sexta-feira, 29 de abril de 2005

TODOS AO DRAGÃO, AMANHÃ

Pois é, mais um fim-de-semana de finais.
E para o Mágico Porto temos mais uma final em casa contra o Marítimo.
E para esta final gostava de ver, mais uma vez, o nosso estádio completamente cheio. Para comprovarmos aos infieis que nós, Dragões, não vamos ao Estádio apenas quando a nossa equipa está na mó de cima.
Sei que muitas vezes este ano saimos desesperado do Dragão e a dizer que esta época não voltariamos ao Dragão. Eu próprio disse isso uma série de vezes.
No entanto nunca tal se veio a concretizar, pois o Mágico Porto é e será sempre o meu amado clube e que nunca o abandonarei.
Pois é, lá estarei mais uma vez. E espero ver-vos lá a todos os que lêm este Blog.
Todos, quer dizer, ainda há alguns que cá vêm e que não são Dragões e que com certeza que lá não estarão, mas mesmo esses deveriam passar por lá para verem o que é paixão e dedicação a um clube. Mesmo esses podem aparecer para aprender...
Como se mostra no site oficial do clube:

EU TAMBÉM...
E vamos mais uma vez gritar com toda a força:

ALLEZ, PORTO, ALLEZ,
NÓS SOMOS A TUA VOZ,
QUEREMOS ESTA VITÓRIA,
CONQUISTA-A POR NÓS

324,4 milhões de euros(?????)

O clube dos 6 milhões (falaremos mais à frente), afinal, nem com a contribuição de 10 euros por cada um dos imaginários seis milhões lá chegava.
324,4 milhões (65 milhões de contos), número esse que hoje é escamoteado pelo avante lampião, porque não interessa a ninguém.
Também ontem ficamos a saber que já são mais modestos. Antes queriam ser o clube dos 500.000 sócios, hoje já só querem 200.000.
Ficamos também a saber que continuarão a não passar do clube da ilusão. Daqueles que pensam sue são os maiores pelo tamanho das barbaridades que dizem. Disseram ontem que um estudo da "famigerada"(???), "reconhecida"(???) e "prestigiada"(???) empresa mundial "vox pupuli" (???????) contabiliza 14 milhões de adeptos lampiões em todo o Mundo 4,75 milhões dos quais em Portugal.
Não é por nada, mas esta empresa deve estar associada com a empresa de sondagens do Pedro Santana Lopes, a tal que lhe dava a vitória nas eleições de 20 de Fevereiro.
Por outro lado, como falarão de agora em diante os lampiões? Será que ainda continuarão a intitular-se o clube dos seis milhões?
Enfim, se as barbaridades pagassem imposto neste País, os lampiões resolviam o problema do défice em duas quinadas...

quinta-feira, 28 de abril de 2005

PEQUENO APONTAMENTO CULTURAL

Como nem só de futebol vive o Homem e sendo certo que pretendemos manter um certo nível intelectual neste blog, cá vos deixo ficar um pequeno apontamento cultural acerca de 3 portugueses ilustres ao longo dos tempos...


Patrão Lopes - Ao longo de uma vida de grande coragem, este olhanense radicado em Paço de Arcos socorreu mais de 53 navios e salvou mais de 300 vidas.

Aristides de Sousa Mendes - Desobedecendo a ordens superiores, o cônsul português em Bordéus salvou 30.000 judeus em 1940.


Hélio Santos - Apenas com a ajuda de um apito e dois cartões, numa noite de Abril de 2005 salvou " 6 milhões "(???) de portugueses.

A ANEDOTA DO DIA!!!

"Senil da Cunha, Kadafi dos pneus e Sequeira Nunes, presidentes das Direcções e SAD dos três maiores clubes de Lisboa, encontraram-se ontem ao almoço na Sanita XXI para reforçar as linhas convergentes já expressas no Manifesto.
A discussão teve como ponto principal a preparação da candidatura do ainda líder em exercício do emblema do Restelo à presidência da Liga de Clubes.
A regeneração do futebol português, através de algumas medidas urgentes une os presidentes."

Senil, no final do encontro disse as seguinte senilidades:
""Neste momento, estamos a discutir questões bastante importantes, que transcendem o que se passa dentro das quatro linhas. Internamente, prometemos total entendimento, é isso que tem sucedido em todos os nossos encontros. Temos discutido os interesses promíscuos que existem no futebol e o particular caso que é a arbitragem. Brevemente haverá desenvolvimentos".
Brevemente? Mais do que o que temos visto é impossível, ó Senil. A não ser que o descaramento ainda consiga ir mais além. E lá o facto de discutirem questões que transcendem o que se passa nas quatro linhas, não temos a mínima dúvida. A mínima sequer.
Só tu, com a tua senilidade é que continuas a ser comido como um anjinho. Fora das quatro linhas a gente conhece bem como se joga. O CD da Liga, Senil, o CD da Liga. Que ainda agora te arrumou com o Sá Pinto para o jogo com o Braga com uma jogada de mestre e que só essa cabeça confusa te impossíblitou de captar...
Ainda seguno o Senil: "Fomos indevidamente afastados da Taça de Portugal. Mas não é isso que afecta o meu relacionamento com o Benfica. Houve uma arbitragem infeliz, da qual o Benfica não tem culpa. Nós todos temos o cuidado não confundir a luta que existe entre os clubes que disputam títulos e outras questões que transcendem um mero jogo de futebol."
Arbitragem infeliz, diz ele. Que puto de anjinho. Cada vez mais Senil, este gajo... A tua sorte é que já não os tens, senão os milhafres até o cérebro te comiam... Anjinho...

Uma informação...

Li no blog do Kiko um post que me cheira que tem algum fundo de verdade.
Assim, aconselho-vos a dar uma olhada
a este post do JM.

quarta-feira, 27 de abril de 2005

A INFÂMIA!

Veja-se este nojo!

Ei-lo de novo...

