sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Goal.com

Porque lá fora ainda há quem saiba ver as coisas como elas são, aqui fica o último paragrafo de um texto deste jornal inglês numa análise à jornada desta semana da LCE:

"Last season, domestically, represented a dark hour for FC Porto but under Andre Villas Boas they are primed to make their comeback to the big time. The Dragons served notice of their intentions for the Portuguese crown with a 5-0 pasting of the champions a few weeks back and are undefeated in all competitions up to now. They are one of the continent's most in-form and dynamic teams and they belong in the Champions League."

Para quem não percebe, deixo uma tradução: na última época, domesticamente, foi uma hora dificil para o FC Porto suportar, mas sob o comando de André Villa Boas eles estão em vias de regressar em grande. Os Dragões deram mostras das suas intenções em conquistar o título com o 5-0 sobre os actuais campeões há umas semanas e estão ainda sem derrotas em todas as competições em que participam até agora. São uma das equipas europeias em melhor forma e uma das mais dinamicas equipas, pertencendo por isso à Liga dos Campeões.

Reparem que a análise era à LCE mas acabaram por meter o FC Porto. Mesmo não estando lá, há quem perceba que de Portugal só o nosso FC Porto tem capacidade para lá andar...

sábado, 13 de novembro de 2010

Futebol não é golf!

Recebi um email do Pedro Blue que, com toda a razão, alerta o pessoal que é preciso "abrir a pestana" com a questão das bolas de golf e afins (petardos, moedas e isqueiros) com que alguns pseudo-adeptos têm feito questão de brindar os adversários dentro do estádio e arredores.

Conforme a noticia que ele fez questão de anexar e que abaixo publico, desta vez escapamos de uma interdição mas se fosse o ano passado, com o asno do presidente do Conselho de Disciplina da Liga, tínhamos levado 4 jogos! Limpinho!

Por isso, o meu apelo: PAREM DE ATIRAR BOLAS DE GOLF e outros objectos contundentes dentro e nos arredores do estádio, pois em última análise só estão a prejudicar o clube e os outros adeptos. Deixo no ar a pergunta: quem vai pagar os 2,5 mil Euros de multa pelo sucedido no Domingo passado?

A notícia:
"O delegado da Liga, João Eusébio, e o árbitro do clássico, Pedro Proença, referiram no relatório do jogo que o guarda-redes do Benfica, Roberto, foi atingido no Dragão com várias bolas de golfe. A Comissão de Disciplina apreciou os acontecimentos e enquadrou-os no artigo 147 do Regulamento (“Agressões simples com reflexo no jogo por período igual ou inferior a 5 minutos”), mas um outro critério, igualmente aplicável a um caso desta natureza, poderia ter remetido a avaliação para o artigo 140 (“Agressões graves em geral”), e daí resultar uma pena mais pesada para o FC Porto: interdição do Dragão por 1 a 4 jogos.

"Registou-se o arremesso de diversas bolas de golfe, por parte de adeptos do FC Porto, que acertaram no guarda-redes Roberto e que obrigou a interrupção do jogo para assistência médica ao minuto 47”, relatou João Eusébio.

A descrição de Pedro Proença é em tudo semelhante: “O jogo foi interrompido aos dois minutos de jogo (2.ª parte), durante um minuto, por terem sido arremessados diversas bolas de golfe pela claque afeta ao FC Porto, tendo atingido o guarda-redes do SL Benfica que teve de ser assistido.”

Na base da decisão da CD (que aplicou multa de 2.500 euros) estão dois factos: Roberto não foi vítima de “lesão de especial gravidade” e a bola de golfe não chegou a ser considerado meio suscetível de provocar graves danos.

Se esta última avaliação fosse em sentido contrário ou se Roberto tivesse sido afetado de forma mais gravosa, então o ocorrido no Dragão seria remetido para o art. 140, com punição que iria da atribuição de derrota (no limite) à interdição do estádio ou mesmo à realização de 1 ou 2 jogos à porta fechada, considerando já a redução da pena a metade, uma vez que a situação não provocara lesão grave."

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Incrível é haver mais que um Incrível

Do jornal i de hoje, uma boa reportagem sobre o nosso FC Porto.



"Jorge Jesus nem dormiu a pensar em Hulk, e em conversas com a almofada tentou magicar a melhor forma de o parar. Entre uma volta e outra na cama, apostou em David Luiz: a coisa deu para o torto. André Villas-Boas agradeceu o brinde de Jesus e dormitou descansado após a noite no Dragão. "Apostou-se em demasia no duelo com o Hulk", disse.

O que é este FC Porto? Assim de chofre, este FCP é Hulk, sim, porque não há forma de contornar (os adversários bem tentam) um arranque de época de super-herói, com 15 golos em 16 jogos; e o FC Porto é Hulk com os seus comparsas, Varela e Falcao, que juntos somam 22 dos 25 golos da equipa na Liga. Mas atribuir o sucesso portista exclusivamente ao trio é redutor. E injusto, a dois níveis. Primeiro, para os rivais, que carregam às costas a responsabilidade de perderem um jogo num um-contra-um; segundo, para os colegas de equipa, que vêem o trabalho de sapa reduzido a pó. É a velha história dos ataques que ganham jogos e das defesas que conquistam campeonatos. E se os olhos estão postos no três lá da frente, é lá atrás que está o ouro sobre azul: em dez jornadas, o FCP sofreu quatro golos - em comparação, o Benfica-campeão de 2009/10 encaixou sete no mesmo número de rondas. A Lazio, que lidera o Calcio, já sofreu oito; o Dortmund, que domina a Alemanha, sete em 11 jogos; o Real Madrid, cinco; e o Chelsea também (com mais uma jornada cumprida).

