quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA FOI EM 2003

21 de Maio de 2003 - Sevilha
Eu fui um dos 15 mil felizardos que teve um bilhete mágico para estar presente na Final da Taça UEFA entre o Porto e o Celtic.
Fiquei hospedado num Hotel em Mata Las Cãnas, a 100 Km de Sevilha.
No dia do jogo pus-me a pé por volta das 10 horas da manhã, depois de uma noite bem regada na companhia dos escoceses do Celtic.
Pequeno-almoço reforçado e um banho de piscina. O meu coração já parecia uma batedeira. Para relaxar, nada melhor que uma piscina.
Pelas 13 horas, já estávamos de banho tomado e "decorados" de azul e branco. Enfim, prontos para a viagem em direcção a Sevilha, a cidade do sonho.
Estacionamos o carro junto ao Estádio do nosso sonho e pegamos nos autocarros disponibilizados pela Organização para chegarmos até à cidade.
Cidade linda e encantadora que é Sevilha, mas também servida de um calor quase insuportável. Mas naquele dia, tudo se aguentava.
O almoço foi num Restaurante que se encontrava já repleto de Portistas. A visão do dia 21 já era mais azul, em contraste com a maré verde e branca de adeptos do Celtic da noite anterior.
O meu irmão chega de avião neste mesmo dia e encontro-me com ele na praça onde almoço. Meia hora depois está tudo pronto para a grande festa.
Retomamos ao autocarro que nos levaria de novo ao estádio, agora também na companhia de uma dezena de simpáticos escoceses sem bilhete que queriam ver o palco de perto. Eram cânticos de apoio aos dois clubes que se faziam ecoar bem alto naquele autocarro. Tudo em festa e em harmonia como deve ser um jogo de futebol.
E lá estava novamente o palco dos sonhos. Um sonho que, para mim, já se encontrava cumprido pela metade. Ver o Mágico Porto, ao vivo, na final de uma competição europeia. Eu estava lá, de verdade, sem sonho e com bilhete na mão (esse papel mágico a que poucos tiveram acesso). A outra metade do sonho era ver o meu Mágico Porto ganhar.
Encontrava-me agora nas filas de espera para entrar no Estádio Olímpico de Sevilha e todo o meu corpo se encontrava em completo alvoroço.
Ali estava eu dentro do palco. E a nossa bancada já estava quase repleta. Eram 18.45. Faltavam duas horas para o início do jogo. Com a entrada dos jogadores no relvado, ainda de fato e gravata, , deu-se a primeira grande explosão da nossa bancada. Lindo, lindo de se ver. Um mar azul e branco todo louco. Um barulho ensurdecedor. E lá embaixo o agradecimento por parte dos nossos heróis. Eles estavam preparados.
As duas horas quase que voaram. Entre espectáculos musicais e coisas que tal, estávamos próximos das 20.45 (hora espanhola) e entram as equipas em campo. Éramos cerca de 15.000 Dragões, contra 50.000 escoceses, mas éramos valentes e confiantes.
Começa o jogo. A bancada cantava e puxava pelo Mágico Porto. Primeira contrariedade: Costinha lesiona-se.
Apesar disso, a nossa bancada respira confiança e os nossos heróis começam a dar um recital de bola, empurrando os escoceses para a corda. Deco está ao seu melhor nível. Ele era com cada nó cego, que só visto.
No fim da primeira parte tenho uma das sensações mais fantásticas de toda a minha vida. O festejo do primeiro golo do Derlei, ao vivo numa final europeia com o meu Mágico Porto. Que coisa, caro leitor. Nem há palavras para descrever. Parecia que o corpo queria explodir de alegria.
No intervalo já se gritava campeões, tal era a confiança.
Inicio da 2.ª parte com o homem nu a mostrar o vermelho ao árbitro. Este hilariante momento veio a preceder o golo dos escoceses logo no reatamento.
8 minutos da 2.ª parte e mais uma vez o Mágico Deco parte a loiça toda e faz um passe monumental para o Dimitri. Nas bancadas já tudo estava louco e Dimitri não quis deixar de nos enlouquecer ainda mais e mete a bola no saco. Que puto de golão.
Novamente um sentimento de euforia. Estávamos na frente. Mas logo de seguida novo golo dos Escoceses. Tristeza, apreensão, sei lá. Os sentimentos foram tantos, tão variados e ás vezes tão antagónicos que nem sei. Os escoceses melhoraram após o golo e o receio apoderou-se durante alguns momentos. Mas eis que a nossa bancada começa a ressurgir e a gritar pelo Mágico Porto. Estávamos outra vez a ganhar ânimo. Fim dos 90 minutos. A Cola que bebi serviu para gargarejar de forma a adoçar a garganta rouca para os longos minutos finais do jogo. Eu sabia que eles precisavam de nós e era preciso garganta com voz.
Recomeçou o jogo e 5 minutos depois é expulso um jogador que só deu pau o jogo todo. Finalmente Balde é expulso.
Ânimo ainda mais reforçado nas hostes. Gritava-se pelo Mágico Porto até à exaustão. Vira para a 2.ª parte do prolongamento e o jogo aproxima-se do fim. Meus caros, nunca por nunca acreditei nos pénaltis. Sabia que os havíamos de vencer e eis que: (relato da Antena 1 que já ouvi vezes sem conta, arrepiando-me sempre que ouço) Bola no Porto... Passe mortal............... Marco Ferreira aparece.......... Douglas falha........ ninguém para empurrar......... Vamos Derlei......... Bate, bate, bate......... Goooooooooooooooollllllllllllloooooooooooooooooo...

Meus caros amigos, a bola para nós que estávamos atrás da baliza, desde que saiu do pé do Derlei até chegar à baliza, dever ter demorado uma meia hora, tal a lentidão com que nos pareceu. Porque vimos a bola a bater no guarda-redes e ainda no defesa. Pareceu uma eternidade. Mas ela entrou. Fiquei sem forças nas pernas durante dois segundos. Caí para a cadeira a festejar. Fui agarrado por um miúdo de cerca de 11 anos que se encontrava atrás de mim que me dizia: "o sr. bem dizia, o sr. bem dizia" uma vez que o reconfortei sempre dizendo-lhe que íamos marcar. Abracei pessoas sem conta. A família Portista estava louca de alegria.
Nunca senti uma coisa assim. Nem sei explicar. Segundos depois saltei para cima de um dos corrimões das passagens. Estava louco. O sonho estava a concretizar-se. Ainda sofremos, mas quando o árbitro acabou o jogo, as lágrimas caíram. O meu sonho estava cumprido. O Porto ganhou uma final europeia e eu estava presente na bancada.
Os momentos seguintes foram de festejo, de abraços com quem não conhecia mas estava de azul vestido, etc, etc.
E o Caneco era nosso. O hino do Porto, os filhos do Dragão, as outras músicas, que coisa fantástica dentro daquele estádio.
E o resto é o voltar à cidade de Sevilha, jantar no meio de escoceses civilizados que nos davam os parabéns e pediam as camisolas. Tudo em paz mas com uma alegria indescritível. E há meia-noite durante um jantar a festejar a vitória acabou o dia mais feliz da minha vida.
E é nestes dias assim que todos dizemos que valeu a pena ser portista... que vale a pena ser portista...
Porque com este maravilhoso clube, os sonhos tornam-se realidade... Obrigado FC PORTO por tudo o que me proporcionas.
Obrigado, mas muito obrigado mesmo 2003...
Bem vindo 2004. Que me faças tão feliz como o teu antecessor...
Para todos os amigos Dragões, desejo-vos a todos um ano de 2004 como a época 2002/2003 do nosso Mágico Porto. Só de sucessos e avesso ao fracasso.
Divirtam-se que bem merecemos...
O Dragão