MST
"1 - Vendo o presidente do Estoril sentado ao lado do presidente do Benfas, no Estádio do Algarve, pensei que ele tinha razões para se sentir intensamente feliz — ou intensamente envergonhado, conforme a perspectiva...
O seu Benfas vencera o jogo e o seu Estoril enchera a tesouraria. Raramente alguém consegue reunir razões de coração e razões de carteira para estar feliz no mesmo momento.
Ah, mas há sempre um senão: sobre tanta felicidade de António Figueiredo ficará sempre a pairar a memória do dia em que o presidente do Estoril vendeu as últimas hipóteses de permanência do clube na SuperLiga, a troco de um milhão de euros e de facilitar ao Benfas a conquista do campeonato, subvertendo, em perfeita comunhão de sentimentos com o presidente do Benfas e o secretário-geral da Liga, os tão proclamados princípios de transparência e lealdade competitiva.
Dentro e fora do Estádio do Algarve, antes e durante o jogo, foi verdadeiramente uma total confluência de vontades benfiquistas que se uniram para evitar que, primeiro, dez e, depois, nove rapazes do Estoril pudessem continuar a sonhar.
Li por aí que há quem se admire com os que se admiram que esta perfeita golpada tenha sido tolerada pela Liga de clubes. Trazem à colação o recente exemplo do Sporting, comprando a antecipação do jogo da Taça com o Pampilhosa, para limpar o amarelo que impedia Liedson de jogar contra o Benfas.
Têm razão mas isso é um assunto entre os dois autoproclamados cavalheiros do futebol português, cujo fair play e limpeza de processos eles se explicarão mutuamente.
Restam os outros e, para os outros, não vale o argumento de que já muitos jogos trocaram de local a pedido dos anfitriões. Primeiro, porque isso sucedia no tempo em que havia estádios sem iluminação para receber jogos televisionados, o que hoje já não sucede. Segundo — e este é o detalhe essencial—, quando tal sucedia, sucedia com todos os grandes e não, como agora, num caso ad hoc a favor de um só deles.
Também não vale o argumento de que os clubes pequenos têm direito de fazer grandes receitas, aproveitando a popularidade do grande Benfas—que ninguém contesta mas que é um argumento de facto e não de razão.
Se o fosse, à excepção do Dragão e de Alvalade, o Benfas poderia permitir-se o luxo de jogar sempre é em casa e ainda passar por benemérito dos pequeninos: teríamos, não um campeonato de futebol, mas um concurso de popularidade entre os clubes.
Mesmo assim, sendo certo que também FC Porto e Sporting arrastam mais adeptos que os locais, tem de se colocar a questão da reciprocidade e aí pergunto: alguém imagina o sr. António Figueiredo a fazer disputar o Estoril-FC Porto, não naquele campo terrível da Amoreira, onde o FC Porto sempre sofre, mas, por exemplo, em Aveiro ou na Maia?
E o Estoril-Sporting em Leiria ou Setúbal? E se, a seguir ao exemplo do Estoril, vier o Penafiel, e depois disso qualquer um, pergunto que paródia de campeonato seria este em que os clubes pequenos viveriam em perpétuo leilão dos seus jogos caseiros contra os grandes?
Porque, finalmente, a pergunta sem resposta séria é esta: alguém pode garantir que o Benfas teria ganho este jogo, a jogar no campo de dimensões reduzidas da Amoreira, com oito mil adeptos a apoiá-lo contra dois mil estorilistas, em vez do campo largo (para jogar com dez e nove ainda mais largo...) do Algarve, com 30 mil adeptos a apoiá-lo e a pressionar o árbitro, face a seis adeptos do Estoril, que conseguiram comprar bilhete fora das casas do Benfas, e entre os quais não incluo, obviamente, o presidente do próprio Estoril?
2- Sábado à noite, em Alvalade, com 0-0 no marcador, um jogador da Académica isola-se a caminho da área do Sporting quando Polga corta a bola ostensivamente com a mão. É lance para vermelho, em qualquer compêndio de arbitragem.
Mas não em Alvalade: o árbitro vem de lá detrás, muito devagar, com tempo mais que suficiente para pensar no que fazer, mete a mão ao bolso e saca... amarelo.
Há dois tipos de erros dos árbitros: os erros involuntários, sobre questões de facto, e os erros voluntários, sobre questões de leis do jogo—como é óbvio, só no primeiro caso é que se pode falar em erro. Quem pode garantir que este erro não valeu um ponto ao Sporting? Domingo à tarde, no Algarve: o Benfas perde por 0-1, há um canto a favor do Estoril e, nas barbas do árbitro, Ricardo Rocha aplica um gasganete num jogador do Estoril, impedindo-o de saltar à bola e só o largando quando o viu por terra.
Passado uma e duas vezes na televisão, o lance só conseguiu deixar dúvidas ao comentador de serviço, que viu os dois jogadores «a agarrarem-se mutuamente». Era penalty e, muito possivelmente, o 0- 2. Quem pode garantir que não valeu três pontos ao Benfas?
Domingo à noite em Aveiro: Ibson vai entrar na área do Beira-Mar quando é literalmente agredido a pontapé por um jogador aveirense.
O árbitro resolve, como disse o comentador, «dar a lei da vantagem» e, depois, já que tinha dado alguma coisa, absteve-se de dar também quer o vermelho quer o amarelo.
Pouco depois Diego isola-se, evita o guarda-redes e vai marcar golo quando este levanta uma perna e rasteira-o: amarelo para Diego, por «simulação».
Quem pode garantir que, se os lances têm sido ao contrário, o jogo acabaria sem um penalty contra o FC Porto e dois portistas expulsos?
José Couceiro tem alguma razão quando diz que actualmente os árbitros, quando em dúvida, decidem sempre contra o FCPorto.
Tem alguma razão mas não tem toda: é que não é só quando têm dúvidas, agora é também quando têm a certeza.
3- A acreditar na manchete de ontem deste jornal, foi a vontade de Deus que levou o Benfas à vitória no Algarve.
Não foi o rigor disciplinar desigual do árbitro, nem o penalty esquecido, nem os 27 livres de que falava Litos à entrada da área do Estoril, até que um deles finalmente resultasse, nem os 30 mil adeptos de um lado e os 6 do outro, neste jogo em casa do Estoril. Foi a vontade de Deus. Fico mais tranquilo assim: com tantas queixas aos governos por parte da direcção do Benfas, tantos pedidos de entrevista aos membros do governo, embaixadas benfiquistas ao serviço da propaganda partidária do partido vencedor, manifestos, ameaças e a garantia solene, logo em Agosto, de que este ano ninguém tira o campeonato ao Benfas, eu já começava a temer que o campeonato se decidisse por decreto-lei.
Mas, sendo antes por vontade de Deus, o melhor é não contestar. "

E O PRÉMIO CALABOTE DA SEMANA VAI PARA...



O Juri do Prémio Calabote decidiu por unanimidade e aclamação. Na verdade, raras são as vezes em que este prémio fica tão bem entregue. Regra geral, os candidatos são especialistas em determinada técnica de calabotagem - penalties, expulsões ou foras de jogo. O vencedor da semana, Hélio Santos, combina de forma só ao alcance dos predestinados, todo um manancial de calabotagem. O prémio deve-se às expulsões em momentos chave. Deve-se ainda à quebra dum record mítico - o maior número de faltas perigosas marcadas contra uma equipa num só jogo - 27! O penallty não assinalado, sempre em prejuízo da mesma equipa, foi apenas o aquecimento, para aquela que se tornou numa noite memorável.

Como menção honrosa e a título excepcional, decidiu o juri atribuir ainda o prémio Lucílio Baptista a Duarte Gomes.

A forma como transformou o penalty mais escandaloso da história do futebol em cartão amarelo por simulação, não podia deixar de ser evidenciada.

Como último apontamento e a título de curiosidade, não pode deixar de se notar uma certa relação entre os constantemente nomeados para estes prémios e o uso de gel.

O SÍMBOLO QUE O BENFAS VAI USAR NO ESTÁDIO MUNICIPAL DE OEIRAS

Niguém pode dizer que o Kadafhi dos pneus não é um vigarista bem agradecido. Em sinal de reconhecimento por bons serviços prestados à causa, em vez do tradicional e asqueroso símbolo do milhafre, vão ostentar este nas camisolas:

segunda-feira, 25 de abril de 2005

A esperança é última a morrer...

...e a nossa continua a ser alimentada pelo golo solitário do Quaresma e pelas defesas impossiveis do Vitor Baia!

Felizmente que com um guarda-redes destes, estamos sempre meio descansados: é por isso que me parece bem a cedência do Bruno Vale para rodar e voltar quando, e reforço o quando, quisermos substituir o grande 99 que enquanto quiser continua a ser o dono das redes do Reino do Dragão.

