, simplificando assim jogos que tantas vezes se antevêm de enorme grau de dificuldade.
E vamos, assim, em 9 vitórias consecutivas nos 9 jogos oficiais disputados. A derrota, ou o desaire se preferirem, está perto e vai acontecer, não é possível ganhar sempre. Mas com o ritmo e capacidade de jogo que apresenta, acho que a equipa já está preparada para no jogo seguinte retomar a senda de vitórias. Acho que os jogadores estão coesos e capazes de se superarem, outra coisa que há muito não via no FC Porto - e se estas coisas são fruto do acaso ou da capacidade do treinador, ainda não sei, mas gosto de pensar que é devido ao AVB que isso acontece.
Próximo adversário, o sempre dificil Olhanense, que este ano está a fazer um excelente arranque de campeonato, sendo que jogando em casa não quero deixar de pensar que na próxima análise irei falar na 10ª vitória e 6ª consecutiva para o campeonato - o que deixará o FC Porto em posição fantástica para poder ser o campeão no final da época como é desejo de todos nós.