ESTA TINHA DE TRANSCREVER INTEGRALMENTE... MST AO SEU MELHOR NÍVEL

Esta é a crónica no jornal o avante lampião do Miguel Sousa Tavares. Pela sua qualidade, terei que a transcrever toda.
"O MELHOR DO ANO
Pinto da Costa teve razão, quando disse que nenhum outro ponta-de-lança do mundo se lesionaria com gravidade estando na posição de defesa-direito, em auxílio à defesa, como sucedeu com Derlei. E, acrescento eu, talvez nenhum outro presidente de clube no mundo prorrogasse o contrato com um ponta-de-lança de 27 anos, nas condições por este pretendidas e no dia seguinte a ele ter contraído uma lesão tão grave quanto a de Derlei. São estes pormenores — a atitude de Derlei, sacrificando-se pela equipa no campo todo e mesmo num jogo sem grande grau de dificuldade, e a atitude de Pinto da Costa, retribuindo, sem hesitar e na hora mais necessária, a generosidade que Derlei tem posto em campo ao serviço do clube — que explicam, desde há largos anos para cá, as razões pelas quais o FC Porto é a equipa dominante no futebol português. Os despeitados, os invejosos, os de mau perder podem continuar a insistir até à náusea que as razões são outras e obscuras: os árbitros, o famoso «sistema» (que, por acaso é dominado, de há una anos para cá, pela coligação Boavista/Benfica) ou outras que tal. Pois que continuem na sua, com o proveito que se conhece. O facto é que quando, por exemplo, Pinto da Costa resolveu que o clube continuaria a pagar até final do contrato, por mais dois anos, o salário de um jogador tragicamente morto, como aconteceu com a família do Rui Filipe, depois aparecem jogadores como o Derlei, que insistem em jogar a final da Taça, acabados de sair de uma intervenção cirúrgica. É o que sucede quando os jogadores sentem que, ao serviço do FC Porto, são mais do que simples artistas contratados, são parte de um clube e de uma família de valores, cuja força e mística é ser grande na hora das vitórias e continuar a ser grande na hora do sofrimento. Derlei não nasceu para o futebol no FC Porto. Mas, sem dúvida, cresceu futebolisticamente no FC Porto e, sobretudo, assumiu essa tal mística, a que dantes se chamava amor à camisola, e que, por exemplo, o Benfica tinha há 20 anos atrás e hoje desesperadamente procura reconquistar. Só que há coisas que não acontecem por simples vontade e esse tal amor à camisola, coisa tão em desuso nos dias de hoje, não se adquire apenas com um bom treinador ou até com uma boa equipa. É coisa que nasce de cima para baixo e que implica um esforço de continuidade e de coerência ao longo dos anos. Foi isso, quer queiram quer não, o que Pinto da Costa fez no FC Porto. É isso que Benfica e Sporting não têm sido capazes de fazer, por uma simples razão, que muita gente não gosta de ouvir, mas que é a minha explicação: por falta de dirigentes à altura. É preciso mais trabalho e talento do que se julga para transformar um clube grande em Portugal num clube que, segundo o ranking da FIFA, é regularmente classificado entre os 10 ou 20 melhores do mundo. Não basta viver a mandar umas bocas para o ar, queixar-se invariavelmente das arbitragens e continuar a tentar convencer os sócios de que os insucessos são sempre fruto das malfeitorias alheias. Veja-se o caso recente do João Pereira, no Benfica. É apenas um miúdo de 18 anos, lançado esta época e que teve a sorte de lhe correr bem a estreia, se não talvez não tivesse voltado a ter novas oportunidades tão cedo. O facto é que as teve e que indiscutivelmente revelou qualidades e um futuro, para ser trabalhado, pela frente. E como, além disso, era—coisa rara —produto das escolas do clube, foi quanto bastou para que se visse nele um símbolo da «alma benfiquista » recuperada e se tornasse urgente garantir a sua continuidade no futuro para o clube. Manifestamente, ele, ou alguém por ele, deu-se então conta da importância que, de repente, tinha assumido e as negociações para a renovação tornaram-se inesperadamente difíceis. Provavelmente, o João Pereira, como tantos na sua idade hoje em dia, já se imaginava, ao fim de quatro ou cinco jogos, com um pé em Itália, Espanha ou Inglaterra. Finalmente, acabou por renovar e então, e só então, proclamou-se mais um «benfiquista desde pequenino ». Qualquer semelhança entre isto e a tal mística de um clube é pura confusão. Mas falemos, então, do Derlei, objecto principal desde texto, no dia em que ele recupera da delicada operação a uma rotura de ligamento do joelho. Independentemente de todos os elogios que, nesta hora, tenho lido dirigidos ao jogador e que não duvido que sejam sinceros, também não tenho dúvida alguma de que o grosso do povo benfiquista e sportinguista está aliviado, se não feliz, com a gravíssima lesão do Derlei. Porque as coisas são como são e—esse é, aliás, o melhor elogio que se pode fazer ao Derlei—o povo sabe que, sem ele, o FC Porto fica dramaticamente enfraquecido. Venha Maciel, venha Adriano, venha Carlos Alberto, sem pôr em causa o valor deles, ninguém poderá substituir a importância de Derlei no FC Porto. Para mim, Derlei foi o melhor jogador do ano, o melhor da época de 2002/03 e estava a ser o melhor da época corrente — onde era o líder dos marcadores do Campeonato e do prémio de regularidade de A BOLA. A ele deve o FC Porto em grande parte a época dificilmente repetível que terminou em Junho passado coma conquista da Taça, a juntar às do Campeonato, Taça UEFA e Supertaça nacional. O Derlei ficará para a história do FC Porto, no que respeita a Sevilha e à Taça UEFA, no mesmo patamar mitológico que ficou o Madjer em Viena, na conquista da Taça dos Campeões. Em Sevilha, eu estava sentado exactamente no enfiamento do ataque do FC Porto, durante a dramática segunda parte do prolongamento. Eu sabia que, para ganhar o jogo, dependeríamos quase necessariamente das forças e do talento do Derlei. E via-o, quase desfalecido, arrasado pelo esforço daquela primeira parte de campeão, onde o Porto fez todas as despesas do jogo, com 50º graus à sombra, enquanto o Celtic esperava pelo cansaço dos portistas para lançar o seu contra golpe, através desse fantástico Larsson. Quando o Marco Ferreira obrigou o guarda-redes do Celtic a defender uma bola para o lado e ela foi parar aos pés do Derlei, eu olhei e vi que, entre este e a baliza, havia ainda dois defesas do Celtic para ultrapassar. Julguei a missão impossível, constatando o estado de total desgaste do Derlei. Acho que só ele acreditou que era possível, quando rompeu direito ao golo e à vitória, fintando um adversário, tirando o outro do caminho e reunindo a reserva final de energias e de lucidez para encher o pé e rematar com força e colocação suficientes para tornar impossível a parada do guarda-redes adversário. É dos tais momentos do futebol que hão-de viver comigo para sempre, porque foi o resultado da vontade invencível, da garra e do talento de um jogador que, quanto maior é a pressão, quanto maior é a dimensão histórica do instante, maior é a fé e a determinação que revela — jogando não apenas para um jogo, nem sequer para uma final, mas verdadeiramente para a história. Não há muitos jogadores como o Derlei. Há outros melhores tecnicamente, há outros ainda melhores fisicamente mas, neste tempo de mercenarismo, há raros que consigam aliar ao talento e à força, a generosidade, a entrega ao jogo e o respeito pelo clube que lhes paga, como o Derlei. Em Alverca, ele caiu literalmente em combate, traído pelas qualidades que tem e não por algum infortúnio. Podemos sempre exclamar, como eu exclamei quando o vi no chão a pedir assistência e percebi logo que era uma rotura, porque ele não é de fitas: «Mas que raio fazia ele no lugar do defesa-direito, no minuto seguinte a ter marcado um golo?» Mas a verdade é que, se ele não fosse assim, não seria o extraordinário jogador que é. Daí que, mesmo como portista, o que mais me custa nem é a baixa do Derlei para a equipa, num momento crucial do Campeonato e sabendo que ele representava quase a única ténue esperança contra o Manchester, em Março. O que mais me custa é a injustiça da lesão para o próprio Derlei. Se há jogador em Portugal que a não merecia, era ele. Que volte, igual ao que era, tão cedo quanto possível, porque não restam muito mais jogadores que mereçam a admiração que ele merece.
"