Quanto aos que jogaram ontem, três referências negativas: o Bosingwa não tem categoria nenhuma, só passa para trás e não trás nada ao jogo; o Leandro não vale um chavo, é nulo a defender e ataca mal, não tenho estatisticas mas aposto que mais de 80% dos passes dele são perdidos; o McCarthy não foi avisado que o castigo já tinha acabado e não esteve em campo, pelo que cumpriu de forma voluntária o seu quarto jogo de castigo!

De realçar ainda a boa entrada do Fabiano - raçudo, disponibilidade, uma bola ao ferro e um cabeçeamento perigoso - e o razoável jogo do Postiga, faltando apenas o golo.

Gostei também das palavras do Costinha na flash-interview onde entre outras coisas mostrou um bom coração de Dragão e a vontade de lutar até ao fim numa entrega total e que tanto me agradou e que ainda este ano não lhe tinha visto/sentido.

Para a semana recebemos o Marítimo. Equipa cujo campeonato já terminou. Espero que o nosso FC Porto saiba ultrapassar mais este obstáculo na aproximação aos lugares da Liga dos Campeões e, porque não ainda, ao titulo?

sexta-feira, 22 de abril de 2005

O MST de volta a este blog!!!

O apito embrulhado

1- Com aquele dom que só ele tem de pegar em notícias alheias e delas fazer manchete de 1.ª página como se fosse coisa sua, o semanário «Expresso» de sábado passado retomou a história, saída dos arquivos da investigação do «Apito Dourado» e já antes revelada pelo JN e pelo «24 Horas», sobre a alegada contratação de prostitutas para servir o trio de arbitragem do FC Porto-Estrela da Amadora do ano passado, cujo resultado final foi 2-0 a favor do Porto. Empolada pelo «Expresso», a notícia tornou-se então caso nacional. Pois, vamos a ele.
...
Não farei, certamente, como aqueles benfiquistas que apoiaram e pactuaram com Vale e Azevedo, sabendo que ele desonrava o nome do Benfica, mas achando que esse preço era aceitável se, no final, conseguisse apear o FC Porto da liderança do futebol português.
No meu código de valores, no futebol como no resto, não vale tudo.
Mas também não contem comigo para pactuar com a hipocrisia e a verdade parcial ou conveniente para alguns.
Antes de ir ao caso em si, gostaria de dizer algumas coisas concretas sobre o «Apito Dourado». Primeiro que tudo, para estranhar que este caso (se, de facto, visa a «moralização» e a «transparência » no futebol português), não tenha sido avocado, dirigido e orientado pela própria Procuradoria-Geral da República, no âmbito de um processo completo sobre os bastidores do futebol.
Porque é que o processo, em vez disso, se tem limitado à competência e às diligências de uma única comarca do norte, sendo que, aparentemente, só existem, como investigados, dirigentes, árbitros e actos reportados ao Norte?
Como já várias vezes escrevi, estranho que a haver fogo no fumo das suspeitas ciclicamente levantadas sobre a hipotética ajuda dos árbitros ao FC Porto, a todos pareça normal que, havendo árbitros que se deixariam corromper, eles só se disponham a tal a favor do FC Porto será uma auto-limitação de benefícios ou um amor entranhado de todos eles ao FC Porto?
E não será ainda mais estranho sabendo-se que os árbitros são escolhidos, observados e classificados pela Liga de Clubes—onde o FC Porto não detém qualquer poder há vários anos?
Esta pergunta é fulcral: porquê que se começou — e separou — as investigações naqueles «suspeitos »?
Não seria de investigar também, por exemplo, o alcance da célebre declaração de Santana Lopes, quando era presidente do Sporting, acerca da necessidade de comparecer a uns encontros com árbitros no Canal Caveira, para os quais ele se declarou indisponível?
Ou a enigmática declaração do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, de que o mais importante de tudo era controlar a Liga de clubes?
A segunda questão prévia que coloco é relativa às escutas.
Aparentemente, o grosso, se não a totalidade, da «prova» recolhida no «Apito Dourado» assenta em escutas telefónicas. As escutas, como se sabe, só são legítimas e válidas como prova, se obedecerem aos formalismos que a lei exige e que, basicamente, têm que ver com a sua autorização e controle por um juiz de instrução.
Ora, tenho lido alguns artigo sem que se manifesta revolta por haver a possibilidade de algumas dessas escutas virem a ser invalidadas por justamente não terem obedecido aos requisitos da lei.
E a revolta manifesta-se, não no facto de terem existido escutas ilegítimas— o que é crime—mas sim em elas não poderem vir a ser utilizadas, porque ilegítimas. Espanta-me que pessoas que deveriam ter um mínimo de sentido cívico sobre o que é um Estado de Direito e uma democracia onde são respeitados os direitos individuais, que deveriam ter alguma memória do que eram e para que serviam as escutas da PIDE, se deixem de tal maneira perturbar por uma hipotética oportunidade fracassada de «caçar» Pinto da Costa, ao ponto de esquecerem que as escutas são sempre uma violação grave da privacidade alheia, que só é justificável em casos extremos e mediante autorização e controle de um juiz. Sob pena de não passarem de um instrumento criminoso de devassa da intimidade de outros e até de uma possibilidade de chantagem com a sua vida privada.
Sabendo, pois, que a base da investigação deste caso assenta nas escutas e constatando a ligeireza com que três jornais, recorrendo a «fontes do processo», (que está em segredo de justiça...) reproduzem parte escolhida de tais escutas — sem que os visados tenham podido contestar a sua legitimidade e o seu conteúdo e até sem conhecerem o seu teor e a acusação que ainda nem foi formulada—tenho as maiores suspeitas de que estamos perante uma manobra tantas vezes repetida e que consiste em a investigação tentar obter junto da opinião pública, e através da imprensa, a condenação prévia de arguidos que julga não poder conseguir em tribunal.