PRESSÃO ALTA E BOLA Mas, caramba, o FC Porto não tem Casillas, Maicon, Carvalho (bom, este já o teve), Pepe (idem) ou Ashley Cole. Tem Helton, Sapunaru, Rolando, Maicon e Álvaro Pereira, e destes quatro, o mais reputado é o defesa- -esquerdo uruguaio. De resto, temos um homem-elástico que não era indiscutível com Jesualdo; um romeno dado a bebedeiras e que agora senta Fucile; um português mais discreto que a própria sombra (e que era a sombra de Bruno Alves); e um brasileiro que põe um tal de Otamendi no banco. André Villas-Boas, que prefere motivar a dar a táctica, fez destes quatro uma muralha mas o segredo não está só neles - os três que estão uns metros à frente dão uma ajudinha.

Quando André Villas-Boas (AVB) entrou no balneário do FC Porto disse no balneário que as coisas iam mudar: a equipa dele tinha de ter a bola e se não a tivesse conquistá-la-ia pela pressão alta. Com Jesualdo, o FCP defendia com um bloco mais baixo e privilegiava o contra-ataque, as transições rápidas; com AVB, os portistas adiantaram-se no terreno (Fernando é o caso mais paradigmático) e puseram-se do lado de lá, no campo do rival. Moutinho e Belluschi encostam-se aos adversários mordem-lhes os calcanhares - o número de recuperação de bolas de ambos equivale ao de um trinco -, e procuram anular a circulação de bola de quem lhes está pela frente. Frente ao Benfica, Javi García deu pouco mais do que dois, três toques seguidos sem ter alguém por perto a impedi-lo de prosseguir a jogada ou sem ouvir André Villas-Boas, como um zé-sempre-em-pé (como Zé Mourinho há uns anos), a gritar: "Vai, vai, pressiona-o!"

E o que resulta disto? Helton faz cada vez menos defesas porque o perigo, cada vez mais, está longe da zona de tiro; a defesa respira e o FCP não encaixa golos. Parece a lógica da batata, mas não é qualquer um que põe Belluschi a acirrar os colegas para defender. É preciso que alguém acredite."

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Magnificient

O titulo é de uma música dos U2, mas aplica-se direitinho ao nosso FC Porto deste ano.

Mágico, como há muito não se via - pelo menos desde o Special One ter ido embora - e que deixa no ar promessas enormes para o futuro próximo.

Claro que estou a falar ainda de barriga cheia dos cinco que demos aos "visitantes" no passado domingo, colocando-os no lugar habitual deles, bem debaixo de nós, com uma humilhação que fez tremer tudo lá na mouraria, até o JJ já está em causa!
Conforme vinha escrevendo aqui, o treinador é parte fundamental da componente de mudança que se regista no futebol da equipa: do onze normal deste ano para o do ano passado só entrou um jogador novo contratado este ano e dois que já faziam parte do plantel, Moutinho no primeiro caso e Sapunaru e Maicon no segundo, para substituir os vendidos Bruno Alves e Meireles e o retardatário Fucile por causa do Mundial. Mas o que é facto é que o FC Porto deste ano é diferente em muita coisa do ano passado: é corajoso, ataca, defende à frente, tem um sistema táctico coeso e eficaz e dá espectáculo, marca golos e joga bom futebol.

André Villas Boas, que esta semana caiu no goto da Europa do futebol, tem dado provas que tacticamente é tão bom como os melhores e que preparar os jogos milimetricamente com estudo exaustivo e conhecimento dos pontos fracos dos adversários, nacionais e estrangeiros.

Hulk está fantástico, aprendeu a usar as suas fabulosas qualidades individuais em prol da equipa e tem sido delicioso ver os seus jogos, a forma como desbarata as defesas adversárias - deliciosos os pormenores de domingo em que pôs o rapaz dos caracóis de rastos e em que deixava nas covas e bem atrás dele o caxineiro que a imprensa da mouraria tem a mania de dizer que é o melhor defesa esquerdo da Europa! Pobre Europa se isto é o seu melhor defesa... um jogador que não se sabe posicionar defensivamente e cuja única qualidade defensiva é a velocidade - que contra o super-sónico Hulk de nada lhe valeu... Só mesmo um país como o Brasil se pode dar ao luxo de não convocar um jogador destes, como o fez nos tempos do Jardel...

Varela, apesar de meio displicente por perder muitas bolas por defeito de passe ou falta de atenção, está um senhor jogador, um extremo muito agressivo e com fome e apetência de golo.

Falcao, em grande, mais dois golos para a conta pessoal e um de grande efeito, um "taconazo" acrobático só ao alcance dos grandes pontas de lança - claramente o melhor que passou pelo FC Porto depois de Jardel.

Belluschi em boa forma, uma injustiça não constar da selecção argentina, parece outro jogador, renascido das cinzas, corre, disputa bolas, grandes passes, grandes cruzamentos, bons remates.

Moutinho, a maçã podre do Sportem, afinal é uma fruta de excelente qualidade, a organizar, marcar o ritmo, impor a ordem e organização no jogo ofensivo e a fazer a transição da defesa para o ataque. Se o Sportem tiver lá mais fruta assim, pode entregar no Estádio do Dragão que nós fazemos uma salada de primeira!

E estes são, para mim, as figuras até ao momento desta época, mas toda a restante equipa tem sido excelente. E também toda a restante equipa técnica, veja-se a saúde fisica que a equipa respira.
Neste momento, a única coisa que quero é que seja domingo outra vez. Para poder ir ver o FC Porto no Dragão novamente... é que com o FC Porto assim, dá vontade de os ver jogar todos os dias!

Uma última palavra: CINCO! Estou quintuplamente feliz... :)