terça-feira, 30 de dezembro de 2003

OS PEDIDOS AO PAI NATAL DE JORGE O. BENTO

Na sua crónica no jornal o Avante lampião, Jorge Bento faz estes pedidos ao Pai Natal.
"...Assim, passo a referir alguns pedidos feitos ao Pai Natal. Só os fiz por cuidar que são partilhados por um grande número de leitores.
O primeiro vem do fundo da alma, do interior do coração e do centro da razão, trazido pela torrente do respeito e da veneração. Que o sr. Camacho se mantenha à frente da equipa do Benfica, para podermos continuar a fruir o deleite das suas fluentes e sábias palavras e justificações e a apreciar a clarividência das suas opções no tocante às estratégias e tácticas postas em jogo. Oh, inebriante e benfazejo vento que sopra de Castela a trazer luz, dia e sol aos espíritos adormecidos no crepúsculo da tarde e na escuridão da noite do glorioso clube encarnado!
O segundo pedido envolve a ANTF. Que ela não consinta mais que os treinadores desempregados assumam o papel de comentadores nas rádios e televisões! Caso contrário nunca mais recuperarão o lugar e veremos o desemprego subir em flecha no País e logo num domínio que é considerado uma nova, florescente e promissora indústria.
O terceiro desejo visa o sr. Scolari. Que veja renovado o contrato! Será o justo prémio para quem incorporou tão bem a mística cultivada na dolce vita oferecida pelo exercício de cargos—ia dizer «tachos », mas a prudência e lucidez fizeram-me travar a tempo!—na capital e pelo clima escuro da agreste linha de Cascais. E mais: que ele tenha o discernimento e arrojo de não chamar à Selecção futebolistas do Porto, porque saber jogar é a habilidade suprema da capital e arredores. Aqui em cima não temos jeito para essas grandezas e finuras; somos mais dados ao estúpido hábito do trabalho.
...
O quinto desejo filia-se na solidariedade. Que o populismo mediático consiga finalmente fazer do Benfica campeão, para que a onda de frustração e pranto não engula o País!
O sexto voto elege a Câmara Municipal do Porto. Que continue firme e corajosa a afrontar um clube de interesses tão poderosos e perigosos como é o Salgueiros!

...
Como se vê, sou modesto no pedir. Estou, pois, convencido de que vou ser atendido. Se o não for, concluirei amargamente que no Mundo reinam a injustiça, a inveja e a falta de compreensão e sensibilidade"
Bem, acho que nem eu conseguiria ser tão cínico. Bem haja Jorge .O. Bento!!!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

A RELVA DO ESTÁDIO DO DRAGÃO!!!

Tanta tinta faz correr a relva do Estádio do Dragão. Ele é lampiões preocupados com a relva, dizendo que é defeito do estádio, que é uma lástima, que quem nos dera ter a relva do campo da lampiolândia, etc., etc..
Sinceramente ainda não percebi qual é o problema destes ressabiados. O que tanto lhes incomoda a relva do Estádio do Dragão? Eles já lá não jogam este ano, uma vez que já foram fuzilados no nosso Estádio das Antas. E depois, a relva não é nada comparado com os lugares para anões que eles criaram naquele campinho.
O que lhes dói é o Mágico Porto ter neste momento dois locais fantásticos onde pode jogar futebol e não precisar de andar a mendigar a ninguém um local para jogar, como eles o fizeram durante este tempo todo, sendo certo que o relvado do velhinho Estádio das Antas se encontra em melhor estado no fim de um jogo do que a do campo da lampiolândia no início de qualquer jogo.
A única situação pelo qual eu até entendo que andem preocupados para a gente deixar o Estádio das Antas é pelo facto de os jogadores já teram acabado de comer toda a relva do antigo campo lampião e se encontrarem em dificuldade em encontrar mais alimento. Porém, e mais uma vez como não guardo ressentimentos, aqui deixo um conselho amigo: pelo que se tem visto na televisão, a relva do parque Eduardo VII ainda está em boas condições. Porque não agendar uns treininhos para lá (até porque não têm onde treinar) e aproveitar a relva para o almoço?

domingo, 28 de dezembro de 2003

A EQUIPA IDEAL DA "FRANCE FOOTBALL"

Deco integra a equipa ideal do «France Football», ao lado das maiores estrelas mundiais do futebol. Mais uma prova de que o FC Porto e os seus jogadores carregam Portugal às costas quando (também) se trata de ganhar prestígio...

A equipa «Bola de Ouro» (3-4-3):

BUFFON (JUVENTUS)
NESTA (MILAN)
MALDINI (MILAN)
ROBERTO CARLOS (REAL MADRID)
BECKHAM (REAL MADRID)
DECO (FC PORTO)
NEDVED (JUVENTUS)
ZIDANE (REAL MADRID)
SCHEVCHENKO (MILAN)
VAN NISTELROOY (MANCHESTER UTD)
HENRY (ARSENAL)

Vejam só e arrepiem caminho. O Mágico Deco no meio dos tubarões milionários...
Alguém viu esta referência nos pasquins portugueses em destaque? Se fosse um jogador dos infiéis teriamos que aturar durante meses as entrevistas e referências nos pasquins deste País. Assim, nada a dizer. Tudo na paz do senhor.
Mas o blog oDragão não dorme mais uma vez e faz referência àquilo que é escamoteado.

E O ANO TERMINA EM BELEZA PARA O MÁGICO

Depois da maravilhosa temporada realizada, em que tudo ganhou, depois de acabar o ano em primeiro lugar e de já ter recebido várias distinções, eis que este ano finda para o Mágico da melhor maneira. Pois é, foi eleito pela prestigiada revista francesa France Football para figurar no onze do ano. Onde não consta mais nenhum jogador português, especialmente o peseteiro. E esta revista é, de facto, prestigiada. Não é um qualquer pasquim faccioso mouro. O curioso, ou talvez não, é que esta notícia mais uma vez quase passou despercebida. Claro, dói-lhes... Acredito que as rabanadas até lhes saibam mal ao saberem destas coisas. A única coisa que eles anunciaram foi que o peseteiro não recebeu, nesta revista, qualquer voto para melhor do ano. "Esqueceram-se" foi de acrescentar a essa notícia o facto de o Mágico ter tido esta distinção. E também o facto de ter sido o único jogador português a constar nessa lista, tendo ficado em 13º lugar, ex-aequo com jogadores "medianos" como Del Piero. Meus caros, nós nem precisamos de jogar para obter vitórias e estragar o Natal à mouraria...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2003

UM PEDIDO AO PAI NATAL...