2- Quanto ao caso concreto.
Será possível que os árbitros do FC Porto-Estrela da Amadora tenham pedido, e obtido, depois do jogo, o favor de umas senhoras ao domicílio, pagas pelo FC Porto?
Sim, não me espantaria muito. Já vi, várias vezes e quer no Porto quer em Lisboa, como os árbitros confraternizam com dirigentes dos clubes após os jogos. Todos os chamados grandes clubes, pelo menos, têm ao seu serviço elementos cuja função é justamente ocupar-se de receberem os árbitros que visitam o seu estádio.
Nas próprias provas da UEFA, já tenho encontrado, após os jogos, os árbitros a cearem com os dirigentes do clube português anfitrião e garanto que não ceavam tremoços e amendoins.
Ainda no ano passado encontrei o árbitro do FC Porto-Manchester, para a Ligados Campeões (cuja arbitragem prejudicou claramente o FC Porto), a jantar lagosta e afins, após o jogo, na companhia de dois elementos do clube, que faziam de relações públicas.
Aparentemente até, é determinação da UEFA este tipo de acolhimento. Ficarão pela lagosta?
Não sei, nunca investiguei. Mas sei que todos o fazem e parece-me que a primeira coisa que a juíza de instrução deveria apurar é se esse comportamento está generalizado e instituído ouse se tratou de uma grave excepção.
Mas, para isso, seria necessário, como disse, que o «Apito Dourado» não se limitasse a investigar alguns e esquecer outros — quanto mais não seja, para descobrir o que é suspeito e o que é normal.
Admitamos, então, que é verdade o episódio das «meninas» com aquela equipe de arbitragem e naquele jogo.
Resta ainda, antes de uma acusação credível, apurar duas coisas: o móbil do crime e a contrapartida do suposto acto de corrupção. O móbil do crime—diz a juíza, citada pelo «Expresso» — consistiria em o árbitro facilitar a vitória do FC Porto contra o Estrela da Amadora e «em prejuízo do Benfica e do Sporting». Ora, o FC Porto contava então por vitórias todos os jogos disputados em casa, tinha a melhor equipa, o melhor treinador, o melhor futebol, levava na altura onze pontos de avanço sobre o Benfica e creio que oito sobre o Sporting e preparava-se para, daí a quatro meses, ser campeão europeu. Quanto ao Estrela da Amadora, preparava-se para descer à segunda divisão. Seria necessário subornar o árbitro para ganhar ao Estrela em casa?
Em relação à contrapartida, terá ela consistido em o árbitro validar os dois golos do Estrela — ambos, segundo a juíza, obtidos em off-side. Confesso que não me lembro do jogo e menos ainda dos golos. Mas seria interessante que a imprensa desportiva e televisiva recuperasse as imagens e as críticas ao jogo, para verificarmos se elas coincidem com tão grave conclusão. Por ora, sabemos apenas que a juíza assentou as suas conclusões na opinião de «peritos» como Jorge Coroado ou Vítor Pereira.
Mas se tal basta, pergunto-me se não deveriam ser investigados todos os jogos em que Jorge Coroado e Vítor Pereira erraram também?
Por exemplo, o controverso Boavista-FC Porto, arbitrado por Vítor Pereira e que, contas feitas, valeu o campeonato ao Boavista com um ponto de avanço sobre o FC Porto, não merecerá ser suspeito? E o último Sporting-Porto? E todos os Sporting-Porto dos últimos anos arbitrados por Lucílio Baptista? E o Benfica-Estoril deste ano? Eetc. e tal?
Qual é critério de todo este processo judicial? Quem e com que bases definiu o seu âmbito de acção?
Porquê que Pinto da Costa aparece à partida identificado como alvo único de todas as suspeitas e todos os outros foram descartados como pessoas de bem?
Digam-me assim: «investigámos e escutámos todos — todos os árbitros e todos os dirigentes. O único que levantou suspeitas foi Pinto da Costa». Nessa altura, falamos.

3- Há quinze dias atrás, reinava a paz no futebol português.
O FC Porto afundava-se na classificação, entre erros próprios, sequelas do «Apito» devidamente interpretadas pelos árbitros em campo e a perseguição impiedosa da Comissão Disciplinar da Liga.
Na Segunda Circular reinava ainda o «espírito de cavalheiros » decorrente do «Manifesto » assinado entre os presidentes do Benfica e do Sporting. Tudo ia bem.
Mas eis que quinze dias depois, os cavalheiros ficaram subitamente desavindos e o presidente do Benfica já reclama outra vez ser recebido pelo governo para se queixar da «situação no futebol português».
O que se passou de tão grave, em tão pouco tempo?
Passou-se apenas que o Sporting ganhou um jogo ao Beira-Mar graças a um erro de arbitragem e o Benfica, sem se poder queixar de qualquer erro de arbitragem, viu o seu avanço de seis pontos reduzido a um.
Está a ver, Sr. Dra. Juíza, como por aqui as coisas são mais complicadas do que parecem?

quarta-feira, 20 de abril de 2005

COMO ISTO ME DÁ VONTADE DE RIR...

Pois é, como esta situação me dá vontade de rir.
Os lampiões, campeões anunciados há duas jornadas atrás, já estão todos borradinhos de medo.
Há uma semana atrás eu dizia: "tenham calma. Ainda muita água vai passar por baixo da ponte...".
Alguns amigos lampiões já se me diziam que andavam a tentar comprar bilhetes para o jogo da última jornada no Campo da Lampiolandia de forma a festejarem o tão esperado campeonato.
Subitamente, vejo-os cabisbaixos, desesperados, sem saberem o que dizer, apenas conseguindo vociferar baixinho que ainda vão em primeiro.
A descrença começa a tomar conta deles. A única esperança deles, como sempre, é que o Estoril faça aquilo que os seus dirigentes querem que os jogadores façam, ou seja, que não se esforcem e que percam por muitos ou que o velho amigo do apito lhes dê mais um empurrãozinho para eles ganharem ou empatarem, à semelhança do lance do último minuto do jogo contra o Leiria.
E dá-me vontade de rir, porque com todas estas ajudas, com todos estes empurrões que têm tido, com os responsáveis do clube adversário a dizerem que tranferem jogos para outro local para permitir aos lampiões da região verem o jogo, com a ajuda dos CD da Liga, do director Executivo da Liga, das arbitragens e tudo o mais, eles não conseguem fazer mais do que aquilo que vimos.
E como é engraçado que, subitamente, o Kadafi dos Pneus comece a falar dos casos de arbitragem dos jogos dos lagartos, a dizer mal do parceiro do outro lado da rua, a dizer que vai contar histórias no final do campeonato, deitando por água abaixo a dupla que ia devolver a credibilidade que faltava ao futebol português.
E como se zangam as comadres, sabem-se as verdades. Ora, pelo que temos assistido nos últimos tempos de declarações de um e outro, afinal ambos se juntaram para esconder a podridão que eles fazem do futebol.
Isto dá-me mesmo vontade de rir.
E, confesso, espero ansiosamente pelas cenas dos próximos capítulos...

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Lucho, Lisandro, Adriaanse e a campanha negativa

Enquanto esta época está moribunda e (quase) perdida para os lampiões (que são levados ao colo) ou para os lagartos (apoiados no sistema) e enquanto a imprensa de lisboa tem orgasmos com a mírifica possibilidade do nosso FC Porto poder ser desqualificado para a Divisão de Honra, com campanhas que passam pelos pasquins do costume (Expresso-SIC-Record-Bola-Correio da Manhã-24 Horas), a SAD parece estar a preparar a próxima época com mais uma VASSOURADA e mais um contentor de futebolistas.

Então desta vez, não teremos samba. Mas em compensação, muito mais sexy, teremos tango, com dois argentinos (Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez) sendo que um é bom jogador (mas não sei como será a sua adaptação a Portugal) e o outro não conheço... mas também não me cheira que seja lá grande coisa (1 golo para cada 3 jogos e 1 internacionalização num amigável não é lá grande cartão de visita...).

Mas o que mais me preocupa não é apenas ter confirmações de jogadores estrangeiros até ao momento. O que mais me preocupa mesmo é que já se fala (e ninguém desmentiu ainda...) de substituir o Couceiro no final da época por um holandês desconhecido e que atingiu o ponto alto da sua carreira aos 57 anos de idade num clube menor de um campeonato menor, muito mais fraco que o nosso...

E preocupa-me porque para estrangeiros desconhecidos e sem curriculo já me chegou o Neri o ano passado!

Já aqui o escrevi que tenho ainda algumas dúvidas se o Couceiro tacticamente é bom. Mas assim também é demais... Ou será que o objectivo é fazer uma chicotada à Vitória de Guimarães (dizer que se troca de treinador para os jogadores se aplicarem e depois não trocar?) e apenas "abanar" consciencias dentro do balneário?

Estou preocupado. Muito preocupado. Afinal, com os árbitros a empurrarem o nosso FC Porto para baixo e os lampiões para cima, com mais uma limpeza de balneário no horizonte, estou a ver a época de 2005-06 muito mal encaminhada...