Circulava eu pela minha cidade durante o dia de Natal, quando de repente, numa varanda de uma casa estava uma cartolina que dizia o seguinte:
"QUERIDO PAI NATAL, COMO PRENDA QUERO AS MELHORAS DO DERLEI"
Não sei quem fez este pedido, mas aqui quero deixar-lhe a minha homenagem. Bem haja.

SE A INVEJA MATASSE...

Hoje, passando por um pasquim lampião, vi uma notícia com o título "MÁGICO SOBRESSAI A ASSISTIR E NÃO A MARCAR - Deco longe do patamar atingido na época passada".
Entre outras coisas, dizia o ressabiado jornalista lampião que "na temporada passada, na 15ª jornada, o número dez do FC Porto já levava seis golos na sua conta pessoal" e "nesta temporada, também na 15ª jornada, o "Mágico" ainda só fez o gosto ao pé uma única vez, no relaxado compromisso para o campeonato, em Belém".
Ora muito bem, segundo o jornalista, o nosso Mágico tem de ser um ponta de lança goleador para ser Mágico, pois a contabilidade da influência de um playmaker faz-se pelos golos. Ainda por cima, diz que o único golo marcado foi no relaxado jogo do Restelo contra o Belenenses, esquecendo-se que o golo do Deco foi o 2-1 da reviravolta do resultado. Acresce que, todos nos lembramos do golo do Mágico. Aquilo não foi um golo. Como se diria na bancada: "foi um filha da puta dum golão".
Mas o que mais me chamou a atenção na notícia, foram os comentários de alguns lampiões ressabiados, desonestos e acima de tudo com dor de corno. Diziam eles:
1 - "O Deco é um jogador de classe mediana, nunca foi akilo que os jornais quiseram fazer dele, se ele fosse verdadeiramente bom nao estava num clube de provincia, e estaria, já certamente num Real Madrid, num Manchester, nun Milan etc.Os árbitros e a imprensa que fizeram dele o grande jogador que nunca foi."
2 - "Deco está abaixo do seu nivel???? Pois está...e mesmo assim a imprensa é que ainda o coloca num patamar muito acima, o que não faz com outros jogadores, mesmo portugueses, mas o ditado é velho:"o que vem de fora é que é bom"...mas continuai jogadores portugueses: tiago, miguel, simão, etc etc...que não sois magicos, mas sois grandes jogadores sem serem ovacionados pela imprensa"
3 - "Deco esta louquinho para se ver livre do FCP.Quando sair e poder falar livremente muita verdade vai ser dita, e ai, PC vai dizer que Deco nunca foi um jogador a Porto. Pinto da Costa e assim, so interesaam quando estao la depois fala mal deles"
Porque será que estes gajos não aprendem.
O comentário n.º 1 é perfeitamente coerente. São os jornais e a imprensa que o fazem. Quanto aos árbitros, já todos sabemos a perseguição que lhe fazem, com constantes amarelos por ele reclamar da porrada que lhe dão impunemente.
A imprensa também o faz. Normalmente com pressões para que seja castigado por seis meses injustamente. Só faltava a este infiél lampião que vê futebol com o olho de trás dizer que também o CD da Liga o ajuda.
Diz que é um jogador mediano. Se calhar até pode ser ser, mas esse burro não costuma é ver jogos da equipa dele. Pois esses nem medianos são. E comparar o Deco com algum jogador lampião será a mesma coisa que tentar comparar o ouro com bosta de boi.
O comentário n.º 2 é perfeitamente esclarecedor: quando fala no simulão, na tia tiago e menino miguel para os comparar ao Deco e dizer que eles são grandes à beira dele, está tudo dito. Não deve ver futebol há muito tempo, isto porque na lampiolândia só se vê repelões na bola. Futebol é coisa que já lá não se vê há muito. Pelo menos desde que o Mágico Porto lhes foi dar um recital de bola na época passada.
O comentário n.º 3 é de um perfeito ressabiado com dor de corno. Não põe em causa as qualidades do Mágico Deco, mas mais uma vez tenta diminuir o nosso Presidente. Pois é. Infelizemente o Pinto da Costa não está no mercado e por isso não é possível contratá-lo. Quanto a tentarem encontrar um igual a ele, não percam tempo. Pinto da Costa é único, fantástico e para azar dos infiéis lampiões é Portista dos sete costados, é nosso Presidente e continuará a sê-lo enquanto quiser.
Até puseram a Presidente um sócio do Mágico Porto para ver se conseguiam alguma coisa de jeito, mas esse sócio é um deslavado que apenas tenta contratar ex-jogadores do Mágico Porto a ver se consegue algo de parecido com o nosso clube. A mística do Dragão não se consegue assim. É preciso ter a camisola azul e branca no corpo, meus caros amigos.
Ah, e já agora, esqueceu-se este pseudo-comentador de agradecer ao seu actual Presidente o facto de ter ajudado o Deco a libertar-se dos Lampiões e do Alverca de forma a que chegasse à nossa equipa.
Como se vê, estes lampiões continuarão a travessia no deserto. Porque se eles entendem que o Deco é um jogador mediano e produto da imprensa, está tudo dito. Pelos vistos os grandes jogadores são aqueles aleijados que eles lá têm e com isso ficam contentes. Nós preferimos ficar com jogadores medianos tipo Deco, Derlei, Costinha, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, o Maniche que lá foi encostado, etc., etc....
Ganhem mas é vergonha na cara. Vejam o futebol com os dois olhos da frente... Sejam honestos e pode ser que um dia sejam recompensados, ou seja, pode ser que um dia ganhem a Taça da Cidade de Lisboa contra o Atlético.
Nós cá vamos com um sorriso nos lábios. "Sofrendo" uma pressão enorme por irmos em primeiro. Até nem sabemos como podemos jogar com tamanha pressão. Os nossos jogadores até urinam pelas pernas abaixo quando entram em campo (como aquele norueguês contratado pelo Vale Tudo) por não terem estofo para a pressão que os média dizem que sofremos.
Porém, e como não sou pessoa de ressentimentos, a todos os infiéis lampiões desejo do fundo do coração para o ano de 2004, o triplo daquilo que eles nos desejam a nós Dragões. Espero sinceramente que este meu desejo se torne uma realidade.

O Ricardo voltou à carga...

O Ricardo, do Blog Vitor Vitoria, o blog criado para, entre outras coisas, dizer bem do Vitor Baia e mal dos Anti-Baia voltou à carga.
E voltou bem. Vale a pena ver o que aqui escreveu o Ricardo após três meses de silêncio.
Bem haja pelas suas palavras, Ricardo!!!

terça-feira, 23 de dezembro de 2003

NÃO TÊM MESMO VERGONHA NOS FOCINHOS...

Estou-me a marimbar para o derby da 2ª circular, que se disputa para se saber quem fica em 2º. Estou-me a marimbar para quem ganha ou perde. Mas não posso calar mais uma vez a minha indignação para com a Comissão Disciplinar da Liga. Depois da razia que faz aos nossos jogadores, punindo de novo o Benni com dois jogos por tentativa de agressão (o árbitro escreveu agressão no relatório), desta feita e tal como previa, não instaurou um processo sumaríssimo pela pisadela de Tiago a Juba. É a coerência, como já disse Pinto da Costa. Um não acerta e leva dois jogos, o outro acerta e leva ... zero. Alguém achava mesmo que, depois de castigarem Benni para não jogar contra os lampiões, depois de já terem feito o mesmo no ano passado com Deco, iam mesmo castigar o Tiago para não jogar com os lagartixas? Coerência, meus senhores, coerência... Estes tipos perderam de veZ a vergonha naqueles focinhos. Que as rabanadas lhes sejam aziagas neste Natal. Que se entalem com alguma noz, são os meus votos para aquela gente. FORÇA PORTO!

O Pai Natal foi mau...

Após mais uns dias sem escrever neste blog, fruto do trabalho intenso que tenho nesta quadra que atravessamos cá estou eu para mais um comentário.
Pois é. O Pai Natal foi mau para os Dragões. Muito mau direi eu. Esse ser que anda vestido de vermelho e branco (não sabia arranjar uma cor mais bonita) trouxe-nos uma lesão para o nosso querido Ninja. Uma lesão que nos deixa muito triste ou não fosse o Ninja o jogador incansável que é e que personifica o espírito do Dragão, ou seja, de lutar até cair.
Apesar das notícias que dão o nosso Ninja como incapacitado até final da época, não há Dragão que não acredite na sua recuperação num tempo recorde. A sua abnegação, força de vontade e raça lutadora levarão o nosso Ninja a vencer mais uma etapa difícil da sua vida. E nós sabemos que ele é capaz de nos surpreender.
Quanto ao nosso Mágico Porto, ele aí está como sempre. Vencedor e no único lugar digno da sua classe. Mesmo com miúdos como o Bruno Moraes na frente, que confesso que gostei muito, lá vamos vencendo. Uma jogada de primeiro golo que fantástica, pela rapidez de troca de bola, assistência e remate. Grande golo.
Um segundo golo também com algum brilhantismo e uma outra série de boas jogadas. O 2.º tempo não foi tão bom, mas também não deixou de ficar marcada por uma série de perdidas flagrantes.
Mas bastou e o que é certo é que a pressão não está sobre nós ao contrário do que pretendem fazer os pasquins lampiões. Para que a pressão esteja sobre o Mágico Porto, era necessário que os Lampiões e Lagartos se tivessem dado como vencidos e que andavam a pensar num jogo de cada vez. E, aí sim, estes jogariam sem pressão e a mesma passaria para o Mágico Porto que teria receio da aproximação das Associações de Moradores da 2.ª Circular.
Porém, tal não é o que acontece. O que acontece é que o Mágico Porto não vive sob pressão porque tem grande confiança nas suas capacidades e porque sabe que a Superliga está praticamente ganha. Daí nenhuma pressão.
Pressão existe, isso sim, entre as duas associações da 2.ª circular para ver quem fica em 2.º lugar, lugar esse que não faz parte dos nossos objectivos. Por isso, eles que se matem.
Não queria deixar de exprimir a minha solidariedade para com o nosso grande Vitor Baía. Teve um azar que acontece a qualquer um, mas de certeza que todos se preparam para o crucificar e dar razão ao palhaço do Sellecionador.
Todos sabemos que uma maçã não faz o pomar, mas para esses que nos querem derrubar, tudo serve para nos tentar ridicularizar. Mesmo que tenham de por em causa o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Mas o Vitor é forte, nós somos os seus adeptos e queremos que os abutres continuem com os Moreiras e os Ricardos na baliza. Porque enquanto isso acontece, temos a certeza que os seus galinheiros estão bem abertos e que a nossa baliza está guardada por alguém com talento, classe, instinto e reflexo. Sim, esse mesmo, o Senhor Vitor Baía.
Não podia deixar de desejar a todos os Dragões um excelente Natal e que o Menino Jesus vos dê muitas prendas (sim, porque desse tal de Pai Natal que vem de vermelho e branco, já sabemos o que nos espera). Que seja com tudo de bom e cheio de paz. É o que vos desejo.
Grande Abraço,

O DRAGÃO

segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

FORÇA NINJA!

Não tenho grande tempo para escrever nesta quadra, pelo que peço desculpa aos leitores. Mas não podia deixar de desejar à enorme família portista votos de um Feliz Natal e também de um excelente ano de 2004, com prendas tão boas como as que recebemos no ano que ora finda. O bi e o caneco europeu vinham a calhar...

Entretanto, segue um enorme abraço e um voto de recuperação rápida para o nosso impagável e imparável Nija. Só mesmo uma lesão podia parar o seu fulgor. Se tivéssemos sempre jogadores destes, ganhávamos os campeonatos todos, mesmo contra as Comissões Disciplinares deste País. E por falar nisso, fico a aguardar o castigo a Tiago pela agressão ao jogador do Estrela. Palpita-me que, a haver castigo, só sairá depois do derby da 2ª circular...

terça-feira, 16 de dezembro de 2003

FACTOS, ESTATÍSTICAS E CONJECTURAS

Após alguns dias de ausência motivada por afazeres profissionais e pela quadra que atravessamos, cá estou de volta para algumas considerações.

Assim, após a masturbação jornalística pela perda de dois pontos na Madeira, cá voltámos a impor respeito, batendo sem apelo nem agravo o Beira-Mar por 3-0. Neste jogo destaca-se claramente o míssil balístico do Benni. Que petardo, meus senhores! Ainda bem que ele renunciou à selecção. Pode ser que incentive os restantes companheiros a renunciar ao circo Chen...

Entretanto, dei por mim a constatar que a França, salvo erro, tinha 6 equipas nas competições europeias. Destas, continuam 5 em prova, sendo certo que duas ganharam os seus grupos na Liga dos Campeões. Ora, sendo certo que os últimos anos mostraram claramente que somos superiores a toda e qualquer equipa francesa (veja-se Marselha, Lens, Nantes), como se explica o ranking português muito inferior ao francês e a nossa sistemática saga lusa solitária ano após ano? Muito simplesmente. Não somos deste campeonato (português). Somos uma equipa que deveria ter direito a jogar em Espanha, Itália ou Inglaterra. É uma pena que a nossa equipa tenha que jogar neste ridículo campeonatozinho, que dominamos a bel-prazer e sem esforço. Sendo sempre odiados pelo País a quem trazemos honra e glória.

Excelente notícia é o facto de Mourinho ser considerado o 3º melhor treinador do Mundo, à frente, por exemplo, de Alex Ferguson. Em apenas dois anos de alta-roda futebolística, é uma proeza ímpar. Acresce o facto de termos jogadores nomeados para o título de melhores da Europa em todas as posições. Mais uma grande façanha. Se fosse o slb, estão a imaginar?


Brilhante post pôs o caro Dragão. Resenha ímpar do inolvidável ano de 2003. Está lá tudo no post. Que mais podíamos querer? Ainda inaugurámos o Dragão e tudo! Eu, secretamente, sei o que desejo para 2004, mas não vou dizer...


Por falar em estatísticas... porque é que o CD da FPF, 95% das vezes nos dá razão nos recursos e reduz sempre os castigos aos nossos jogadores? Desta vez foi ao Mago, em notícia que passou quase despercebida a toda a gente... que fastio!


Por último, exorto toda a gente a ir ao site da uefa votar nos nossos rapazes. Eu já lá fui. Imaginem que um deles ganha. Já pensaram no nosso gozo e nas trombas dos mouros?