COMEÇOU A CAMPANHA NOJENTA

Os fanáticos da comunicação social lisboeta, começaram já uma nova campanha para expurgar o futebol nacional de todos os males. Que afinal é só um - o FC Porto. Seja esta mal expurgado e divididas s futuras vitórias entre dois clubes (de Lisboa, claro) e ficará tudo na Santa Paz do Senhor. Vai daí, começando por um pasquim e chegando agora à SIC, não falam de outra coisa. O Porto pode vir a ser penalizado com a descida de divisão. Isto para eles é um sonho. É uma fonte de prazer solitário inesgotável. Os jornalistas que apresentam esta notícia tiveram necessariamente que tomar um calmante para a apresentar em condições. O crime, todos nós sabemos. Corrompeu-se o Jacinto Paixão, num jogo em casa com essa potência do fuebol nacional e mundial chamada Estrela da Amadora. No ano em que fomos campeões europeus, não nos chegava tudo termos ganho no ano anterior, nem termos a melhor equipa de que há memória no futebol português. Isso, para o Estrela, mesmo em casa, não chegava...
Claro que os fanáticos não demonstram o que foi escrito sobre esse jogo pelos desportivos e que foi o seguinte:
"O JOGO


Começando pelas boas notícias, pode dizer-se que o trabalho de Jacinto Paixão não teve reflexos directos no resultado. Já é qualquer coisa. Mas também há más notícias. O árbitro de Évora foi mal auxiliado, especialmente por Manuel Quadrado e acabou por assinalar uma boa mão-cheia de foras-de-jogo que não existiram, quase sempre com prejuízo do FC Porto, o que acaba por ser natural, uma vez que os portistas foram a única equipa preocupada em atacar. Mas houve mais asneiras, como o amarelo que não foi mostrado a Jordão quando o médio agarrou Deco aos 32' quando este se preparava para entrar na área do Estrela.

JORGE MAIA
"Record"


Nota 1. Ausência de critério disciplinar agravada pelo auxílio irregular dos assistentes. No segundo golo do FC Porto, McCarthy, qual Jardel, estava deslocado no início do lance, mas legal quando partiu o passe de Maciel. Para além da confusão com as deslocações, faltaram cartões em situações inadmissíveis, como quando Deco foi agarrado por Jordão, junto à área.

VÍTOR PINTO
"A Bola"


Nota 6. Duas decisões difíceis - um puxão de Jordão a Deco, aos 38', perto do risco limite da área e um golo anulado a McCarthy, aos 80' - mas bem tomadas, o que dá sempre para puxar para um plano positivo uma nota média que andou tremida, sobretudo pela responsabilidade do árbitros a que, às vezes, abusivamente chamamos assistentes ou pior, auxiliares."

Por aqui vemos que um árbitro comprado anulou um golo a quem o comprou. E fartou-se de assinalar foras de jogo penalizadores de quem lhe pagou. E perdoou um amarelo a quem quis prejudicar...

Bastava-lhes ser sérios e informar os telespectadores destas crónicas. Mas não, não é isso que importa. Há que começar a campanha, moê-la e remoê-la, até resultar.
Com isso, conseguem outro objectivo - o branqueamento. Por exemplo, serviu já para branquear a ridícula falta com que o Sr. João Ferreira ofereceu um pontito ao clube do regime, mantendo-o preso por arames ao 1º. lugar. Esse ponto, mais os 3 de alvalade são os 4 que eles têm de avanço. Mas isso não interessa. Reparem quantas televisões mostram o lance da falta...
Os fanáticos poderiam também investigar as relações dos juízes com certos e determinados clubes. Poderiam analisar a satisifação do presidente da instituição acerca das eleições na Liga. Ou, se quiserem falar em descidas administrativas, a que foi perdoada à..., coincidência, instituição, pela irregular inscrição do Ricardo Rocha e que foi abafada.

Já não há paciência para esta escumalha. Mas para mim o grave nesta situação é terem chamado o Jorge Coroado e, temo eu, o Pedro Proença na qualidade de especialistas e no sentido de confirmarem nos autos que o Estrela foi gravemente prejudicado. Se depender destes especialistas, estamos tramados.

Já agora, podiam aproveitar para se pronunciarem sobre as arbitragens do Calabote cada vez que apita um jogo do Porto. Ou do Amigo Bruno em Campo Maior e, depois, contra a Oliveirense. E as quase consecutivas do J. Ferreira no SCP/Porto e no pretérito fim de semana. Teriam muito com que praticar os seus dotes de especialistas.


Enfim, quem não deve não teme. A minha primeira grande satisfação contra esta escória nauseabunda vai ser ver a instituição perder o campeonato na recta final, quando já se onanizavam de regozijo...

sexta-feira, 15 de abril de 2005

É TÃO BONITO O FUTEBOL PORTUGUÊS...

O Estoril tem 26 pontos no campeonato. 21 deles, conseguidos em casa.
Apesar disso, o Estoril vai receber, porque quer, os lampiões no Estádio do Algarve. Não no Estádio de Oeiras, mesmo ao lado, onde ao menos garantiria a presença dos 100 adeptos que não são lampiões de que dispõem.
Um dos patrões do Estoril é o Manuel Damásio.
Um Sr. de nome António Figueiredo teve a brilhante tirada:
"É uma oportunidade para os muitos benfiquistas do Algarve poderem assistir ao vivo a uma actuação da equipa profissional do Benfica". E quem é esse senhor? Nada menos do que o Presidente do Conselho de Administração da SAD do Estoril... sim ,leram bem. É o mesmo que já foi dirigente dos Lampiões...

E depois falam de suspeições no futebol português. Imaginem se o Penafiel tem jogado com o Porto no Algarve...


PS - já que estou numa maré de adivinhas, aqui vão mais duas:
1- Quantos jogos caseiros do nosso clube referentes à UEFA de 2003 foram transmitidos na TV?
2- Quantos dos lagartos foram transmitidos este ano na mesma competição?

quarta-feira, 13 de abril de 2005

É o número de visitas que acabamos de atingir.

Obrigado pela vossa preferência...

ESTRANHO...

"Sporting e Benfica apanhados em escutas com Valentim
apito dourado Conversas do presidente da Liga com Luís Filipe Vieira, José Veiga e José Eduardo Bettencourt consideradas suspeitas Gabinetes de comunicação dos clubes desconhecem
josé carmo


Tânia Laranjo*

Valentim Loureiro, presidente suspenso da Liga de Clubes, foi apanhado em conversas consideradas suspeitas com Luís Filipe Vieira (presidente do Benfica e da SAD benfiquista), José Veiga (director da SAD do Benfica) e José Eduardo Bettencourt (ex-administrador da SAD do Sporting). As conversas foram transcritas no âmbito do processo "Apito Dourado".

As sessões foram anexadas aos autos por decisão da juíza do Tribunal de Gondomar, Ana Cláudia Nogueira, que considerou serem relevantes para a investigação dos crimes de corrupção desportiva e ordenou à Polícia Judiciária que procedesse à respectiva transcrição.

Os dirigentes foram depois ouvidos no âmbito do processo, desconhecendo-se a qualidade em que foram inquiridos. Não há, portanto, indícios de que venham a ser acusados de qualquer crime, embora seja certo que falaram com Valentim Loureiro a propósito de árbitros e de determinados jogos, em que as suas equipas estavam envolvidas.