MÁGICO PORTO 2003

Aproxima-se vertiginosamente o final do ano de 2003.
Um ano fantástico e que para nós, Dragões, jamais será esquecido.
Um ano em que ganhamos o Grand Slam, temos quatro jogadores nomeados para a melhor equipa da Europa de 2003, o treinador idem, seguimos em 1.º lugar na Superliga com 5 pontos de avanço sobre o 2.º classificado, estamos na 5.ª eliminatória da Taça de Portugal (que será sexta quando eliminarmos o Maia amanhã), estamos na 2.ª fase da Liga dos Campeões e inauguramos o fabuloso Estádio do Dragão.
Um ano repleto de êxitos que nos leva a imaginar que tudo será possível em 2004.
Se bem estão recordados, há um ano estavamos numa realidade semelhante e culminou com o ano fabuloso que agora finda. Quem sabe não vem outro a caminho?
A realidade é que fazemos na quarta-feira o último jogo no nosso estimado Estádio das Antas, para finalmente entrarmos naquela grandioso planeta de futebol que é o Estádio do Dragão. E que melhor prenda de despedida poderá ter este nosso Estádio das Antas do que despedir-se num ano repleto de grandes êxitos acompanhados sempres dos melhores adeptos do mundo?
Tem sido fantástico ver o nosso Estádio sempre cheio contra qualquer equipa e com todo o público sempre a vibrar. E amanhã lá estaremos com a mesma força para o último dia e que o nosso velhinho Estádio das Antas seja bem tratado no último jogo, como ele bem merece, pois se fizermos no novo tudo aquilo que fizemos nele, estamos garantidos.

Melhor Equipa de 2003...

A UEFA está a promover a votacao para constituir a melhor equipa de 2003.
Nessa lista de 35 jogadores, estão lá 4 do Mágico Porto: Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Deco e Derlei.
Alem disso o Mourinho esta tambem nas opções de voto na parte dos treinadores. Mais; da liga portuguesa nao esta la qualquer outro jogador e quanto a jogadores portugueses, para alem dos nossos, so o Peseteiro consta dessa lista.
Pelo que todos temos que ir ao site da UEFA, entrar no local da Equipa do Ano de 2003 e votar nos nossos Heróis.
É que eles merecem...

Desculpas...

Por motivos alheios à minha vontade, não pude escrever no blog durante uma série de dias.
Daí que o mesmo estivesse parado durante uns tempos.
Por tal motivo, as minhas desculpas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

A PÁGINA DO RECORD DE HOJE!!! CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS...

Perante isto, que mais se pode dizer?????????????
Como me diziam há dias num email: "ESTES FILHOS DA PUTA SÓ LÁ VÃO AO TIRO"

terça-feira, 9 de dezembro de 2003

GRANDE PORTO, GRANDE BAÍA!

Amanhã vão dizer os anedotários que a 5ª equipa do Real Madrid empatou com a 1ª equipa do Porto. E que foram prejudicados pelo árbitro em 5 penalties e 12 foras de jogo. Não vou sequer replicar que qualquer jogador do real que jogou ganha pelo menos o dobro do que o Deco. Ou que basta o que custou o peseteiro para comprar o plantel do Porto durante 10 anos. Quem tem todo esse dinheiro não se pode vir desculpar que jogou com uma 2ª equipa. Até porque nós jogámos sem o Maniche, o Bicho, o Benni, o Mário Silva. A quem farão mais falta os jogadores? Mas preparem-se para ler as 1ªas páginas. Estavam mortinhos para que fóssemos goleados e desmoralizados, para ver se lagartos e lampiões recuperam os "míseros pontitos" que nos separam. Como lhes correu mal, vão desprezar e desvalorizar o nosso empate. Que só não foi vitória porque o Ninja falhou a pouco tempo do fim o que não costuma falhar. De qualquer maneira, estou orgulhoso ao ver a belíssima exibição. Dominámos na maior parte do tempo em casa dos peseteiros. Por mero azar não ganhámos, o que daria muitas síncopes cardíacas aos anedotários. Não importa. Ao ver o que vi, acredito que podemos ir longe. O Ronaldo foi mais uma vez secado, o peseteiro nada fez e o Zidane idem aspas. Provámos de novo sermos os únicos a ombrear, não com os grandes, mas com os muito grandes. A derrota nas Antas cheirou mal e agora corrigimos um pouco isso.
O meu destaque vai inteiro, neste jogo, para Vítor Baía, que humilhou mais uma vez o Abominável Homem Gaúcho. Impediu 2 ou 3 vezes que os peseteiros fizessem injustiça mais uma vez e ganhassem o jogo. Que exibição, senhores. Já ultrapassou todos os limites a teimosia do Abominável... que outro guarda-redes português se chega aos cotovelos do Baía, mesmo que lhe amputem um braço? E então, comparar mais esta exibição do melhor guarda-redes lusitano de todos os tempos com o frango... ou melhor, a capoeira do Quim neste fim de semana... valha-nos Deus!
Vou terminar, mas não sem antes chamar a atenção para mais uma vergonha. No fim do jogo, a RTP cortou logo a emissão e nada de conferência de imprensa ou Flash Interview. Sintonizei a TSF e... estavam a falar do Mantorras que foi a Barcelona curar a sua paralisia... nada de comentários ao nosso jogo, nem conferência.... Antes passaram uma entrevista daquele que, nem por 12 milhões de contos ia para o Milão, à chegada a lisboa... enfim, o costume!

PORQUE É QUE O MOURINHO É TÃO CRITICADO...

O nosso treinador é muito criticado por toda a gente. É por arrogância, é por preotência, etc., etc.. Só não dizem é que o criticam porque ele diz as verdades e não tem medo nenhum de as dizer como nós as dizemos.
Senão vejamos as suas declarações na conferência de imprensa de ontem:
"— A seguir ao jogo com o AC Milan, para a Supertaça, afirmou que, para além do poder desportivo dos grandes clubes europeus, tinha sido difícil combater o peso político da equipa italiana. Sucede o mesmo frente ao Real Madrid?
— Defrontar equipas como o Real Madrid ou o AC Milan, para citar os exemplos que me deu, é sempre bastante complicado. Por dois motivos: desportivos e extra desportivos. O primeiro parece-me claro, pois possuem normalmente os melhores jogadores do Mundo e com eles constroem as melhores equipas do Mundo. O segundo motivo, porém, é mais complicado de combater. E dou-vos três exemplos: no meu primeiro ano no FC Porto viemos a Madrid e a 30 minutos do final, ainda com 0- 0, um jogador meu ia isolar-se quando o Karanka fez falta para cartão vermelho .Não fizemos golo, o árbitro apenas mostrou o cartão amarelo e a cinco minutos do fim o Solari marcou o golo da vitória ;no jogo de que me falam, com o AC Milan, o árbitro perdoou o segundo cartão amarelo e consequente vermelho ao Seedorf, ainda com 0-0, e depois os italianos fizeram o 1-0 a jogar onze contra onze quando deviam estar a jogar dez contra onze; finalmente, já esta época, no jogo como Real nas Antas, estamos a perder 1-2 quando, no início do segundo tempo, o McCarthy faz, legalmente, o 2-2 que o árbitro anula por alegado fora-de-jogo. De seguida o Real Madrid faz o 1-3..
."
É isto que muita imprensa e muita gente não lhe perdoa. É que ponha a nú todas formas de menosprezar o Mágico Porto e que diga por A mais B que se tentam favorecer os outros. Atentem só os pasquins já começam a dizer que o Mágico Porto já se sente abalado na sua confiança, em virtude do empate contra o Marítimo. Mas o nosso Zé Mourinho respondeu-lhes à letra, como eles não gostam, dizendo que "o Camacho e o Fernando Santos trocariam a situação deles pela minha. Se perguntarem aos treinadores do Benfica e do Sporting e aos adeptos dos dois clubes se não gostariam de estar na nossa posição, com cinco e seis pontos de avanço sobre os mais sérios perseguidores na corrida ao título, a esmagadora maioria daria uma resposta positiva."
Mais acrescentou que o Mágico Poro "só empatou, é a única equipa que ainda não perdeu na SuperLiga. Tem o ataque mais concretizador e é a segunda equipa menos batida a seguir ao Boavista. Venceu os dois grandes clássicos com Benfica e Sporting. Por isso, não compreendo algumas análises"
E continuou dizendo: "Somos a equipa portuguesa com mais êxito na Europa. O Benfica também ainda está na Taça UEFA, mas não me parece que estar apurado para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, um jogo antes de acabar a fase de qualificação - e peço para que se tenha a em atenção os resultados para medirem a dificuldade do Grupo -, seja comparável à eliminação do La Louvière e do Molde. Por isso, pergunto; de que me falam?"
Nada a temer. Quem sabe o que quer e o que é capaz não tem medo de nada. E esta confiança e esta forma de estar que eles não gostam. Gostavam mais quando tinhamos o Fernando Santos à frente da equipa, que era um boneco que lhes agradava em tudo. Esse é que era bom, não era? Não os afrontava e depois, ainda por cima, perdia os campeonatos.
Pois bem, com o Zé Mourinho, tudo isso acabou e por isso não lhe perdoam...
Pois cá os Dragões apoiam o Zé Mourinho e temos a certeza que mesmo não ganhando, não haverá melhor treinador do mundo para o nosso Mágico Porto.
Aquelas declarações em que diz que ganhar no Mágico Porto tem um sabor especial, porque tem de ser sempre contra tudo e contra todos, demonstra conhecimento profundo sobre os nossos sentimentos.
Obrigado Zé Mourinho. Continua assim...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