O JN sabe, ainda, que o caso de Valentim Loureiro não é único. Pelo menos relativamente a Pinto de Sousa, ex-presidente da Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, também existem conversas onde os interlocutores foram dirigentes de clubes da SuperLiga da região Sul. As mesmas conversas foram transcritas por ordem da juíza, que as considerou relevantes para a investigação.

O JN ouviu, entretanto, os responsáveis de comunicação do Sporting e do Benfica, que recusaram dar qualquer explicação, alegando desconhecerem o que estava em causa. Cunha Vaz, director de comunicação do Benfica, garantiu mesmo que Luís Filipe Vieira nunca foi ouvido, enquanto disse não ter conhecimento de que José Veiga tivesse sido confrontado com qualquer conversa com Valentim Loureiro. Por sua vez, Maurício do Vale, director de Relações Públicas do Sporting, disse não ter conhecimento de nada "Se José Eduardo Bettencourt tivesse sido ouvido no âmbito do processo, tal teria sido noticiado. Não vamos tomar posição para já".

In JN, edição de hoje.

Estranho... alguém viu alguma coisa relacionada com isto na televisão, jornais desportivos ou qualquer outro pasquim deste País? Alguém deu por esta notícia?

ADIVINHAS

O dragao.blogspot.com oferece um jantar para duas pessoas no restaurante do Barbas, na companhia de Pedro "palhaço do gel" Proença, Lucílio "Calabote" Baptista e Bruno "Demente" Paixão, a quem acertar nas respostas às seguintes perguntas:

1ª - Qual o motivo de ter havido expulsões escandalosas nas equipas adversárias do Vitória de Guimarães nas últimas jornadas?

2ª - Que jogo vai apitar na próxima jornada João Ferreira, o tal que expulsou Seitaridis e McCarty na Sanita XXI?

Kadafi dos pneus conta anedotas...

Quando falta o empurrãozinho do costume dos amigos de preto, e sempre após uma derrota, lá vem o Kadafi dos pneus contar umas anedotas.
Segundo o Kadafi "Nada nos vai desviar e não vamos comentar arbitragens, apesar de termos sido severamente penalizados nos últimos jogos".
Repito, não comenta arbitragens, e no entanto disse o que disse. Também disse que "não temos nenhum treinador a abraçar árbitros nem temos essa postura", talvez reconhecendo que mais uma vez o Mágico Porto foi prejudicado e dando razão às nossas críticas ao árbitro do jogo Sporting-Porto.
O que este senhor se esqueceu, foi de dizer que o resultado do jogo dos abraços ao árbitro, favoreceu foi o seu clube do milhafre, pois com aquele resultado, os mais directos adversários dos lampiões ficaram ambos a seis pontos.
Mais, é preciso ter lata de dizer que têm sido prejudicados. Exemplos e mais exemplos de que têm sido empurrados ao colo para o primeiro lugar não faltam.
E nem só de empurrões de árbitros falamos.
Falamos dos empurrões que lhe são dados pela Liga, pelo CD da Liga. Enfim, são tantos e tão váriados, que me fazem lembrar as Voltas à França, quando o chefe de fila de uma equipa estava em dificuldades e era empurrado para o cimo dos Pirinéus pelos seus colegas de equipa.
É preciso ter lata. É preciso não ter vergonha. É preciso ser lampião.
Mas também sabemos que isto foi dito "a quente", como as declarações do trauliteiro, uma vez que foi logo a seguir a um jogo em que, como sempre, sem empurrão não houve vitória.
A acreser a tudo isto, parece que as comadres em disputa pelo primeiro lugar, já bufam um para cada lado. Afinal o sistema mudou de cor. Agora, como estão os dois em disputa directa pelo título, já se zangaram as comadres.
Já se mandam farpas entre os clubes da 2.ª circular, para ver quem é o mais beneficiado.
E para culminar as suas "brilhantes" declarações, o homem dos destinos do clube protegido pela comunicação social ainda teve a lata de dizer "Tenham vocês a coragem de escrever... Vocês são cobardes, não escrevem. Não sejam cobardes". Isto quando a maioria da comunicação social deste País tudo faz para que eles sejam campeões, quando as televisões só falam nos lampiões após uma vitória, repetindo exaustivamente os seus golos como o fez a semana passada contra o Marítimo, quase só faltando dizer abertamente "conseguimos, é desta".
Dizer isto, quando MST, em pleno telejornal em directo da TVI, tem de confrontar a parcialidade do jornalista que o entrevista, dando-lhe os parabéns pelo campeonato, porque está tudo montado para eles ganharem. E quando o mesmo jornalista se engasga quando MST lhe manda umas farpas pelo seu benfiquismo e pela vitória no campeonato, é preciso ter lata para chamar cobardes aos jornalistas. Não é que eu esteja aqui a defender os jornalistas, porque não tenho procuração deles e nem queria, e também porque a maioria deles (normalmente do Avante Lampião e agora até o do Lagartão)são uma vergonha de profissionais e se masturbam por uma vitória dos Lampiões.
Mas como eu disse: tenham calma. Ainda muita água vai passar por baixo da ponte...
E que fique certo que, apesar da distância, ainda não deitei a toalha ao chão.

P.S.: quando escrevi este post, ainda não tinha lido o post anterior e que é do Azulão. Como tal, vim pôr este "post scriptum" aqui e transmitir-lhes o seguinte: não é engraçado que a gente quase que adivinhe as coisas? Será normal?
Ou será porque isto chegou ao estado em que vale tudo...

terça-feira, 12 de abril de 2005

O ALZHEIMER DA CUNHA E A CONJUNTURA DO FUTEBOL PORTUGUÊS

O Alzheimer da Cunha voltou a brindar-nos no pretérito fim de semana com um dos seus habituais choradinhos do "é o sistema". Já nem vou comentar a imbecilidade dessas declarações e o seu total despropósito face ao teor das arbiragens nos jogos da sua equipa contra o Porto e contra o Beira mar (curiosamente, esta um dia depois das ditas declarações). Nem vou relembrar mais um esbulho no Bessa. Queria antes falar de quão desfasado o senil idoso está da realidade futebolística nacional. Desfasamento esse que, em primeira instância, só prejudica o seu clube.
Na verdade, em tais afirmações, comparou uma arbitragem dum árbitro qualquer com outra feita num nosso jogo, concluindo que nós fomos beneficiados e eles prejudicados. Cada vez que consegue articular mais do que três palavras seguidas, só destila ódio contra nós. Ao mesmo tempo, desfaz-se em cortesias para com os seus vizinhos, que o enganam e o comem vivo sem que ele se aperceba. Exemplo disso mesmo foi o convite endereçado a dois dirigentes lampiões para assistirem in loco ao roubo na Sanita XXI, mesmo depois de ter sido ele roubado no jogo da taça. Só ele não percebeu que a arbitragem desse jogo connosco não teve como objectivo ajudar o seu clube, mas dar um empurrão aos milhafres, afastando um segundo candidato ao título. Todo o país, menos ele, entendeu que estava tudo já preparado na sede da Liga para que fosse esse o desfecho do jogo. E depois admira-se que as pessoas competentes do seu clube abandonem em massa os cargos directivos...
O caquético indivíduo não se convence do seguinte: a fazer alianças com um rival, só poderia ser o Porto (deus nos livre e guarde!). O grande rival deles é o mesmo que o nosso. De certa forma, embora muito menos grave, são também ostracizados pelos vizinhos na comunicação social. Em termos de escolhas cozinhadas entre a Liga, Comissão Disciplinar e arbitragem, eles serão sempre preteridos em favor dos vermelhos.
Aquele cérebro mirrado não compreendeu que, antes da entrada em cena do Leal das Cunhas e do proferimento da célebre frase "mais vale ganhar as eleições na Liga do que comprar jogadores", ele ganhou dois campeonatos, um dos quais quebrando o jejum de 19 anos, embora as equipas fossem muito inferiores à actual. Infelizmente, não compreende também (ao contrário, penso eu, dos adeptos, pelo menos aqueles que conheço)que, mal por mal, é preferível para ele que ganhe o Porto que os milhafres. Isto porque o Porto, apesar de ser o dominador incontestável do futebol nacional há 15, 20 anos, não consegue ter o apoio, a admiração, o respeito e a imparcialidade por parte da comunicação social. Antes pelo contrário, quanto mais ganha, mais ódios gera. No seio dos adeptos de outros clubes, a mesma coisa. Por seu turno, os milhafres, apesar de penarem há dez anos, têm tratamento de luxo por parte de jornais, televisões, rádios, comentadores, relatadores, enfim, de toda a escumalha que se sustenta às custas do desporto-rei. Todos nós trememos só de pensar na hipótese dos milhafres ganahrem este campeonato. Durante 6 meses, terrmos entrevistas especiais aos jogadores e dirigentes, 4 edições diárias do Avante Lampião, um Big Brother especial só de jogadores vermelhos, enfim, toda uma gama inesgotável de masturbação e exaltação lampiónica. A partir desse ponto, tudo o que nós conseguimos desmorona-se como um castelo de cartas. Está dado o passo final para voltarmos aos tempos do Calabote. As arbitragens desavergonhadas deste ano serão multiplicadas por 10, as campanhas vergonhosas do género "Olegário para a fogueira por não ter sancionado um golo numa bola que entrou 15 metros na baliza" passarão a ter carácter diário e o Leal das Cunhas fará aprovar uma alteração nos Regulamentos da Liga que lhe atribuirá o cargo de Presidente Vitalício. Nada de anormal, se atentarmos ao facto que nos tempos do antigamente, o Presidente da Federação, por regulamento era indicado à vez pelos clubes de Lisboa.
Por todos estes factos que acabo de descrever é que eu prefiro, mil vezes, que o seu clube ganhe o campeonato do que os lampiões. Até nem me importei com o facto de terem ganho ao Beira-Mar daquela maneira. É que, tendo uma visão estrutural do futebol lusitano, é muito menos prejudicial aos nossos interesses não disputarmos a Liga dos Campeões no próximo ano, ganhando os lagartos ou o Braga o campeonato, do que roubarmos esse lugar aos lagartos, mas ganhar o benfas o campeonato.
Espero sinceramente que o alienado personagem não venha a ter um momento de lucidez, revendo as suas alianças e dando-me razão, daqui a uns anos. Significaria isso que o Kadahfi do cautchú teria alcançado o seu desiderato.

segunda-feira, 11 de abril de 2005

APRECIAÇÃO AO ESBULHO DE SÁBADO EM "O JOGO"

"O árbitro
A salvo das primeiras páginas


Hoje, as primeiras páginas não falarão da arbitragem de Paulo Costa como falaram da de Olegário Benquerença na semana passada e por aí se explica o que aconteceu no relvado. Fazer o que o árbitro ontem fez ao FC Porto é seguro e confortável. Jogos destes até se recomendam aos juízes que queiram estar a salvo da Imprensa e da Comissão Disciplinar da Liga. Paulo Costa ignorou, de forma incompreensível, faltas para cartão ou sucessões de faltas para cartão a Tiago, Cadu, Carlos Fernandes e Toñito, e esqueceu também uma grande penalidade, violenta, do espanhol sobre Diego, antes de interferir na ponta final do jogo, primeiro virando ao contrário um empurrão de Guga a Jorge Costa e depois marcando uma falta sobre o capitão do FC Porto quando a bola chegara a Luís Fabiano em situação de perigo para a baliza do Boavista. Pelo caminho, teve o azar ou a consciência de não ter dado o vermelho a Pedro Emanuel, colocando em risco o resguardo. Pode ser que se constipe."

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Mais uma final...

Amanhã jogamos mais uma final.
E logo uma final a ser jogada contra a equipa do BFC (Bordoada Futebol Clube).
Como sempre, estou à espera daquilo que costumamos ver contra estes trauliteiros. Porradinha a gastar e um gamanço que só visto.
Na primeira volta, relembro, ainda não haviam sido jogados cinco minutos quando o Éder deu um sarrafadão para vermelho no Ninja. Nem direito a amarelo teve, uma vez que o árbitro entendeu (ou não fosse ele o nosso velho conhecido Lucílio Calabote) sancionar com um aviso ao menino para não voltar a fazer aquilo.
E continuaram a distribuir frutinha durante o resto do jogo em mais uma arbitragem vergonhosa do conhecido. Para culminar a sua brilhante actuação, um golo em fora-de-jogo já depois da hora, como prémio pela grande exibição dos homens do Bordoada.
E bem verificamos, conforme já foi exaustivamente explanado pelo Raúl Morais em comentários ao meu post de segunda-feira, que contra os outros eles são uns anjinhos. Levam frutinha da velha, goleadas e tudo o mais. Também convém não esquecer que, lá está, o jogo era contra outros e não contra o Mágico Porto, que o Calabote era o mesmo e beneficiava-se exactamente aqueles que sempre se quiseram ajudar. Os do Bordoada tiveram de se resignar com uns murritos depois da hora que ainda tiveram que levar.
Já sabemos que este fim-de-semana vai valer tudo e mais alguma coisa contra nós. Como tal, será hora de demosntrar-mos que aqueles vinte minutos finais contra o Gil Vicente não foram em vão.
Só é pena que o Paulo Machado não possa jogar, pois gostava de vê-lo no lugar do Costinha a titular. É que o Costinha parece-me que até quer jogar e vencer, mas que o cansaço físico e psicológico não o permitem...

quarta-feira, 6 de abril de 2005

CORTESIA DO PINTO AZUL

O AMOR AO CLUBE...

Não há dúvida que isto do amor ao clube tem muito que se lhe diga.
Há jogadores que juram fidelidade e amor ao clube. Choram quando têm que enfrentar o seu clube do coração e não festejam os golos da sua equipa contra o clube amado.
Depois, a promessa da sua contratação, leva a candidatos a Presidente desse clube a serem eleitos, nem que sejam os mais trafulhas do Mundo.
Todos gritam por ele, pelo facto de se dizer um adepto desde pequenino e que ele representa a verdadeira alma benfiquista.
Ele diz que um dia há-de regressar ao clube do seu coração e todos gritam pelo nome dele.
Pois é, mas na hora da verdade o menino de ouro, ou melhor, o menino cheio de ouro e liras assina por mais um ano pelo clube que representa actualmente e diz que vai terminar a carreira na equipa Italiana. Isso mesmo. Ele diz "A assinatura deste contrato significa que acabarei a minha carreira no Milan".
Pois bem... O tal lampião dos sete costados. O homem que faz chorar os adeptos pelo seu regresso, afinal diz que já não volta, que se está a marimbar para o clube do coração e para o qual disse que acabaria a sua carreira porque é o clube que ama.
Não há dúvida que os suspiros de anos dos lampiões, ficam mais uma vez por terra.
Porque como sempre foi dito neste blog, esse menino é, e sempre foi, um Lireiro à imagem do Peseteiro.
Chorem agora de saudade e de traição, pois muito têm que aprender relativamente a amor ao Clube e a uma camisola.
Nós avisamos... Mas como sempre, eles andam de olhos fechados...

segunda-feira, 4 de abril de 2005

A revolta dos miúdos e um Senhor de seu nome VITOR BAÍA...