"Jogo nem que seja amarrado"

Simulão diz que joga nem que seja amarrado, isto porque o mimado tem dores nas costelas flutuantes (aquelas costelas lagartas que ele tem) e por isso seria difícil efectuar o jogo.
O próprio jornal afirma, em relação ao jogo com o Rio Ave que a "lesão aconteceu aos dez minutos, quando se embrulhou com um jogador do Rio Ave, na sequência de um carrinho que ele próprio efectuara e recebeu, em troca, um golpe na costela flutuante. Perante as dores, o médico aconselhou-o a sair ao intervalo, mas Simão preferiu ignorar a sugestão e regressar ao relvado. Em boa hora o fez, porque foi determinante para a conquista dos três pontos".
Determinante para a conquista dos três pontos, é sempre, não tenho dúvidas. Isto porque ou simula os penáltis e eles são assinalados pelo homem do apito ou marca aqueles que são simulados por outros e confirmados pelos modernos Inocêncios Calabotes.
Alguém imagina algum jogador do nosso Mágico Porto a jogar nestas circunstâncias? Claro que não. O que estes mouros lampiões precisam de ver é que nós não dependemos de qualquer jogador. Somos uma equipa na verdadeira acepção da palavra e por isso não precisamos andar a remendar os jogadores para eles jogarem.
Por aqui se prova a equipinha que eles são, que até precisam de remendar o marcador de penáltis para jogar. É que não vá o Calabote deste fim-de-semana marcar o penálti da ordem e ser um qualquer outro badameco a marcá-lo. É que tal como na época anterior, os Calabotes querem ter palavra activa em relação ao melhor marcador da Superliga e não gostam de desperdiçar oportunidades!!!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2003

MAIS UMA ORGIA DE SENHOR CAMACHO

O SENHOR CAMACHO teve hoje direito a 13 páginas no anedotário A Bola. O mote era "um ano à frente do aahhhrrrghghg (quase dizia a palavra proibida). Só mesmo o órgão oficioso para comerar uma data perfeitamente disparatada. O clube não ganha nada, o treinador nada fez, no entanto analisa-se até à exaustão e escalpeliza-se este último ano. Parece uma análise política a um ano de Governo, ou uma outra qualquer análise económica sobre o défice. Bem, no fundo para estes tristes, os milhafres em via de extinção são o que de mais importante temos no País... Se algum dia, levados ao colo pelas arbitragens e comissões disciplinares e já quando eu estiver caquético eles ganharem o campeonato, todos nós de alma dragoniana, temos que emigrar para a Papuásia, para não vermos televisão nem lermos jornais. Até adivinho 5 edições especiais dos anedotários por dia durante cinco meses. E na televisão então...

"Escamotear arbitragens e equipinhas de três à coroa com alarvidades"

Ao compulsar,hoje,4ª feira,o JN, deparei com uma crónica de um tal Nelson Veiga, consultor de comunicação, pelos vistos, tão cheio de azia pelo comportamento do seu querido e avermelhado clube da capital ( há nortenhos tão estúpidos!, presumo de nortenho,já que os outros comentadores, do Porto, do Boavista e do Sporting, são de cá), tão indisposto que, a determinada altura, afirma o seguinte:« o Benfica sofre de uma infecção grave a precisar de tratamento urgente, sob pena de o vírus alastrar para as bancadas cada vez mais desertas...» ( Então no passado ano não foram três os 'teames' maravilha? Não têm um treinador de gabarito mundial? Não foram já recrutar nesta época o Alex, o Luisão, agora o grego? Não são seis milhões de indefectíveis? Sinceramente não percebo).E continua o ilustre consultor de comunicação sobre o desempenho da sua 'maravilhosa' equipa«... a incapacidade de ligar três passes seguidos é sintomática...( quem diz a verdade!...)» e adianta ainda «...a verdade é que não se admite que o Benfica (no jogo com o Rio Ave) apenas tenha feito três remates à baliza durante toda a primeira parte, um deles na transformação de um penalti à moda das Antas. Vergonhoso». O Sr Veiga diz que o jogo foi vergonhoso. Eu afirmo que o que é vergonhosa é a insinuação que faz ao meu clube.Estar ressabiado é uma coisa, dizer alarvices é uma coisa bem pior.
A par das considerações que até talvez possam ser correctas quanto ao comportamento da sua equipa, cada um lá sabe as linhas com que se cose, não deixa de ser curiosa a forma imbecil e larvar, como este consultor de meia tigela resolve, sem mais nem aquelas, dar uma alfinetada no F. C.do Porto! Penaltis como os das Antas! O Sr Veiga ( por acaso será do nome?) poderá ser estrábico, vesgo, míope, zarolho...( ninguém tem culpa de ser deficiente!), mas, pelo menos, tem a obrigação de não ser mentiroso e de urgentemente consultar ( com um mínimo de seriedade, sr consultor !) o número de grandes penalidades assinaladas ao Porto e comparar com as que foram e são escandalosamente assinaladas em favor do Benfica ao longo das últimas épocas! Depois, se tiver um mínimo de vergonha, de dignidade e de honestidade ( que,depois do que escreveu, acredito não tenha!) seja homem e retracte-se. Se o Simão simulador quase ia ganhando a bola de prata à custa dos penaltis duvidosos!
Se o Benfica tem sido constantemente levado ao colo em quase todos os campeonatos! De quantas penalidades beneficiou esta época o F. Clube do Porto? E o Benfica? E tem este Veiga consultor (pelos vistos consulta pouco!) a desfaçatez de insinuar « um penalti à moda das Antas»!... O que vale é que há certas vozes...que não chegam ao céu ! E não é por acaso que o céu é azul! Sr. Veiga, consultor de profissão, se os seus préstimos são estes...vá-se tratar e cure-se.
F.S.Fonseca

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

MST no seu melhor...