E o que já se pedia há muito aconteceu ontem no Estádio do Dragão.
A entrada de putos da casa, com vontade de mostrar e de ganhar, contra as vedetas e aqueles que se estão a marimbar, porque já têm a vida ganha.
A entrada de Ivanildo, que num só jogo fez mais que o Quaresma em dez. A substituição de Costinha por Paulo Machado e a diferença abismal entre a produção do Leandro do Bonfim em relação ao Quaresma (que não se percebe como ficou tanto tempo em campo), levaram o Mágico Porto a fazer nos últimos 20 minutos aquilo que este ano ainda não tinha conseguido: empolgar os seus adeptos.
Ibson mostrou mais uma vez que também quer. Diego soltou-se com a velocidade imprimida no jogo e também ele começou a jogar mais rápido.
Postiga, ao contrário do que tem demonstrado, teve um jogo de entrega e de vontade, o que me espantou muito, sinceramente. Não acredito muito na vontade do Postiga em ser um grande jogador e na sua vontade de se entregar sempre ao jogo, mas o futuro dirá.
O Zé Bosingwa teve uma 2.ª parte ao nível que nos habituou. Sempre em grande correria por aquele flanco. Só não percebo como ele não é titular de caras nesta equipa. Tal só se justifica porque os treinadores não os têm no sítio e assim sendo não põem os nomes no banco.
E, claro está, o velho senhor: Vítor Baía. Que grande exibição evitando males maiores quando o jogo se apresentava como mais do mesmo. Há dias dizia "temos de dignificar a camisola e morrer dentro dela". Pois bem cumpriu o que disse e mostrou toda a fibra de que somos feitos.
Só espero que Couceiro tenha aberto os olhos de uma vez por todas e que não cometa mais os erros que os outros cometeram. Os nomes têm peso, mas o mais importante é o Mágico Porto. 20 minutos foram suficientes para provar tudo aquilo que dissemos há muito. Espero que sirva de exemplo.
Como tal, o futuro está à porta do Dragão.

P.S.: Uma palavra final para o Ricardo Costa. Que seja a última vez que protestas com as bancadas. Redimiste-te quando pediste aplausos. No entanto, estamos fartos de jogadores que só se sabem virar para trás e passar a bola para o Baía, principalmente quando perderam o tempo de passe por terem medo. A baliza que temos de atacar é a outra e arriscar faz parte de um jogador que enverga a camisola do Porto. Ainda para mais, quando o risco é pequeno. Se teimares em virar-te para trás, nunca sairás da cepa torta...

domingo, 3 de abril de 2005

107 dias depois...

...uma nova vitória em casa, no Dragão!

Parabéns à equipa no geral, mas em particular devo realçar os seguintes:

  • o nosso salvador habitual, Vitor Baia, que com algumas intervenções de enorme qualidade manteve as redes intocáveis;
  • o Ivanildo! Grande míudo, grande entrega, grande capacidade de criar espaços, de luta, amor puro à camisola;
  • o Postiga, que parece ter renascido para o futebol! Entregou-se, lutou, insistiu e marcou o golo, apesar de estar a sofrer falta, totalmente agarrado pelo defesa;
  • o Paulo Machado que teve de entrar a frio no jogo, para substituir um "monstro" como o Costinha e num momento em que era fundamental não perder o controle do meio campo e, com muita serenidade, não comprometeu nem uma vez.

Talvez ainda se vá a tempo, esperemos pela tourada no próximo sábado ali nos arrebaldes da casa da música e esperemos por alguns tropeções dos lampiões...

sexta-feira, 1 de abril de 2005

SE ISTO FOR VERDADE...

Tirado do Avante Lampião de hoje


"Figo regressa à Selecção

Mais depressa do que poderia supor-se, Luís Figo deu resposta positiva ao apelo de Luiz Felipe Scolari e disponibilizou-se para regressar à Selecção Nacional, já no jogo com a Eslováquia, a 4 de Junho, e que poderá ser decisivo para a qualificação de Portugal rumo ao Mundial-2006.
Luís Figo
ASF
Embora o jogador tivesse evitado afirmações públicas, «A BOLA» pode testemunhar que o jogador já deu indicações precisas para fazer o anúncio, dentro de horas, através dos seus representantes oficiais. Figo terá decidido reequacionar a sua posição em relação à Selecção Nacional, depois da confirmação de que o seu futuro não passará pelo Real Madrid.

Aquele que ainda é o mais famoso jogador português português em actividade sempre disse que a sua opção de não participar em jogos da fase de qualificação se prendia com o seu desejo de empenhar todo o seu esforço no clube. Porém, o Real Madrid, tal como o diário «Marca» já noticiou, não contará com Luís Figo para o futuro próximo, tendo encetado, desde já, negociações para a contratação de Joaquín.

Neste novo quadro, Luís Figo aceitou reformular a prioridade dos seus objectivos, tendo tomado a decisão de regressar à Selecção para ajudar nesta fase decisiva do apuramento.

«A BOLA» soube ainda que o apelo de Scolari já teria sido feito numa situação de algum conhecimento da vontade do jogador e a verdade é que esse apelo abriu, definitivamente, as portas a um regresso que será festejado já no próximo dia 4 de Junho."

Se isto for verdade, serei anti--selecção para todo o sempre, nem que a mesma jogue com 11 jogadores do Porto. Note-se o desplante: sendo corrido do Real Pesetas, já pode dedicar-se à Selecção. Para além do mais,a época em Espanha está finda - Liga dos Campões acabou, taça acabou, campeonato por um canudo... Agora já pode "ajudar" a selecção, que, como todos sabemos, está numa posição muito complicada para garantir o apuramento para o Mundial, estando integrada num grupo de grandes selecções mundiais.
Repito, isto a ser verdade (já que hoje é o dia das mentiras e os jornais alinham sempre na brincadeira), é um exemplo de escola de falta de vergonha na cara. Recorde-se, por exemplo, que um dos graves problemas do Porto esta época centrou-se no lado esquerdo da defesa. Isto porque o Nuno Valente se lesionou ao serviço da selecção, enquanto o peseteiro contava as pesetas que tinha em casa, refastelado no sofá. Como o Nuno Valente é só Campeão Europeu e não o Lorde Figo, nem os exames médicos a Federação se dignou entregar ao Porto. Agora Sua Excelência tem outro estatuto... e a Federação agradece embevecida o "favor" que ele faz ao país por envergar a camisola das quinas. Resta-me saber o que achará o substitído no onze da selecção (provavelmente o Simulão, única nota positiva nesta hisória) deste assunto. E o que achará aquele que, estando sempre disponível, que faz viagens longas até ao Letse da Eropa, prejudicando o trabalho no clube que lhe paga, vai ficar de fora do Mundial, para Ele entrar.


PS - se a notícia for brincadeira de 1 de Abril, este post aplicar-se-á sempre, ipsis verbis, ao regresso do peseteiro. Que, não tenhamos dúvidas, seja já no próximo jogo ou contra o Luxemburgo, vai acontecer.