" Anderson Luís de Sousa, vulgo Deco, é um daqueles raros jogadores de futebol pelos quais vale a pena pagar bilhete para ir ver o jogo. Jogue ele pelo Benfica, pelo F. C. Porto, pela Selecção Nacional ou pelo Barcelona, Deco será sempre um jogador de excepção, que alia a uma fome quase voraz de jogar futebol, um talento para o improviso, o imprevisto, o golpe de génio, aquilo distingue os poucos jogadores de futebol que passam à história e são lembrados, muitos anos depois de terem arrumado as botas e permanecerem apenas na memória daqueles que os viram jogar. Mas Deco será também — na definição do relator da sentença do Conselho de Disciplina que o condenou a três jogos de suspensão por ele, num gesto de revolta e de despedida do jogo, ter lançado a bota em direcção ao árbitro que injustamente o despediu do Boavista-Porto — um «indivíduo » do pior: «iníquo, indigno, intimidatório e consabidamente descabelado», o qual «continua a não interiorizar o desígnio de pautar a sua intervenção no jogo de modo a não merecer nova censura». Por isso, e porque os sub-21 destruíram a cabina do estádio de Clermont- Férrand em sinal de alegria pela vitória sobre a França, o relator do processo de Deco resolveu aplicar-lhe de castigo, não um, nem dois mas sim três jogos de suspensão. Para que sirva de exemplo e para que aprenda a corrigir-se e a não ser indigno, iníquo e consabidamente descabelado. Do ponto de vista do sr. relator (cujo nome, felizmente, ignoro), a sentença é, de facto, exemplar. É sabido que a CD — um órgão montado e dominado pela «entente cordiale » entre o Benfica e o Boavista — existe basicamente para extravasar o ódio ao F. C. Porto, sem qualquer pudor de ver as suas «descabeladas » sentenças contra jogadores do Porto serem depois, uma por uma, corrigidas superiormente pelo Conselho de Justiça, embora sempre a destempo de reparar os danos causados pela sanha disciplinar contra o azul e branco: a seu crédito, nos últimos três anos, o F. C. Porto já deve ter uma dúzia de jogos de castigo que os seus jogadores cumpriram por determinação da CD e que, a destempo, o CJ julgou injustificáveis. Isso pouco importa ou envergonha os pseudo-juízes da CD: nem a caricata sentença do McCarthy lhes serviu de reflexão. Eles estão lá, basicamente, para, no que puderem, castigar os jogadores do F. C. Porto como não castigam nenhuns outros e mesmo, se necessário ou irresistível, não se limitarem a castigá-los mas também a ofendê-los. Está fácil de ver que, se dependesse deste senhor, nunca mais o Deco pisaria relvados portugueses com a camisola do F. C. Porto. A arte e o talento que exibe, a par dos danos que causa a terceiros, tornam-no íniquo, indigno e descabelado para a práctica do futebol. Seria motivo de relexão para gente séria o facto de o Deco — um jogador criativo, que vive com o ataque e o golo como objectivos e que é um dos mais castigados com faltas em todo o campeonato — ser simultaneamente um dos mais castigados com carões dos árbitros e castigos da CD. Como muito bem sabemos, uma coisa não joga com a outra: um jogador criativo joga com paixão, não faz antijogo. Um Deco não é um Fernando Aguiar. Mas, como ele próprio diz e com razão, muitos árbitros acham que manifestam autoridade, revelam personalidade e sem dúvida devem impor-se aos olhos de quem os nomeia e classifica, quando lhe mostram o amarelo por uma falta por ele cometida no calor da luta ou por um protesto mais do que humano, ao mesmo tempo que ignoram um rol de faltas de jogadores banais ou medíocres que o massacram para ver se conseguem secar o seu talento a golpes de c a - nela. O Deco leva uma, leva duas, leva três, leva quatro: e os árbitros sempre impávidos, até ao momento em que ele responde também ou explode em protesto e aí avançam com a cartolina em riste e ar de grandes justiçeiros. Como escreveu há dias José Manuel Freitas, o problema do Deco é jogar no Porto. Se jogasse no Benfica ou no Sporting, já haveria uma campanha pública de «deixem jogar o Deco!». Mas o F. C. Porto e o Deco não têm culpa de que o Benfica e Luís Filipe Vieira o tenham deixado sair para o Porto, via Salgueiros, e ninguém tem culpa de que ele, manifestamente, se entregue ao jogo com uma paixão e uma febre de futebol construtivo que já não é muito comum neste tempo de mercenários e burocratas do futebol. Mas, mesmo assim... Mesmo assim, não é admissível nem tolerável que um obscuro conselheiro de uma nebulosa Comissão Disciplinar, chamado a julgar um jogador, não se limite a punir a sua actuação como atleta mas ainda se permita atacar e ofender pessoalmente o jogador. Quem é este senhor para julgar que o Deco é um «indivíduo indigno »? Que poderes ou qualificações de mérito lhe assistem, que lhe deve o futebol em particular, que formação é a sua, que percebe ele de futebol ou de disciplina ou de justiça para se atrever a qualificar um jogador como íniquo, indigno e descabelado? Que paródia de disciplina é esta, que descabelada, indigna e iníqua justiça vem a ser esta? Por muito que custe ao senhor, ele ficará apenas na pequena e triste história dos odiozinhos do nosso futebol. Mas o Deco, pelo muito que já deu ao futebol português, pelo muito que já fez vibrar todos aqueles que, independentemente da paixão clubista, gostam deste jogo, ficará para a história onde o senhor relator da CD vale zero. E, por muito que lhe custe, com ou sem Deco, com ou sem os castigos e os insultos contra o Deco, ele e o F. C. Porto hão-de voltar a ser campeões este ano. Porque às vezes, às vezes ainda, o mérito e o talento triunfam sobre a inveja e a mediocridade."

"NÃO É IMPENSAVEL VENCER A LIGA DOS CAMPEÕES"

Derlei em entrevista disse que não é impensável vencer a Liga dos Campeões. Não é fácil, mas impensável também não.
Perante esta afirmação o que é que podemos esperar do nosso Mágico Porto?
Tudo, a minha resposta é tudo. Perante a ambição dos jogadores que temos no plantel, do treinador e administração, bem como dos adeptos, apenas podemos esperar grandes resultados e grandes vitórias desta equipa.
Pelo menos uma coisa é certa, que lutaremos para ganhar, lá isso lutaremos e é esta certeza que me deixa orgulhoso de ser Portista. O orgulho de ter uma equipa que demonstra um querer e uma motivação que não se vê em mais lado nenhum.
Que não tem medo de enfrentar os maiores desafios consciente das dificuldades, mas sempre com o pensamento em ultrapassa-lo.
E é isto que outros não conseguem ter. Orgulham-se do passado em que as bolas eram feitas de bexiga de porco e em que os jogos eram filmados a preto e branco. Anos em que eram protegidos pelo regime de então e onde qualquer Inocêncio Calabote era Rei e Senhor.
Este fim-de-semana assistimos à vitória dos lampiões contra o Rio Ave. Levaram um banho de bola que só visto. E, claro, qual descendente do Inocêncio, marca um fora-de-jogo escandaloso ao Rio Ave quando o seu avançado seguia isolado para a baliza para marcar o 1-0 para o Rio Ave.
Ainda não contente, o penálti da ordem. O escandalo dos escandalos e 1-0 para os lampiões.
Os pasquins, como sempre, calmos e serenos. Não vá o diabo tecê-las. Nem falar, nem comentar. Não vale a pena, pensam eles. O País sabe que isto tem que ser assim. Hoje já ninguém fala do roubo e ontem só na análise do árbitro.
E lá vão eles com aquela equipinha de trazer por casa no terceiro lugar. Empurrados para que o Beira-Mar não os ultrapasse. 40 bocas nem fala. João Pinceleiro também não.
Não fosse toda a raça e vontade de que fala o Derlei e já nos tinham comido...
Depois ainda são capazes de dizer que nós é que somos empurrados pelos árbitros. Haja vergonha...